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Globo 50 anos de novelas (1965 à 1974)


        Em 1965,  canal 4 , Tv Globo, Rio de Janeiro entrava no ar. Começava a história da emissora que iria fazer a história da teledramaturgia nacional.
Leila Diniz e Reginaldo Faria em Ilusões Perdidas, 1965. Cedoc/TV Globo
Leila Diniz e Reginaldo Faria em ILUSÕES PERDIDAS 
        A Globo logo na estreia já apresentou sua primeira novela, Ilusões Perdidas, da autora Enia Petri, que tinha como protagonistas Reginaldo Faria e a deusa Leila Diniz, que formaram o primeiro casal romântico da casa.

Yoná Magalhães e Amilton Fernandes em O Sheik de Agadir, 1966. Cedoc/TV Globo

        Em 1966, O Sheik de Agadir foi a novela mais representativa no estilo capa espada da autora Glória Magadan. A trama marcou a estreia de Mário Lago em novelas e promoveu  um concurso dentro da emissora para descobrir que era o “Rato”, um serial killer que matou vários personagens na trama. No final era revelado que a princesa Árabe Éden de Bassora era o Rato, a personagem vivida pela atriz Marieta Severo.
Marieta Severo em O Sheik de Agadir, 1966. Cedoc/TV Globo
Marieta Severo em O SCHEIK DE AGADIR
        Outros títulos de destaque nesta década foram A Rainha Louca  (1967); A Sombra de Rebeca , Sangue e Areia (1967), A Gata de Vison (1968), Rosa Rebelde (1969) e A Cabana do Pai Tomás (1969).

Cláudio Marzo e Regina Duarte em Véu de Noiva, 1969. Cedoc/TV Globo
Claudio Marzo e Regina Duarte em VÉU DE NOIVA
        Em  novembro de 1969 a Globo lançou e divulgou a sua primeira novela mais realista. A Emissora começava a abandonar o capa e espada e os castelos faraônicos e Janete Clair ambientou Véu de Noiva na realidade brasileira. No horário das 22 horas , Dias Gomes apresentou Verão Vermelho, novela com locações na Bahia e que falava da cultura popular do estado focando suas crenças , festas , rodas de capoeira e candomblé.

Tarcísio Meira e Cláudio Cavalcanti em Irmãos Coragem - 1ª versão, 1970. Cedoc/TV GloboGlória Menezes e Tarcísio Meira em Irmãos Coragem - 1ª versão, 1970. Cedoc/TV GloboCláudio Marzo em Irmãos Coragem - 1ª versão, 1970. Cedoc/TV GloboLúcia Alves, Cláudio Cavalcanti e José Augusto Branco em Irmãos Coragem - 1ª versão, 1970. Cedoc/TV Globo
        Irmãos Coragem, da autora Janete Clair se transforma no primeiro grande fenômeno na  teledramaturgia  da Globo e consagra nomes como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Cláudio Marzo e Regina Duarte, além de chamar atenção do público masculino, devido a ideia da autora de incluir o futebol como profissão de um dos irmãos da trama.

Logo da novela Pigmalião 70, 1970. TV GloboTônia Carrero em Pigmalião 70, 1970. Cedoc/TV GloboSentados: Álvaro Aguiar, Maria Luzia Castelli, Marcos Paulo e Tônia Carrero em Pigmalião 70, 1970. Cedoc/TV Globo
        Outro destaque do ano foi Pigmalião 70, do autor Vicente Sesso, que começava o gênero de comédia romântica nas telenovelas da emissora. O Penteado da Tõnia Carrero, estrela da trama, virou moda em todo o Brasil com o apelido de “Corte Pigmalião”.

Marília Pêra e Francisco Cuoco em O Cafona. Cedoc/TV Globo

        Em 1971, Francisco Cuoco conquistou o Brasil fazendo comédia em O Cafona , do Bráulio Pedroso; Regina Duarte é coroada “Namoradinha do Brasil” com a personagem de Minha Doce Namorada, do autor Vicente Sesso e Paulo Gracindo é aclamado  em Bandeira 2, mostrando a realidade dos moradores da Zona Norte carioca, novela do autor Dias Gomes.

Regina Duarte e Francisco Cuoco em Selva de Pedra - 1ª versão, 1972. Cedoc/TV Globo
Cuoco e Regina em SELVADEPEDRA
        Selva de Pedra (1972)  consagra Janete Clair com uma das novelistas mais importantes do pais, e dá 100% de audiência no capítulo 152, quando Simone (Regina Duarte) é desmascarada no tribunal. Bráulio Pedroso em O Bofe (1972)  apresenta mais um leque de personagens excêntricos que lutam por ascensão social em mais uma sátira do autor enquanto   Vicente Sesso continua reafirmando as comédias românticas no horário das sete, neste ano com Uma Rosa com Amor.

                                            Paulo Gracindo em O Bem-Amado, 1973. Cedoc/TV GloboLima Duarte e Paulo Gracindo em O Bem-Amado, 1973. Cedoc/TV Globo
        As cores chegavam à tv, e O Bem Amado é a primeira novela colorida apresentada pela Globo. Dias Gomes pela primeira vez usava do bom humor e do realismo fantástico para criticar a ditadura. Odorico Paraguaçu, vivido pelo saudoso Paulo Gracindo na trama, é transformado em ícone e  vira o grande personagem na carreira do ator.

Cláudio Marzo e Regina Duarte em Carinhoso, 1973. Cedoc/TV Globo
Regina Duarte e Cláudio Marzo em CARINHOSO
        Regina Duarte,  ganha Carinhoso (1973), novela do autor Lauro César Muniz, escrita especialmente para a atriz. Cavalo de Aço, sucesso do Walther Negrão, devido à censura teve que ser totalmente reformulada e transformada numa trama policial.

Logo da novela O Semideus, 1973. TV GloboGlória Menezes e Tarcísio Meira em O Semideus, 1973. Cedoc/TV GloboFrancisco Cuoco e Glória Menezes em O Semideus, 1973. Cedoc/TV Globo

        O Semideus (1973), da autora Janete Clair, apresenta os dois grandes galãs da época como protagonistas: Tarcisio Meira e Francisco Cuoco.

        Celia Biar e Antonio Patiño em Corrida do Ouro. Cedoc/TV GloboSandra Bréa e Aracy Balabanian em Corrida do Ouro. Cedoc/TV GloboSandra Bréa, Talita de Miranda. Oswaldo Loureiro, José Augusto Branco e Nivea Maria em Corrida do Ouro. Cedoc/TV Globo
        Em 1974, a expansão imobiliária que começava a pipocar nos quatro cantos do Brasil foi tema de O Espigão, que denunciava a falta de qualidade de vida que poderia vir com isso, porém com muito humor. A Mobilidade urbana e tradição rural foi mostrada com muita propriedade em Fogo sobre Terra, da Janete Clair. A busca alucinada pelo dinheiro foi mostrada e analisada na trama de Corrida do Ouro, do  Lauro César Muniz  e fecha a primeira década de existência  com  O Rebu do Bráulio Pedroso. Novela que apresentava uma nova narrativa em tramas policiais. Os 112 capítulos da trama se passaram em 24 horas.

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Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa

Pesquisa : memóriaglobo.com 

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