E a bebê mais famosa da teledramaturgia
nacional estará de volta ao Canal Viva
a partir do próximo dia 15.
A Novela Bebê a Bordo (1988) é a próxima atração do
Canal e com um texto irreverente e bem-humorado do Carlos Lombardi, a trama analisa as relações familiares num enredo
cheio de ação.
A trama tem como protagonistas Isabela Garcia, Tony Ramos, Maria Zilda
e a saudosa Dina Sfat em seu último
trabalho na Tv. Bebê
a Bordo, que tem direção geral de Roberto Talma, foi ao ar em sua primeira exibição entre 13
de Junho de 1988 à 11 de Fevereiro de 1989 e já
foi reprisada uma única vez no Vale a
Pena Ver de Novo a partir de 09 de Novembro de 1992 à 12 de Março de 1993.
Uma novela anárquica, primeira
protagonista da Isabela Garcia, último trabalho da gloriosa Dina
Sfat esses são alguns dos motivos que fazem valer a pena rever a trama que
parou o horário das sete com um parto em pleno lado oeste da cidade de São Paulo, e se estes só não são suficientes,
abaixo listo 10 motivos que tornam impossível perder Bebê a Bordo
no Viva.
Estreia
da Isabela Garcia como protagonista
A Ana foi o grande momento da Isabela Garcia na Tv. A Atriz que já
trabalhava na tv desde os sete anos,
ganhava sua primeira protagonista oficial depois do sucesso em tramas como Água Viva (1980) e a minissérie Anos Dourados (1986). Depois de Bebê a Bordo,
Isabela Garcia foi alçada ao posto de grande estrela da casa e
protagonizou ainda O Sexo dos Anjos (1989) e Lua Cheia de Amor (1990) nos anos seguintes.
Dina Sfat em seu último
trabalho
Bebê a Bordo deixou
uma marca triste – foi o último trabalho de uma das nossas grandes atrizes, aclamada pelo público e crítica, Dina
Sfat. Ela foi uma das personagens centrais da trama, a avó da Heleninha
(Beatriz Bertú), e mãe de Ana (Isabela Garcia), que no passado a abandonara. A atriz faleceu em decorrência de um câncer em março de 1989, cerca de um mês depois do
término da trama. A Despedida foi em
grande estilo, Dina Sfat esbanjou o
talento e charme que já lhe eram
peculiar, e fez a Laura ser amada e
odiada a cada novo acontecimento de Bebê a Bordo.
Tony Ramos exercitando
sua veia cômica
Reza a lenda que o Lombardi escreveu o
Tonico com características suas e do
diretor da trama Roberto Talma. A Verdade
é que Tony Ramos exercitou uma veia
cômica inédita em seu currículo até então e se destacou como o protagonista
mais atrapalhado da história das telenovelas. O Ator foi aclamado pelo público
e crítica e ainda abocanhou o troféu Imprensa de Melhor ator.
A
moda neo-hippies e “Levar uns Coelhos” dos irmãos Rei e Rico
Os Guilhermes Fontes e Leme viveram na trama os irmãos Rei e Rico, e a moda neo-hippie
dos dois ganhou o Brasil, e todo mundo
usou os lenços de cabeça do Rei e os jaquetões jeans cheios de apetrechos do
Rico. A novela ainda criou uma nova expressão para o “Fazer amor” nas novelas.
Sempre que os dois iram namorar, usavam a expressão “Levar uns Coelhos”.
Beatriz Bertú e os outros bebês
que encantaram o país
A bebê Heleninha era a grande
protagonista de Bebê
a Bordo , e todos os acontecimentos da novela giravam ao seu redor.
No decorrer da trama quatro crianças se revezaram no papel. Os primeiros, quando a Heleninha ainda era recém nascida
foram os irmãos Roberto e Adriana,
depois a Caroline quando a Heleninha
cresceu mais um pouquinho e finalmente a mais lembrada e marcante de todas, Beatriz Bertú, que encantou o público e
virou o rostinho da trama.
Os
Sonhos eróticos da Ângela
Ao som de “Mordida de Amor” do Grupo
Yahoo, Maria Zilda Betlhem na
pele da Ângela seduziu muito marmanjo cada vez que tinha um sonho erótico na trama.
Ângela uma mulher solteirona que
dedicou a vida para cuidar dos irmãos, Zetó, vivido pelo Jorge Fernando, e Caco, do Tarcísio Filho, se apaixona pela voz locutor Tonhão (José de Abreu), e a partir de
então cada vez que pensa ou houve sua voz
tem sonhos e fantasias totalmente
eróticas com ele. Os sonhos da
personagem, que saiam das mãos do
diretor Paulo Trevisam, ganhavam um acabamento especial e eram
praticamente filmes dentro da trama.
As trilhas sonoras de Bebê a Bordo,
Nacional e Internacional, é um compilado de grandes sucessos que se eternizaram
na década de 80 e que até hoje são hits tocados em muitas rádios saudosistas.
A Nacional que trazia Isabela Garcia linda na capa, trazia
faixas como “Adoro” do Léo Jaime; “Quase não dar para ser Feliz”
do Dalto, o tema da Ana; “Preciso Dizer que Te Amo” na voz da Marina Lima, tema de amor do Tonico e
Ana; a romantissíssima “Amor Bandido”
da Joanna, tema da Ester, vivida
pela Patrícia Travassos; “Me Ame ou Me Deixe” imortalizada na voz
da Wanderléia e “O Beco” mais uma carimbada dos Paralamas do Sucesso.
Na trilha internacional com o Guilherme Leme na capa, o ritmos
caribenhos e de lambada começavam a adentram no Brasil e alguns hits com esses
ritmos emplacaram na trama como “Le Bal
Masqué” do La Compagne Créole; “Quést-ce Que Tu Fais” da Formula II e “Electrica Salsa” na voz da Off.
Não posso deixar de citar também os
temas românticos que até hoje são sucesso garantido na trilha de muitos
apaixonados, como Elton John em “I Don´t Want Go On With You Like That” tema do Rico,
e o apaixonante tema da Ana, “Build” do Housemartins.
Censura
A Censura caiu pesado em cima da trama
de Bebê a Bordo.
Inicialmente não acharam propício o
primeiro nome pensado para a trama – Filha da Mãe. Depois acharam o enredo, a mãe que não tinha certeza
quem era o pai da filha por ter tido vários parceiros , muito pesado para o horário das sete, e mesmo
depois de liberada ainda sofreu cortes
em algumas cenas da Ana e da Sininho, personagem vivida pela Carla Marins.
Trama
recheada de humor mais que teve um final melancólico
“A
novela não acaba aqui” com essa frase Carlos
Lombardi encerrou o último capítulo de Bebê a Bordo. A novela que teve sua essência toda dosada no humor anárquico
acabou apresentando um final triste e
melancólico. Laura (Dina Sfat) conseguiu a
guarda de Heleninha e, com isso, ela e Ana (Isabela Garcia) não se entenderam.
Ana, Rico e Rei planejaram uma fuga com a bebê, mas capotaram o carro, que caiu
de uma ponte. Rico e Rei, que haviam casado um dia antes, foram dados como
mortos e suas mulheres, Sininho (Carla Marins) e Raio de Luar (Silvia Buarque),
acreditaram ter ficado viúvas. Ana levou um tiro na fuga e depois renunciou ao
amor de Tonico, que continuou apaixonado por ela. Rico e Rei fugiram para o
Paraguai com Heleninha, guardando-a para Ana. A novela terminou com a menina
dando um beijo num quadro com o rosto de sua mãe pintado.
O
Parto da Heleninha no primeiro capítulo
O Primeiro capítulo da trama bombou com
a exibição da cena do parto da Heleninha em plena zona oeste de São Paulo. A cena
protagonizada por Isabela Garcia e Tony
Ramos parou as movimentadíssimas esquinas da Avenida
Brigadeiro Faria Lima com Avenida Nove de Julho e na Rua Augusta.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: www.wikipédia.com.br
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