Mesmo sem apresentar nada de novo, “Eta Mundo Bom” continua em sua trilha de sucesso

        Êta Mundo Bom continua na sua trilha de sucesso. A novela mesmo sem apresentar nada de novo, é mais  um emaranhado de situações que estávamos cansados, ou nem tanto, de ver nas trama do Walcyr  Carrasco,  porém  a trama continua como a atual novela de maior sucesso de público, crítica e nas redes sociais.

        No capítulo que foi ao ar nesta quinta-feira (21.07), a novela bateu a marca de 40 pontos no Ibope,  número que a Globo não alcançava  no horário desde Cama de Gato (2009), trama das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid.  O nascimento do filho de Candinho (Sérgio Guizé) e Filomena (Débora Nascimento) emocionou o telespectador que se sentiu parte daquele momento, tamanha veracidade empregada no cena.

        Voltando a fórmula de Êta Mundo Bom, fica difícil explicar , mas ao mesmo tempo já é fato  que o Walcyr sabe como poucos transformar tramas simples em sucesso, fazendo com  que o público se interesse por situações  repetitivas sem notar essa repetitividade.

        A Saga do Cegonho,  os casamentos e planos da Sandra (Flávia Alessandra), as investigações da Maria (Bianca Bin) entre outras situações, acontecem praticamente desde o primeiro capítulo, e continuam praticamente um vez por semana ganhando um novo fôlego.

        Podemos ver facilmente em Êta Mundo Bom, dada as devidas proporções, tramas de  O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003) e  Alma Gêmea (2005) , com o agravante de que na atual trama das seis, Walcyr teve que se desdobrar para não deixar a trama perder seu brilho depois que a Filomena não decolou como protagonista. A Débora Nascimento praticamente se transformou em uma figuração de luxo dentro da trama, e o Walcyr assim que percebeu que a atriz não tinha força para segurar a  personagem, alçou a coadjuvante Maria, da Bianca Bin, a mocinha da trama, deixando a novela equilibrada.

        Claro que o bom elenco de Êta Mundo Bom também é um dos grandes trunfos da trama. Elizabeth Savalla, mesmo sem nunca ter baixado o tão criticado tom da Cunegundes, acabou transformando com sua perícia e talento esse exagero em charme. Marco Nanini, além dos disfarces, ganhou um novo personagem,   o irmão  Pandolfo que  em dobradinha com a Eponina da Rosi Campos enriqueceu muito a trama.

         Camila Queiroz , a Mafalda; Anderson di Rizzi, o Zé dos Porcos e a Clarice vivida pela Mariana Armelinni são a revelação da trama.

        Flávia Alessandra, Sérgio Guizé e Bianca Bin, os protagonistas também estão fazendo um trabalho impecável. Os três com papéis difíceis (A Vilã extremamente má, o mocinho  ingênuo,  e mocinha sofredora) podiam ter caído na caricatura simples, mas não. Os três são personagens com perfis bem interessantes e defendidos de uma forma magistral.

        Enfim , Êta Mundo Bom tá bom demais, ê Lasqueira!!

Fonte:

Texto : Evaldiano de Sousa