Sete Vidas, novela da autora Lícia Manzo, tem como sua principal
característica mostrar a simplicidade e
ao mesmo tempo a complexidade do cotidiano. Seus personagens são pessoas da
vida real, com seus dramas, problemas, amores e desamores.
Esse tipo de personagem que
tem como único artifício a vida real, torna o trabalho do ator que lhe
interpreta ainda mais valioso, afinal sem um trejeito, sem uma máscara de um
personagem mais caricato o ator tem que se segurar apenas com o talento e o
texto impecável da autora.
Como exemplo, a Déborah
Bloch que vive a protagonista Ligia. Marcada por personagens caricatos como
as que ela viveu no Tv Pirata (1988 à
1990), a Teodora de Salsa e Merengue (1996)
ou a Úrsula de Cordel
Encantado (2011), ela faz a Ligia de
cara lavada dando um show na pele da inconstante personagem.
Domingos Montagner também vive em Sete Vidas o
seu primeiro personagem de cara limpa. Sem a ajuda de “adereços” como
teve vivendo o Capitão Herculano, o cangaceiro de Cordel Encantado (2011), o presidente de O Brado Retumbante (2012) ou o estrangeiro Ziah de Salve Jorge (2012), fomos apresentados
a um ator visceral mostrando unicamente seu grande talento.
O post não está contestando
o talento dos atores, que já são
consagrados por grandes personagens da tv, mas os que vivem em Sete Vidas mostram a verdade do trabalho deles. Os textos de Licia Manzo, que já é chamada de “Nova Manoel Carlos” proporciona
um grande desafio para o ator.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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