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10 Aberturas de Minisséries Inesquecíveis



           Desde Junho do ano passado mensalmente o blog escolhe uma das clássicas minissérie brasileiras  para relembrar. Foram doze desde Lampião e Maria Bonita (1982), passando por Anos Rebeldes (1992), Um Só Coração, (2004) fechando com Tereza Batista (1990)  no domingo (12.07).

        Para terminar  com chave de ouro essa seção de “Grandes Minisséries”  o post de hoje vai relembrar 10 aberturas de minissérie que mais marcaram a teledramaturgia nacional.

Rabo de Saia (1984)
Minissérie do Walther George Durst, José Antônio de Sousa e Tairone de Sousa
Baseada no romance Riso da Noite de José Condé
Com Ney Latorraca, Dina Sfat, Lucinha Lins Tássia Camargo entre outros no elenco
Ney Latorraca brilhou absoluto na pele do inesquecível Quequé. E quase o ator não ganha o papel. O Diretor  queria um interprete mais viril para o personagem, mas logo se convenceu de que o Ney nasceu para viver o eterno conquistador.
A abertura da minissérie trazia Quequé na janela de um trem em uma das suas muitas viagens no instante em que a imagem é congelada ele assiste algumas cenas da minissérie com suas três esposas por onde são apresentados os créditos do elenco. Como tema da abertura, o forró “Xamego”  na voz da Fafá de Belém .






Riacho Doce (1990)
Minissérie do autor Aguinaldo Silva
Baseado no romance homônimo de José Lins do Rêgo
Com Vera Fischer, Carlos Alberto Ricelli, Herson Capri, Fernanda Montenegro, Luiza Tomé entre outros no elenco.
Riacho Doce foi gravada às pressas para concorrer com Pantanal na Rede Manchete. Para isso a Globo escolheu Fernando de Noronha e suas belas praias e paisagens para contrastar com a fauna e flora pantaneira apresentada na trama da Manchete.
A Minissérie ficou marcada pelo trabalho impecável de Fernanda Montenegro na pele da vilã e bruxa da pequena aldeia de pescadores,  Vò Manuela.
Na abertura, como não poderia deixar de ser, as belas imagens capturadas de Fernando de Noronha, como o por do sol  e o anoitecer ilustravam ao som do soneto “Estudo em Mi Maior Opus 10” do André Kostelanetz.





O Canto das Sereias (1990)
Minissérie do autor Paulo César Coutinho
Com José de Abreu, Ingra Liberato, Mika Lins, Giussepe Oristânio, Nani Venâncio,  Andrea Fetter entre outros no elenco
A Minissérie tinha como locações as mesmas de Riacho Doce na Globo, e apesar das belas locações e nudez das atrizes que viviam as sereias a minissérie ficou muito aquém do que a Manchete esperava.
Na Abertura as sereias desfilavam todo o seu encanto mescladas  as paisagens ainda mais encantadoras de Fernando de Noronha.
A abertura da minissérie trazia Quequé na janela de um trem em uma das suas muitas viagens no instante em que a imagem é congelada ele assiste algumas cenas da minissérie com suas três esposas por onde são apresentados os créditos do elenco. Como tema da abertura, o forró “Xamego”  na voz da Fafá de Belém .





Tereza Batista (1992)
Minissérie do autor Vicente Sesso
Baseado no romance Teresa Batista cansada de Guerra do autor Jorge Amado
Com Patrícia França, Humberto Martins, Jorge Dória, Herson Capri entre outros no elenco.
A Minissérie consagrou Patrícia França no auge dos seus 19 anos que viveu a personagem título. Vicente Sesso voltava a escrever depois de anos afastado. Seu último trabalho havia sido a novela Cara a Cara  em 1979.
A Abertura ao som de “Vamos Falar de Tereza” um dueto de Dorival e Danilo Caymmi mostrava a beleza brejeira de Patrícia França em todas as fases de Tereza Batista.





Anos Rebeldes (1992)
Minissérie do autor Gilberto Braga
Baseado nos livros 1968 – O Ano que não acabou da Zuenir Ventura  e Os Carbonários do Alfredo Sirkis
Com Malu Mader, Cássio Gabus Mendes, Cláudia Abreu, Marcelo Serrado e grande elenco.
Memorável momento da televisão brasileira. Anos Rebeldes virou um clássico das minisséries globais, tanto pelo seu texto como pela importância que teve para o momento político do Brasil na época em que foi apresentada.
A Abertura de Anos Rebeldes também ficou imortalizada  pela música “Alegria, Alegria” do Caetano Veloso como pelas gravuras multicoloridas, moda na época, que estampavam o vídeo.





Engraçadinha -  Seus Amores e Seus Pecados (1995)
Minissérie do Leopoldo Serran
Baseado no romance homônimo do Nelson Rodrigues
Com Claudia Raia, Alessandra Negrini, Ângelo Antônio, Alexandra Borges, Maria Luisa Mendonça,  Pedro Paulo Rangel, Paulo Betti e grande elenco.
Uma das melhores adaptações de Nelson Rodrigues para a Tv e que consagrou Alessandra Negrini, que fez a personagem título em sua primeira fase, e Claudia Raia, a Engraçadinha na fase adulta.
Na abertura uma linda mulher se despia num quarto que era pura luxúria, finalizando com um banho de chuva complementa nua ao som de “Adios Nonino”  do Ubirajara Silva.  
pela música “Alegria, Alegria” do Caetano Veloso como pelas gravuras multicoloridas, moda na época, que estampavam o vídeo.




Hilda Furacão (1998)
Minissérie da autora Glória Perez
Baseada no romance homônimo de Roberto Drumond
Com Ana Paula Arósio, Rodrigo Santoro, Danton Mello, Mateus Nachtergaele, Paloma Duarte e grande elenco.
A Minissérie marcou a estreia de Ana Paula Arósio na Globo ainda sob empréstimo do SBT. Sua beleza seduziu o Brasil e no decorrer da produção ela provou que era muito mais do que um belo rosto.  Além da história de Hilda, a autora criou outras tramas paralelas que também chamaram  atenção do público.
Ao som de “Resposta ao Tempo” na voz da Nana Caymmi,  a abertura trazia uma bela mulher se vestindo de noiva sobre o pisca-pisca do letreiro título da minissérie.  



Presença de Anita (2001)
Minissérie do autor Manoel Carlos
Baseada no romance homônimo de Mário Donato
Com José Mayer, Helena Ranaldi, Vera Holtz, grande elenco e a estreante Mel Lisboa
Presença de Anita marcou a estreia da atriz Mel Lisboa que esbanjou talento e sensualidade na pele da protagonista com cenas tórridas em parceira com  José Mayer.
Na abertura, a inesquecível Lolita brincava com uma casa de bonecas que no final pegava fogo ao som de “Ne Me Quitte Pas”  da cantora Maysa.





O Quinto dos Infernos (2002)
Minissérie do autor Carlos Lombardi
Com Marcos Pasquim, Luana Piovanni, Cláudia Abreu, Betty Lago, Humberto Martins, Daniele Winits e grande elenco.
Mesmo com um horário cruel de exibição com a estreia do Big Brother BrasilO Quinto dos Infernos que contava de forma anárquica a chegada da família real no Brasil e a independência de Portugal, foi um sucesso. A Minissérie consagrou o trabalho de Marcos Pasquim como mais um dos “descamisados” do autor. Betty Lago, Cláudia Abreu, Luana Piovanni e Daniele Winits foram os destaques femininos.
Na abertura gravuras sobre o descobrimento do Brasil eram apresentadas ao som de “There Is No Business Like Show Business”  da banda Lomiranda.


JK (2006)
Minissérie da autora Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira
Com José Wilker, Wagner Moura, Marília Pera,  Déborah Falabella e grande elenco.
A Vida e trajetória política do presidente Juscelino Kubitschek  foi contada nos 47 capítulos da minissérie. José Wilker e Wagner Moura se dividiram nos papéis do presidente em duas fases distintas.
A Abertura foi produzida  em homenagem a Oscar Niemayer. A Animação foi desenvolvida através dos traços do arquiteto, que foi o responsável pelos  projetos da capital brasileira, Brasília, o grande feito de Juscelino enquanto presidente. “Peixe Vivo” cantada por Milton Nascimento foi o tema de abertura.



Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Vídeos :You Tube
   

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