As crianças sempre tiveram um lugar
importante na teledramaturgia nacional. Desde
1968, onde os autores adoravam explorar o filão de “criança órfã abandonada”
iniciada com o sucesso de A Pequena Órfã,
novela do autor Teixeira Filho no ar
pela Tv Excelsior, e protagonizada
pela atriz mirim Patrícia Aires. A
Atriz em 1971, voltou a fazer uma novela
dedicada ao público infantil, Meu Pedacinho de Chão,
do Benedito Ruy Barbosa.
Dionísio Azevedo e Patrícia Ayres |
O filão foi muito utilizado em outras
novelas como Ricardinho, Sou Criança – Quero Viver (1968) uma adaptação de Aparecida Menezes no ar pela Bandeirantes; Sozinho no
Mundo (1968)
na Tupi; Tilim (1970) pela Rede
Record ambas da autora Dulce
Santucci e Pingo de Gente,
do Raimundo Lopes também na Record.
A Globo
é a emissora que menos investiu em novelas dedicadas inteiramente às crianças.
Apesar do remake de Meu Pedacinho de Chão,
apresentado no horário antes de Boogie Oogie, que era declaradamente dedicada às crianças; as poucas que fez na verdade tinham como
tema principal uma criança, mas não eram considerada novelas infantis. Depois de Meu Pedacinho
de Chão em 1971, a Globo veio apresentar
novamente uma novela com crianças como
tema principal em 1993 com Sonho Meu, dos
autores Marcilio Moraes, Margareth Boury
e Maria Adelaide Amaral. A novela tomou como base a novela A Pequena
Órfã, para contar a história da
inesquecível Lalesca, vivida pela atriz mirim Carolina Pavanelli.
Em 1998,
Walther Negrão escreveu Era Uma Vez para o horário das
seis. A trama tinha como um dos núcleos quatro crianças que davam os entrechos
para os acontecimentos da novela. O Autor mesmo não sendo dedicado ao público
infantil sempre trouxe em suas novelas personagens
que acabam encantando as crianças, como
aconteceu como o Shazan e Xerife, Paulo
José e Flávio Migliaccio em O Primeiro Amor (1972); Pardal e Gibi , Tony Ramos e Fernando Almeida em Livre para Voar (1984) ou o
Canequinha que o Elias Gleiser viveu em Anjo de mim em 1996.
A Bandeirantes em 2005 viu sua audiência
crescer ao investir no público infantil com Floribella, a novela musical protagonizada por Juliana Silveira, que ficou
dois ano no ar dividida em duas temporadas.
Mas nenhuma outra novela investiu e
investe tanto no público infantil como o SBT.
Atualmente a emissora exibe um remake de Chiquititas, novela infantil que foi apresentada originalmente em
1997, baseada na novela argentina da Cris
Morena e que virou febre nacional entre as crianças e foi o maior fenômeno
comercial da década de 90 em licenciamento de produtos.
No ano passado o canal apresentou outro remake de um sucesso
entre a criançada. A Novela Carrossel , reescrita assim como Chiquititas, por Íris Abravanel, a senhora Silvio Santos.
Adicionar legenda |
Não sou fã de novelas ditas infantis, acho que o gênero não foi
feito para esse tipo de público. Mas não posso deixar de reverenciar esses
sucessos feitos especialmente para os baixinhos, e que com certeza colaboram
muito para o crescimento das crianças de cada geração.
Fonte :
Texto
: Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgia.com
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