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Globo 50 anos de novelas (1995 à 2004)


        Começa a quarta década da Globo, a audiência  também começa a ficar mais acirrada e a emissora  comemora seus 30 anos de vida lançando o remake de um dos maiores sucessos da autora Janete Clair, Irmãos Coragem (1995) reescrito por Marcílio Moraes para o horário das seis. Marcos Palmeira, Marcos Winter e Ilya São Paulo deram vida aos irmãos dessa versão. Uma pena que o remake tenha ficado muito aquém do original, mas vale destacar o bom trabalho de Letícia Sabatella, que deu vida a  Lara , Diana e Márcia. Uma só mulher com três personalidades.

Tony Ramos e Susana Vieira em A Próxima Vítima, 1995. TV GloboAndré Gonçalves em A Próxima Vítima, 1995. Nelson Di Rago/TV GloboZezé Motta e Camila Pitanga em A Próxima Vítima, 1995. Nelson Di Rago/TV Globo

        Com sucesso de público e crítica, a trama policial de A Próxima Vítima  bem escrita por Silvio de Abreu foi o grande sucesso do horário nobre daquele ano. Na trama não se perguntou apenas “Quem Matou?”  e sim “Quem iria morrer?”. No elenco destaque para Claudia Ohana, Aracy Balabanian e Susana Vieira. A novela mostrou através dos personagens Lui Mendes e André Gonçalves uma relação homossexual que foi tão bem construída  que acabou sendo aceita pela sociedade da década de 90.


        História de Amor (1995) , novela do autor Manoel Carlos, nos apresentou a primeira das três Helenas vivida pela atriz Regina Duarte. Em meio á vários conflitos diários mulheres mostravam várias formas de amar, em um das melhores novelas escritas pelo autor.


                                                               Christiane Torloni em Cara & Coroa, 1995. Nelson Di Rago/TV Globo

        Cara e Coroa (1995) do autor Antônio Calmon e Explode Coração (1995) da Glória Perez foram as duas outras tramas apresentadas no ano, no horário das sete e das oito, respectivamente.


        O Confronto entre duas irmãs vividas pelas atrizes Elizabeth Savalla e Cássia Kiss Magro , foi o fio condutor da trama de Quem é Você,  das autoras Solange Castro Neves e Ivani Ribeiro, escrita por Lauro César Muniz. A amizade  e o amor na terceira idade foram outros temas abordados pela novela.

        O horário das sete no ano de 1996 foi ocupado pelos autores Carlos Lombardi com Vira Lata e Miguel Falabella (com sua primeira novela como autor) e Maria Carmem Barbosa com Salsa e Merengue (1996).


        O Que você faria  se só lhe restasse um dia? Essa pergunta foi o ponta pé inicial para a trama de O Fim do Mundo, do autor Dias Gomes. A história que apresentou as várias faces do ser humano diante de um situação de pressão, seria contada como uma minissérie, porém o “encurtamento” de Explode Coração e o atraso na produção de O Rei do Gado, fez com que a Globo a apresentasse como uma “mini-novela” no horário nobre.

RivalidadeAmor proibidoCena marcante
        Atualmente, um dos maiores sucesso do Vale a Pena Ver de Novo, O Rei do Gado, do autor Benedito Ruy Barbosa, foi originalmente ao ar em 1996 e discutiu em pleno horário nobre a reforma agrária. O Tema ultrapassou o universo ficcional e ganhou a mídia virando assunto de interesse nacional. No elenco destaque para Carlos Vereza , na pele do Deputado Caxias, Patrícia Pillar como a sem terra Luana, O Saudoso Raul Cortez como o Jeremias Berdinazzi e Antônio Fagundes como o Bruno Mezenga.

Tony Ramos e Odilon Wagner em Anjo de Mim, 1996. Bazilio Calazans/TV GloboHelena Ranaldi e Tony Ramos em Anjo de Mim, 1996. Bazilio Calazans/TV GloboVivianne Pasmanter e Elias Gleiser em Anjo de Mim, 1996. Bazilio Calazans/TV Globo
        Walther Negrão entrou no campo do espiritismo com a novela Anjo de Mim (1996). Floriano, o protagonista vivido por Tony Ramos é um cético escultor que se ver atormentado por uma mulher que faz parte do seu passado. Através de regressões ao passado ele tenta descobrir quem é essa mulher no seu presente.

Eva Wilma em A Indomada, 1997. Frame de vídeo/TV GloboEva Wilma e Cláudio Marzo em A Indomada, 1997. TV Globo
        Adriana Esteves como protagonista e Maria Fernanda Candido correndo na abertura foram o chamariz para a trama de A indomada, do autor Aguinaldo Silva, naquela que seria sua penúltima trama neste estilo.  Eva Wilma brilhou absoluta e roubou a novela na pele da grande vilã Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque.


        Beth Lago e Natalia Lage disputaram o amor de Rodrigo Santoro dentro da novela O Amor Está no Ar (1997) do Alcides Nogueira e Fernanda Montenegro vestida de Santos Dumont abria e encerrava a trama de Zazá , novela do horário das sete do autor Lauro César Muniz.


        Mas foram o remake de Anjo Mau, da autora Maria Adelaide Amaral, que consagrou Glória Pires no papel que havia sido da Susana Vieira na primeira versão  e Por Amor do Manoel Carlos, com a Regina  e Gabriela Duarte vivendo mãe e filha na tv,  os dois grandes sucessos do ano.

        Corpo Dourado (1998), do Calmon e Meu Bem Querer (1998)  ocuparam o horário das sete daquele ano, assim como Era Uma Vez , do Walther Negrão e Pecado Capital, remake escrito pela Glória Perez baseada no original de sucesso da Janete Clair foram as atrações do horário das seis.


        Silvio de Abreu em 1998 viu o público torcer o nariz para a chocante e ousada trama da novela Torre de Babel.  O público rejeitou o violento Clementino do Tony Ramos,  as lésbicas Leila e Rafaela, vividas pela Silvia Pfeiffer e Christine Torloni e o dependente químico Guilherme vivido pelo Marcelo Antony entre outras coisas da trama. A solução foi matar na já programada explosão do shopping  da trama esses personagens indesejáveis. Porém alguns personagens cativaram o público, entre eles a Sandrinha, da Adriana Esteves,  o Jamanta do Cacá Carvalho e  a Bina Colombo da Cláudia Gimenez.

Vanessa Lóes, Luana Piovani e Letícia Spiller em Suave Veneno, 1999. Nelson Di Rago/TV GloboDiogo Vilela e Luiz Carlos Tourinho em Suave Veneno, 1999. Nelson Di Rago/TV GloboJosé Wilker em Suave Veneno, 1999. Nelson Di Rago/TV Globo
        Em 1999, Aguinaldo Silva abandonou as tramas regionalistas e apresentou no horário nobre a trama de Suave Veneno, inspirada no  Rei Lear, do Shakespeare  e com José Wilker como protagonista. A trama urbana do autor não foi muito bem aceita, e teve que ser ajustada logo no início, porém consagrou à atriz Letícia Spiller, que deu vida a caricata vilã Maria Regina.


        Euclydes Marinho com base nas comédias românticas dos anos 40  e 50 apresentou a trama de Andando nas Nuvens, que contava a história de um homem desmemoriado em busca do seu passado.  Na novela vale destacar as tramas paralelas da Julia Montana (Déborah Bloch) e Chico Mota (Marcos Palmeira) que competiam para serem as estrelas do Correio Carioca, jornal da trama, mas que na verdade escondiam uma grande paixão um pelo outro.

        Terra Nostra (1999)  mostrou a importância da migração para  a formação da sociedade brasileira. Mas a novela do Benedito Ruy Barbosa foi muito  além e se tornou um fenômeno da teledramaturgia. O Casal Matteo e Giulianna,  consagrou os atores Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio, transformando os  atores em astros de primeira grandeza na Globo. Outro romance que se destacou na trama foi a relação entre o banqueiro Francesco Mariano , do ator Raul Cortez e Paolla,  que  revelou para o grande público o talento da quase estreante Maria Fernanda Candido. A Atriz foi eleita na época a Mulher mais Bonita do Século 20, numa promoção feita pelo programa Fantástico. Maria Fernanda venceu nomes Vera Fischer, Tônia Carrero e Ana Paula Arósio. Mas o elenco de Terra Nostra foi um daqueles que se viu juntos poucas vezes em uma novela. Foram muitos os destaques, como Lu Grimaldi, Antônio Calonni, Débora Duarte, Carolina Kasting, Paloma Duarte, Antônio Fagundes, Adriana Lessa entre outros. 


Malu Mader em Força de um Desejo, 1999. Nelson Di Rago/TV GloboPaulo Betti, Nathalia Timberg e Reginaldo Faria em Força de um Desejo, 1999. Nelson Di Rago/TV GloboFábio Assunção, Reginaldo Faria e Selton Mello em Força de um Desejo, 1999. Nelson Di Rago/TV GloboDenise Del Vecchio e Lavínia Vlasak em Força de um Desejo, 1999. Nelson Di Rago/TV Globo   
        Gilberto Braga deixou o horário nobre em 1999, mas apresentou às 6 horas uma trama digna de um novelão das oito. Força de Um Desejo tinha todos os ingredientes das tramas do autor que seduziram o público, entre eles Malu Mader e Cláudia Abreu como protagonistas.  A trama foi inspirada em três obras do Visconde de Taunay: A Retirada de Laguna, Inocência e a Mocidade de Trajano. A novela marcou a volta às telinhas nacionais de Sônia Braga, 19 anos depois de sua última novela, Chega Mais (1980). Várias tramas  e personagens inesquecíveis fizeram o sucesso da trama,  como as vilãs vividas por Nathalia Timberg e Lavínia Vlasak; a relação senhor-escravo entre Higino Ventura e Olívia, personagens do Paulo Betti e Cláudia Abreu;   e Denise Del Vecchio  na pele da Bárbara, que no final é revelada como a grande assassina da novela. Força de Um Desejo foi a primeira  novela global a apresentar o recurso “Closed Caption”. O sistema permite que deficientes auditivos possam  captar o que é dito na tela através de legendas.

Logo da novela Vila Madalena, 1999. TV Globo

        Em outubro de 1999 estreou a última novela do ano, a trama de Vila Madalena do autor Walther Negrão. A Novela protagonizada por Maitê Proença, Cristiana Oliveira, Edson Celulari e Marcos Winter tinha com pano de fundo o comércio alternativo e vida noturna agitada do bairro paulista. Vila Madalena inovou em sua abertura. A Trama  na verdade não tinha uma abertura fixa, a cada dia  era apresentado um clipe das músicas que compunham a trilha sonora nacional da novela. Moradores ilustres do bairro fizeram participações especiais na novela como o Palhaço Gargalhada, o chargista Paulo Caruso e o pintor Ademir Martins.


        Chegam os anos 2000 e o horário das seis continua investindo em tramas de época, gênero que consagrou o horário. Esplendor, trama da autora Ana Maria Moretzsohn,   se passava no final da década de 50 e contava a história de um viúvo solitário que redescobria o amor. Protagonizada por Floriano Peixoto, Letícia Spiller e Murilo Benício, a trama também teve como destaque no elenco Cássia Kiss Magro na pele da sensível Adelaide. O Cravo  e a Rosa , que  marcou  a estreia do Walcyr Carrasco na Globo, depois do sucesso de Xica da Silva (1996) na Rede Manchete, retratou  os nostálgicos anos 20 e todo o seu glamour. A novela alavancou a audiência  do horário com essa  comédia romântica inspirada no clássico A Megera Domada, do William Shakespeare.  Muitos foram os destaques no elenco, com atores dando um show fazendo comédia como Adriana Esteves e Eduardo Moscovis (Catarina e Petrucchio), Ney Latorraca e Maria Padilha (Cornélio e Dinorá), Drica Moraes e Luis Mello (Marcelo e o banqueiro Batista); Pedro Paulo Rangel e Suely Franco (Calixto e Mimosa); Eva Todor e Carlos Vereza (Josefa e Joaquim) e Taumaturgo Ferreira e a estreante Vanessa Gerbelli (Januário e Lindinha).




        Manoel Carlos escreveu em 2000, seu maior sucesso de audiência e crítica, contando através de um amor incondicional de uma mãe por uma filha a crônica urbana de Laços de Família.  Vera Fischer  é a minha Helena preferida do autor, e a atriz no auge dos seus 48 anos conseguiu dar a sua Helena toda a exuberância, sensualidade e sensibilidade que a personagem pedia. De longe seu melhor momento na tv. No elenco vale destacar grandes momentos de José Mayer, Déborah Secco, Marieta e Giovanna Antonelli, catapultada a grande estrela da casa devido o sucesso da Capitu. Carolina Dieckmann que viu sua Camila ser rejeitada no início de Laços de Família, acabou sendo aclamada pelo público na fase em que a personagem sofre de leucemia. A cena em que Carolina raspa a cabeça ao som de “Love By Grace” da Lara Fabian rendeu picos de audiência à trama com 79% dos televisores do país ligados. A Campanha criada na trama para doação de medula praticamente aumentou em 100% as doações no país, e a trama recebeu um dos maiores prêmios  mundiais de responsabilidade social : o Global Leadership WardReynaldo Gianechini estreou em Laços de Família vivendo o jovem médico Edu. Apesar das duras críticas, o ator fez um trabalho digno, tanto que depois  veio galgando uma promissora carreira. O Ator Flávio Silvino, que fez sucesso em tramas como Vamp (1991) e Deus nos Acuda (1992), voltou a fazer novelas em Laços de Família depois do acidente que lhe deixou sequelas neurológicas. O Drama do ator na vida real foi mostrado através  do Paulo, seu personagem.

        Em pleno horário das sete em 2000 o público foi surpreendido com a bunda do Claudio Heinrich diariamente na tela da Tv. Carlos Lombardi apresentou o seu melhor trabalho em Uga Uga. Eu me atrevo a dizer que prefiro Uga Uga (2000) à     Quatro por Quatro (1994). A Trama revitalizou o horário com muita ação, correria, violência e corpos desnudos. Além do Claudio, que viveu o índio Tatuapu, Marcos Pasquim apareceu praticamente 100% da sua cenas sem camisa  e Daniele Winits com roupas que deixavam quase a mostra seus seios. Porém o grande apelo sensual da trama foi mesclado por ótimos entrechos e interpretações memoráveis de Lima Duarte e a saudosa Nair Bello, na pele dos mal-humorados Nikos e Pierina; e Betty Lago com a enlouquecida aeromoça Brigitte. Mariana Ximenes foi a grande revelação da novela, vivendo sua primeira grande personagem e abrindo as portas do sucesso para a atriz.

Tarcísio Meira e Caio Blat em Um Anjo Caiu do Céu, 2001. TV GloboJonatas Faro e Patrícia Pillar em Um Anjo Caiu do Céu, 2001. Cristiana Isidoro/TV GloboCaio Blat e Débora Falabella em Um Anjo Caiu do Céu, 2001. Cristiana Isidoro/TV GloboDébora Falabella e Henri Castelli em Um Anjo Caiu do Céu, 2001. Roberto Steinberger/TV Globo
        Sem o compromisso  de causar polêmicas ou abraçar causas sociais Um Anjo Caiu do Céu (2001), novela do autor Antônio Calmon, falou de neonazismo e desaparecimento de crianças.  A novela foi um sucesso e consagrou o ator Caio Blat que vivia o anjo do título e apresentou o talento da atriz Déborah Falabella, que vinha da novela Chiquititas  (2000) no SBT.

Camila Pitanga em Porto dos Milagres, 2001. TV GloboMarcos Palmeira em Porto dos Milagres, 2001. Marcela Haddad/TV GloboAntonio Fagundes e Luiza Tomé em Porto dos Milagres, 2001. Roberto Steinberger/TV GloboCassia Kis Magro em Porto dos Milagres, 2001. Roberto Steinberger/TV Globo
        Com Porto dos Milagres, o autor Aguinaldo Silva voltou a sua zona de conforto escrevendo mais uma novela regionalista. A Novela foi baseada livremente nas obras Mar Morto e a Descoberta da América pelos Turcos, do Jorge Amado, mas a trama inicialmente pareceu uma grande mistura de outros sucesso do autor como Tieta (1989), Pedra Sobre Pedra (1992), Fera Ferida (1993) e A Indomada (1997). Mas Porto dos Milagres foi além de uma cópia  e consagrou Aguinaldo Silva naquela que foi até então sua  última novela com esse universo regionalista. No elenco destaque para Cássia Kiss Magro, com a inesquecível vilã Adma e seu anel de veneno implacável; Zezé Polessa com a tresloucada Amapola e Arlete Salles com a falida Augusta Eugênia.

Guilherme Fontes e Sandy em Estrela-Guia, 2001. Cristiana Isidoro/TV Globo

        Estrela-Guia, trama da autora Ana Maria Moretzsohn  foi escrita especialmente para a cantora Sandy, no auge do seu sucesso ainda em dupla com o irmão Junior. Apesar da pouca experiência com atriz, ela não vez feio , e cativou o público com a Cristal. No elenco, destaque para a cirúrgica Lilia Cabral, na pele da perua Dafne; Carolina Ferraz como a vilã Vanessa, Rodrigo Santoro  como o Playboy mau-caráter Carlos Charles,  e a grande revelação foi Tais Fersoza  numa interpretação segura da rebelde Gisela. Pena que a trama só tenha ficado três meses no ar.



        Walcyr Carrasco e Walter Avancini voltaram ao horário das seis três meses depois do término de O Cravo e Rosa (2000)  com A Padroeira, trama que contava a história   do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida e tinha  como base  As Minas de Prata, romance de José de Alencar. Infelizmente a trama ficou muito abaixo do sucesso da parceria anterior e Walther Avancini nem chegou a terminar a novela. Foi afastado por motivos de doença e veio a falecer meses depois. O Saudoso Roberto Talma assumiu a novela e  fez  grandes mudanças  com a alteração do perfil de vários personagens deixando a  trama mais agradável de ser vista. Susana Vieira e Rodrigo Faro foram chamados para a trama logo depois dessas alterações. Déborah Secco ganhou a protagonista depois do seu destaque como a Í     ris de Laços de Família (2000).

                    Claudia Raia em As Filhas da Mãe, 2001. João Miguel Júnior/TV GloboReynaldo Gianecchini e Claudia Jimenez em As Filhas da Mãe, 2001. João Miguel Júnior/TV GloboBete Coelho, Andréa Beltrão e Jacqueline Laurence em As Filhas da Mãe, 2001. Zé Paulo Cardeal/TV Globo
        Outra trama que sofreu com a baixa audiência foi As Filhas da Mãe , do Silvio de Abreu. Com um elenco estrelar encabeçado por Fernanda Montenegro a novela contava a história de uma mulher que abandou os três filhos quando pequenos  e estes depois de grandes  duelavam pelo patrimônio da família. A novela teve um pseudônimo, que inclusive aparecia na abertura : “A Incrível batalha das filhas da mãe nos jardins do Éden”. Mesmo com todos os ingredientes para o sucesso (bom texto, ótima história e elenco primoroso) a trama não engrenou. Destaque mesmo  para Claudia Raia na pele primeira transexual da teledramaturgia nacional.

        Mas o grande sucesso do ano foi sem dúvidas O Clone , da autora Glória Perez. A trama foi a maior audiência de novelas do horário desde 1997, quando a Globo apresentou A Indomada. Cultura árabe, clonagem humana e dependência química deram o tom da trama. Vários foram os destaques no elenco, entre eles Murilo Benício que viveu três personagens (Lucas , Diogo de o clone Léo). Muito criticado no início, o ator  engoliu todas as críticas e continuou no mesmo perfil dos personagens, até essa mesma crítica enxergar que os três não poderiam ter tantas diferenças assim, e  o seu trabalho foi aclamado. Giovanna Antonelli foi catapultada a grande estrela Global depois da inesquecível Jade,  e Débora Falabella, que viveu a Léo, acabou se transformando em uma segunda protagonista da novela, depois que seu drama da dependência química se tornou um dos pontos mais fortes de O Clone.


        O mundo da moda voltou no horário das sete com a trama de Desejos de  Mulher, do autor Euclydes Marinho. Glória Pires e Regina Duarte, as protagonistas da novela, voltavam a trabalhar juntas  novamente,  supostamente iriam repetir a dobradinha de ouro da novela Vale Tudo (1988) do Gilberto Braga. Infelizmente a dobradinha não ocorreu, as personagens tomaram rumos distintos. Glória Pires foi transformada na mocinha da trama e Regina Duarte viveu um das suas personagens mais difíceis na tv. A Andrea Vargas sofreu tal qual as protagonistas de novelas mexicanas.



        Coração de Estudante  foi escrita às pressas depois que a sinopse de Dança da Vida, que Maria Adelaide Amaral  escrevia para o horário foi vetada pela justiça. A novela foi uma declaração de amor aos mineiros com direito a gravações na cidade histórica de Tiradentes.

                    Reynaldo Gianecchini em Esperança, 2002. TV GloboPriscila Fantin e Ana Paula Arósio em Esperança, 2002. João Miguel Júnior/TV GloboPriscila Fantin e Antonio Fagundes em Esperança, 2002. TV Globo
        Em 2002 foi o ano de uma espécie de releitura de duas novelas passadas anteriormente. Esperança do autor Benedito Ruy Barbosa, foi apresentada como uma “Terra Nostra 2” apesar de abordar  a imigração várias nacionalidades ao invés de só a Italiana. Reynaldo Gianechinni , Ana Paula Arósio de Priscila Fantin que viveram os protagonista, conquistaram seus lugares de grandes astros da caso depois da trama. Mas Esperança ficou muito abaixo do sucesso e repercussão de Terra Nostra (1999)  e ainda  foi totalmente modificado na metade da sua apresentação  quando Walcyr Carrasco  assumiu depois dos problemas de saúde do Benedito.  

                     Tarcísio Meira, Kayky Brito, Claudia Raia, Deborah Secco e Jorge Fernando em O Beijo do Vampiro, 2002. Gianne Carvalho/TV GloboNey Latorraca em O Beijo do Vampiro, 2002. João Miguel Júnior/TV GloboClaudia Raia em O Beijo do Vampiro, 2002. João Miguel Júnior/TV Globo
        O Beijo do Vampiro foi uma releitura de Vamp, sucesso do Antônio Calmon nos anos 90. Com base nesse sucesso o autor voltou a falar com muito humor sobre o mundo dos vampiros.  A história  é totalmente diferente de Vamp e também virou uma das boas novelas apresentadas  no horário das sete da década.
        Os segredos escondidos em uma grande vinícola era o fio condutor de Sabor da Paixão, da autora Ana Maria Moretzsohn, protagonizada por Letícia Spiller e Luigi Baricelli.



        A Globo apresentou no ano de 2003 dois grandes novelões em horário nobre : Mulheres Apaixonadas, do Manoel Carlos; e Celebridade do Gilberto Braga.  Coincidentemente as duas últimas melhores tramas de ambos os autores.  Mulheres Apaixonadas apresentou um leque de polêmicas que acabaram sendo discutidas em todas as casas brasileiras e o Manoel Carlos novamente falando através de crônicas sobre o cotidiano foi impecável.



Em Celebridade, Gilberto Braga falou sobre o mundo dos famosos,  a busca da ascensão social a todo custo  e o culto a fama. No elenco destaque absoluto para Claudia Abreu e Fábio Assunção, irrepreensíveis na pele  dos vilões Laura e Renato Mendes. Inesquecível a cena em que Maria Clara, a personagem da Malu Mader, esbofeteia a cachorra Laura no banheiro de uma boate.


Uma Vera Fischer interiorana e um Miguel Falabella galã eram os protagonistas da novela Agora é que São Elas, do autor Ricardo Linhares no horário das seis. A trama tinha com tema principal a independência feminina em meio a romances e a descoberta de um grande amor.


Walcyr Carrasco  nos fez rir com seu humor característico na trama de Chocolate com Pimenta ambientada no anos 20, com  inspiração  em A Viúva Alegre, de Fraz Lehár. No elenco destaque para Elizabeth Savalla, Mariana Ximenes e Murilo Benício.

              Marcos Pasquim em Kubanacan, 2003. João Miguel Júnior/TV GloboAdriana Esteves e Vladimir Brichta em Kubanacan, 2003. Renato Rocha Miranda/TV GloboDanielle Winits e Marcos Pasquim em Kubanacan, 2003. Renato Rocha Miranda/TV Globo
Carlos Lombardi escreveu em 2003 Kubanacan para o horário das sete. A trama  ambientada em uma fictícia  ilha paradisíaca do Caribe  satirizava os países sul americanos através da sua história. Porém a   história confusa do protagonista que tinha vindo do passado para salvar a vida da humanidade acabou afugentando o público. Kubanacan foi a novela  com o maior números de participações especiais no seu elenco. E por falar no elenco, destaque para Adriana Esteves, na pele da Lola, fugindo do estereotipo das mocinhas sofredoras, a atriz deu um perfil a personagem engraçadíssimo e  a transformou  em inesquecível. Vale citar também a Carolina Ferraz, que deu vida a masculinizada Rubi, uma personagem bem diferente de tudo o que a atriz havia feito antes.  




Reynaldo  Gianecchini e Taís Araújo em Da Cor do Pecado, 2004. Renato Rocha Miranda/TV GloboGiovanna Antonelli em Da Cor do Pecado, 2004. TV GloboCaio Blat, Reynaldo Gianecchini, Rosi Campos, Cauã Reymond, Leonardo Brício e Pedro Neschling em Da Cor do Pecado, 2004. Gianne Carvalho/TV Globo
João Emanuel Carneiro começou a  levar seu nome para o casting de grandes autores globais depois do sucesso de Da Cor do Pecado no horário das sete. A novela foi a primeira da emissora a ter um protagonista negra (Tais Araújo), e mesmo tendo como tema principal o romance inter-racial ( Preta e Paco , personagem do Gianechinni) a novela não se prendeu ao preconceito e mostrou a história de maneira clara porém sem didatismo ou rompantes de moral. Giovanna Antonelli foi a estrela da novela na pele da perversa vilã Barbara. Inesquecível a cena da Bárbara  abandonada  vestida de noiva no lixão.


O clima rural voltou ao horário das seis com o remake de Cabocla, do autor Benedito Ruy Barbosa. A trama revitalizou o horário com uma boa audiência graças a grandes atuações de Tony Ramos , Patrícia Pillar , Mauro Mendonça entre outros. A novela revelou o talento de Vanessa Giácomo e Malvino Salvador

        Marcos Paulo e Natália do Vale em Começar de Novo, 2004. Márcio de Souza/TV GloboSthefany Brito e Cássio Gabus Mendes em Começar de Novo, 2004. Márcio de Souza/TV GloboLúcia Alves e Giselle Itié em Começar de Novo, 2004. Renato Rocha Miranda/TV Globo
O Reencontro de um casal separado no passado  era o mote principal de Começar de Novo (2004), trama do Antônio Calmon inspirado em O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dunas.  A Novela foi a última que Marcos Paulo protagonizou. O Ator morreria em 2012.

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Como uma Onda (2004),  novela do autor Walther Negrão, foi a primeira protagonizada por um ator estrangeiro, o português Ricardo Pereira. A trama contava a história de duas irmãs que lutavam  pelo amor desse português. As atrizes protagonistas eram Alinne Moraes e Mel Lisboa.


Mas o ano de 2004 foi marcado pelo fenômeno que se transformou a novela Senhora do Destino, do autor Aguinaldo Silva e que fechou a quarta década da emissora. A Novela tocou em assuntos delicados como ambição desmedida e relacionamento homossexual e consagrou Renata Sorrah na pele da inesquecível vilã Nazaré Tedesco e o saudoso José Wilker como o hilário Giovanni Improtta. Sobre o relacionamento homossexual mostrado na trama, tal qual acontecera em Mulheres Apaixonadas (2003), Leonora (Milla Crhistie) e Jennifer (Bárbara Borges) foram aceitas pela sociedade e o público torceu pelo relacionamento das duas. Pela primeira vez em uma trama esse tipo de relacionamento foi mostrado de forma mais profunda e tinha ido tão longe. Destaque também,  claro para Susana Vieira, seu melhor papel na tv desde a Branca de Por Amor (1997); Raul Cortez e Glória Menezes que viveram o Barão e Baronesa de Bom Sucesso entre outros. O Capítulo de maior audiência da novela foi ao ar em  26 de outubro de 2004, quando finalmente Maria do Carmo acerta as contas com Nazaré, pelo rapto de sua filha no passado. A nordestina dá uma surra na vilã, surra essa que o público esperava desde o primeiro capítulo.



Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : memóriaglobo.com

   

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Um dos símbolos da televisão no Brasil           A Atriz e 94 anos , nos deixou na madrugada deste domingo. De acordo com o portal de notícias G1 , a morte da artista fora registrada às 4h30. Lolita Rodrigues   residia   desde 2015 em João Pessoa,   com a filha, Sílvia Rodrigues .         Considerada um dos símbolos da televisão   no Brasil Em 1950, LolitaRodrigues substituiu Hebe Camargo , sua amiga de longa data, cantando o hino da televisão no Brasil. Filha de imigrantes espanhóis, Lolita cresceu ouvindo seu familiares cantando músicas espanholas. Em 1939, iniciou sua carreira de cantora, e aos 10 anos participou de programas nas rádios na Record, Cultura e Tupi. No decorrer dos anos ela ganhou dois Troféus Roquette Pinto de melhor cantora internacional. Depois de consagrar-se como cantora, Lolita começou a apresentar programas, e em 1952 quando conheceu aquele que seria seu marido, Airton Rodrigues, ganhou projeção na televisão nacional ao apresentar ao lado dele, os histó

“Tributo Lima Duarte”

           Não tem com não se emocionar com o tributo ao Lima Duarte , um artista que   tem a trajetória entrelaçada com a história da Tv. “ Tributo ”,   projeto da Globoplay que vai homenagear grandes nomes que ajudaram a consolidar a história da tv, teatro e cinema nacional,       começou a ser apresentado   a   partir desta sexta -feira   (19.04), na Globo   com o documentário em homenagem ao Lima Duarte .   O Documentário apresentou além dos clássicos personagens imortalizados pelo ator – Como Zeca Diabo de O Bem Amado (1972), Senhorzinho Malta de Roque Santeiro (1985), O Sassa Mutema de O Salvador da Pátria   (1989), Murilo Pontes   em Pedra sobre Pedra (1992) entre outros,     cenas e momentos inéditos, nunca ainda apresentados na Tv.   Muito bom ver uma homenagem desse tipo   feita ainda com o   homenageado em   vida, o que é mais importante. Em tempos em que os artistas veteranos estão sendo cada vez mais descartados, o “ Tributo ”   é um registro mais que necessári

Tributo Laura Cardoso

                  Pioneira da televisão no Brasil, Laura Cardoso foi a estrela do   Documentário Tributo desta   semana, exibido nesta sexta   (26.04), mas uma das grandes homenagens da Globo e Globoplay aqueles que fizeram   a história da nossa tv.         Laura Cardoso    atuou em  teleteatros, séries e novelas  desde a década de 50, lapidando o gênero. É uma das profissionais mais atuantes com  inúmeros prêmios ao longos desses mais de 74  anos de carreira.         O Tributo nos mostrou   uma Laura Cardoso serena e pronta para novos trabalhos, e isso   conforta meu coração. Foi uma homenagem merecida e muito importante   para dar a atriz o status de grande profissional que ela sabe é, mas que muitos precisam   ver assim documentado para não esquecer. Veja Também: Laura Cardoso  Fonte: Texto: Evaldiano de Sousa        

Segunda Temporada de “Encantado´s” chega a tv aberta mantendo o fôlego

          Segunda temporada do seriado Encantado ´s , criação da   Renata Andrade e Thais Pontes  chegou a partir desta     última terça-feira (23.04), à Tv aberta. A temporada já está totalmente completa na Globoplay .         O Texto impecável, a direção dinâmica com cortes no time certo,    o tema de carnaval com pano de fundo, fazem de  Encantado´s   uma série agradável e que instiga o telespectador a esperar o que está por vir na próxima cena.         A   Segunda temporada ganha um reforço – perdemos Tony Ramos ,   porém   ganhamos    Eliane Giardini como Dalva, a nova pedra no sapato do pessoal do Encantado´s.           Luis Miranda e Vilma Melo  continuam   irretocáveis como os    líderes do seriado e juntos dos coadjuvantes fazem um desfile impecável da narrativa, com tiradas sagazes de tipos que cruzamos todos os dias.         A Segunda temporada começa   depois do   desfile triunfante que tocou o público no final da primeira. Os irmãos Eraldo e Olimpia, voltam a ro

Série “A Justiceira”, do Antônio Calmon, com Malu Mader como protagonista, entra nesta segunda-feira na plataforma da Globoplay

                  Seriado A Justiceira , do autor Antônio Calmon , entra nesta segunda-feira (29.04) com seus 12 episódios para plataforma da Globoplay .         Protagonizado por Malu Mader , e nomes como Nívea Maria , Leonardo Brício, Anselmo Vasconcellos, Lui Mendes e Danielle Winits , o seriado marcou o ano de 1997, e só não teve   uma segunda temporada por causa de uma gravidez da Malu.         Relembre a trama: Durante uma ação, a policial Diana Maciel   ( Malu Mader ) mata acidentalmente seu parceiro. Sentindo-se culpada, ela entrega seu distintivo. Cinco anos depois, Diana resolve abandonar o marido por ele ser toxicomaníaco. Em dívida com uma quadrilha de traficantes, seu marido entrega o filho do casal, Pedro, como pagamento. Desesperada, Diana aceita trabalhar com um grupo secreto de combate ao crime, em troca deste localizar seu filho. O grupo é formado por Augusta ( Nívea Maria ), Beto (Leonardo Brício), Paco   (Anselmo Vasconcellos), Diego (Lui Mendes) e Marle

"Alma Gêmea" está de volta a partir desta segunda no VPVN

                          Um dos     maiores sucessos do autor   Walcyr Carrasco   ,   Alma Gêmea   está de volta a partir desta segunda (29.04) , no   Vale a Pena Ver de Nov . A trama protagonizada por   Priscila Fantin ,  Eduardo Moscovis   e   Flávia Alessandra   substituirá     a reprise de   Paraíso Tropical   (2007).          Relembre a trama: Década de 1920. Quando Rafael (Eduardo Moscovis), um botânico que cria rosas, e Luna (Liliana Castro), uma jovem bailarina, se conhecem, é amor à primeira vista. Em poucos dias, eles se casam e logo têm um filho. No meio de tanta felicidade, há um espinho: Cristina(Flávia Alessandra), a governanta da casa, prima de Luna. Invejosa, Cristina sente-se injustiçada, já que Luna é rica, casada com Rafael, a quem ela sempre desejou, e herdou da avó as joias da família, cobiçadas por ela e sua ambiciosa mãe, Débora (Ana Lucia Torre). Rafael presenteia a mulher com uma rosa branca preparada exclusivamente para ela – a rosa Luna – no dia em que ela f

Quinta e última temporada de “Sob Pressão” estreia na Globo escondida no final das noites de terças-feiras

        A Globo estreou na última  terça-feira (23.04), a quinta e última temporada de Sob Pressão , criação    do  Luiz Noronha,  Cláudio Torres e Renato Fagundes , a partir da ideia original de  Mini Kerti , inspirada no livro “ Sob Pressão – A Rotina de guerra de um médico brasileiro ”  , do  Márcio Maranhão , e direção geral do  Andrucha Waddington .         Já disponível na Globoplay desde 2022, essa última   temporada parece não ter agradado muito aos diretores da emissora, afinal demorou vir para a tv aberta e ainda chegou praticamente sem divulgação e escondida ás terças-feiras depois de Encantado ´s ,   ou seja um horário cruel.         É fato que a fórmula, apesar de ainda ter muito o que contar sobre a saúde pública, cansou, mas o elenco é tão primoroso e entregue a produção, que a gente foca   mais aos seus dramas do que   o pano de fundo do seriado nesta temporada.         Nesta quinta temporada a equipe do Hospital Edith de Magalhães passa a manifestar as seque