Perdemos
Tônia Carrero
O domingo amanheceu triste com notícia
da partida de Tônia Carrero, uma das
grandes atrizes da história da Tv, teatro e cinema brasileiros.
A atriz , um dos ícones da televisão brasileira,
morreu por volta das 22h15 deste sábado (03.03), aos 95 anos, no Rio de
Janeiro. Tônia Carrero, cujo nome de
nascimento é Maria Antonietta Portocarrero Thedim, passava por uma pequena
cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro,
quando teve uma parada cardíaca e não resistiu, de acordo com a família da atriz.
Tônia
integrou o elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas proporcionando grandes
momentos as artes brasileiras.
Apesar da graduação em Educação Física,
a formação de Tônia com atriz foi obtida através de cursos em Paris, quando já
era casada com o artista plástico Carlos
Arthur Thiré, pai do seu filho, ator e diretor Cécil Thiré. A estreia nos
palco foi no Teatro Brasileiro de
Comédia (TBC) na peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde teve como
parceiro, Paulo Autran, onde
repetiria por muitas outras vezes essa parceria. Após a passagem no TBC, formou com seu marido à época, o
italiano Adolfo Celi, e com o Autran,
a Companhia Tonia- Celi- Autran (CTCA), que nos anos 50 e 60 revolucionou o
cenário teatral brasileiro.
No cinema estreou em 1947, no filme Querida Susana e participou de outras grandes produções como Apassionata
(1952), Tico-Tico
no Fubá (1952), É Proibido Beijar (1954), Tempo de Violência
(1960), Chega
de Saudade (2007) entre outros.
A Tv consagraria de vez o nome de Tônia Carrero na história das artes do
Brasil. Estreou em 1952 vivendo vários
personagens no Grande Teatro Tupi,
mas seu grande up na tv foi sem dúvidas a excêntrica Stella Fraga Simpson da
trama de ÁguaViva (1980), do autor Gilberto Braga. Na trama seguinte do
Gilberto, Louco Amor, Tônia ganhou novamente um papel de uma mulher luxuosa, a chiquérrima
Mouriel, um tipo que acabou ficando marcado na sua trajetória na
teledramaturgia.
Outras inesquecíveis mulheres
imortalizadas pela atriz na tv : Pola Renon de Sangue do Meu Sangue (1969); Cristina de Pigmalião 70
(1970); a Beatriz de O Cafona (1971); Roberta
Vermont de Um
Rosa com Amor (1972); a Rebeca de Sassaricando
(1987); Letícia de Kananga do Japão (1989);
Cecile Renon de Sangue do Meu Sangue, o remake produzido pelo SBT em 1995; e a Mimi Melody de Esplendor (2000).
Seu último trabalho na tv foi a Madame Berthe Legrand de Senhora do Destino em 2004.
Além do filho Cécil Thiré, três netos de Tônia Carrero
seguiram a carreira de atores – Miguel, Luisa e Carlos Thiré.
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
Única, irrepetível
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