Ele está afastado da tv por uma razão
muito louvável. Não aceitou mais nenhum trabalho para se dedicar ao tratamento
da mãe que sofre de Alzheimer.
Mas o nome do Nuno Leal Maia voltou com tudo desde o início da reprise de A Gata Comeu,
novela da autora Ivani Ribeiro,
exibida pela Globo pela primeira em
1985, e que o Canal Viva, atendendo à muitos pedidos trouxe de volta
desde o mês passado.
O Professor Fábio foi o primeiro personagem
de maior destaque do ator e o consagrou,
assim como outros que viriam, no papel do paizão legal e boa gente.
Nuno iniciou a carreira nos cinemas em
1973 e se destacou como astro das pornochanchadas durante toda a década de 70.
Na tv sua primeira novela foi Estúpido Cupido (1976). Antes de se entregar a arte de
uma vez, Nuno foi jogador de futebol,
chegando a jogar pelo Santos Futebol Clube.
Seu último trabalho na tv foi a novela Amor Eterno Amor,
em 2012, porém mesmo longe dos holofotes
e reforçado pela reprise de A Gata Comeu, é clara a grande contribuição que o
ator deu e dará em seus próximos trabalhos para a teledramaturgia nacional.
Além de uma grande e merecida homenagem
ao Nuno Leal Maia, esse post também
é um pedido de um aguardado retorno dele às novelas, esbanjando o talento e a
alegria que lhe é peculiar.
Professor Fábio de A Gata Comeu (1985)
Quando foi escolhido para viver seu
primeiro protagonista Nuno Leal Maia
já vinha de quatro outros trabalhos anteriores, e o Professor Fábio, da novela A Gata Comeu,
remake de A
Barba Azul (1974), ambas da autora Ivani Ribeiro, poderia ser o grande
divisor de águas em sua carreira na tv. Inicialmente o personagem não parecia
muito interessante, a trama tinha o conteúdo de mais uma “agua com açúcar” a
ser apresentada no horário. Ledo engano! A Gata Comeu foi um grande sucesso se tornando uma
das melhores da década de 80. O professor Fábio, mesmo tendo um perfil de “machão” e “Machista”, algo inaceitável nos dias de
hoje, seduziu a mulherada e sua química
imediata com a Christiane Torloni foi o
grande destaque da trama. O personagem deu um “up” na carreira de Nuno que se
transformou no grande astro da casa nos anos seguintes.
Tony Carrado de Mandala (1987)
Depois do sucesso em A Gata Comeu,
Nuno Leal Maia foi contratado com ares de grandes astro para protagonizar a
novela Novo Amor (1986), na Rede
Manchete. Mas foi no ano seguinte, de volta à Globo, que o ator se consolidaria de vez como grande ator, desta
vez no horário nobre. Numa interpretação memorável, Nuno foi o grande destaque
da novela Mandala,
do autor Dias Gomes na pele do
bicheiro Tony Carrado. O personagem tinha uma
paixão avassaladora por Jocasta (Vera
Fischer) , a quem chamava de “minha
deusa”, e fez grande sucesso entre o
público, sobretudo pelas frases engraçadas que dizia, como “Depois da tempestade vem a ambulância”, “Tu pensa que eu estava deslizando no macio?”, ou “Vê se tu vai decorar necrotério, que dá
mais certo!”. O Ator há havia feito um personagem parecido
com o Tony Carrado no filme O Rei do Rio (1985) e foi o próprio ator quem deu dicas para o
figurino digamos, extravagante do personagem. O perfil do Tony Carrado era
fadado ao sucesso, mas tomou uma proporção que nem o próprio autor e Globo imaginavam. Como presente para Nuno Leal Maia, no final Tony e
Jocasta, a sua Deusa, finalmente terminam juntos.
Gaspar de Top Model (1989)
Em 1989, Nuno Leal Maia de novo
estrelava uma trama de forte apelo popular e sucesso imediato. Top Model,
dos autores Walther Negrão e Antonio Calmon, em sua primeira
novela, era uma trama jovem e ensolarada
e se tornou um ícone da teledramaturgia nacional no final da década de 80. O Gaspar Kundera,
personagem do Nuno, é sem dúvidas o mais
marcante da sua carreira. Até hoje ,
quase 30 anos depois o ator conta que ainda é chamado nas ruas de Gaspar.
Na trama ele personificou a imagem do surfista boa praça e do paizão gente boa
que vivia em total sintonia com os 5 filhos que o adoravam.
Jurandir de Vamp (1991)
A novela Vamp é
um clássico do horror trash do início da década de 90, mas também foi agraciada com um elenco tão afiado que
tem vários personagens que se tornaram inesquecíveis. O Jurandir, a Padre
Garotão , vivido pelo Nuno Leal Maia
foi um deles. Metido em uma série de confusões, além de ser um falso padre, o
personagem que poderia ter sido rejeitado, acabou cativando inclusive o público
jovem que se via no seu perfil atlético e sedutor.
Carlos Zanata de Meu Marido (1991)
Em 1991, Nuno Leal Maia abandonou provisoriamente os personagens com uma
pegada de humor e protagonizou ao lado de Elizabeth
Savalla, a minissérie Meu Marido, dos autores Euclydes Maria e Lola Campello Torres. A trama tinha como fio condutor a
investigação sobre o envolvimento de Carlos Zanata, um homem aparentemente
íntegro e honesto, pai de família, acusado de porte de cocaína. A história
começa quando ele chega ao Rio de Janeiro de viagem na noite de Natal, ansioso
para rever a família, que o espera para a ceia. Antes mesmo de entrar em casa,
é abordado pela polícia. Quando revistam seu carro, os policiais encontram
sacos de cocaína dentro do estofamento do veículo. Carlos é preso em flagrante,
e sua mulher, Maria, inicia uma luta para inocentar o marido. A minissérie
apresentou um trabalho impecável de Elizabeth Savalla e Nuno Leal Maia, agora
com um personagem dramático mostrando mais um faceta do seu talento.
Ari de Contos de Verão (1993)
Em Contos de Verão, minissérie do autor Domingos de Oliveira, Nuno Leal Maia
deu vida a um personagem que entediado com a sua relação com a mulher resolve
fazer uma troca de pares com um casal amigo. Ari tem um caso com Renata (Bia Seidl) , mulher de
Thales (Antônio Calloni), que se apaixona por Pamela (Maitê Proença), casada
com Ari. Os encontros e desencontros dos casais acontecem porque Ari e Thales
são amigos de longa data e resolvem passar o verão juntos, na mesma casa de
praia.
Assumção de História de Amor (1995)
Nuno
Leal Maia voltou a explorar os esportes e seu estilo garotão com o Assumção
de História de
Amor, do autor Manoel Carlos.
Um pai severo com a filha Joyce (Carla Marins), mas ao mesmo tempo gentil e uma
fera em defesa dela. O personagem divulgou no decorrer da história o esporte
para qualquer idade, de crianças a
velhinhos. Porém no desenrolar da
novela, Assumção sofre um acidente de
carro e fica paraplégico. Sua nova situação que incialmente o deixaram
deprimido, acaba dando um novo rumo ao
personagem, e o autor insere na trama uma ação socioeducativa tendo como pano
de fundo o direito da livre mobilidade. É o esporte que faz com que ele recupere a vontade de
viver. Para falar desse tema, História de Amor contou com a participação especial de
Pelé, na época ministro dos
Esportes. Assunção torna-se famoso depois de entrevistá-lo em seu programa
esportivo, no penúltimo capítulo da novela. O Público ficou torcendo para que
Assumção se recuperasse no final, pois era uma novela, e quase sempre a recuperação é instantânea. Mas o autor foi
muito além da simples recuperação. Mostrou através do personagem a superação. Mesmo tetraplégico , se adaptou à sua nova situação e deixou uma
mensagem inesquecível.
Guima de O Amor está no Ar (1997)
Em O Amor está no Ar, novela do autor Alcides Nogueira, Nuno Leal Maia deu vida ao ex-trapezista de circo Guima. Um homem
maduro porém ainda muito cheio de vida. É Totalmente apaixonado pela esposa
Candê (Lady Francisco), mas tem uma história no passado com a grande vilã da
trama, a Úrsula Souza Carvalho, vivida pela Nicette Bruno. Esse amor do passado, que Úrsula nunca esqueceu,
movimentou muito a vida atual de Guima.
Professor Pasqualete de Malhação (1999-2000/2003-2005)
Impossível falar da carreira do Nuno Leal Maia e não citar o
inesquecível Professor Pasqualete da Malhação. Nuno até já havia participado da temporada
de 1995 da novela teen e voltou em 2012 com outros personagens, mas foi o
Pasqualete que ele viveu por quatro anos, entre 1999 e 2005, que marcou a participação do ator na trama.
Ribamar de Amor Eterno Amor (2012)
O Padeiro Ribamar de Amor Eterno Amor,
da autora Elizabeth Savalla, foi o
último personagem na tv aberta do ator até então. Na trama, como ela um
padeiro, vivia bocejando de sono entre os outros moradores do prédio São Jorge.
Fonte:
Texto :
Evaldiano de Sousa
Pesquisa : www.wikipedia.com.br www.memoriaglobo.com.br
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