Uma
atriz como poucas! É a primeira frase que vem a minha cabeça quando lembro de Drica Moraes em cena. Começou tímida,
com pequenas participações que cresciam e transbordavam seu talento e em pouco
tempo foi aclamada e transformada em uma das grandes profissionais brasileiras.
Perita
no humor e no drama, começou a fazer teatro no Colégio Andrews, na Zona
Sul do Rio de Janeiro, com ninguém menos que Miguel Falabella. Estreou
profissionalmente com o espetáculo O Segredo de Cocachim, de Denise Crispum em 1989, que lhe valeu o Prêmio Coca-Cola.
No
cinema seu primeiro trabalho foi no curta Vaidade,
em 1990. Depois atuou na produção americana Manôushe,
do Luz Begazzo. A atriz também
integrou o elenco de importantes longas
como As
Meninas, adaptação do clássico romance de Lygia Fagundes Telles e Mandarim ,
filme do Júlio Bressane.
Na
Tv, estreou na Globo no episódio O Sequestro de
Lauro Corona, do extinto Teletema (1986), escrito por Ricardo Linhares. Era um papel pequeno, mas como disse no início do
post, Drica tinha tanto talento que esbanjava em qualquer frase que dissesse.
Foi com esse personagem no Teletema que ela chamou atenção do diretor Roberto Talma, que a convidou para o
teste em sua primeira novela, Top Model (1989).
Começava naquele momento uma carreira gloriosa.
Mesmo
com papéis marcantes em novelas, o nome de Drica
Moraes se popularizou realmente quando em 1995 estrelou várias campanhas do
Unibanco ao lado de João Camargo. O
“Casal Unibanco” ficou 5 anos no ar em
mais de 30 campanhas.
Drica Moraes está de volta à Tv na pele
da cientista Angélica no seriado A Fórmula , dos autores Marcelo
Saback e Mauro Wilson, e com base no primeiro episódio exibido na
quinta-feira passada (06.07), a personagem é mais uma que vai abrilhantar o currículo
irrepreensível da Drica.
Para
comemorar esta volta, Drica Moraes é a estrela do post de hoje e será
reverenciada pela lembrança de cada personagem que imortalizou na Tv.
Cida de Top Model (1989)
Como já disse,
a Cida de Top Model, do AntônioCalmon e Walther Negrão, foi a
primeira personagem em novelas da Drica
Moraes. Na trama, fazia a doméstica da casa dos Kundera e nas horas
vagas sonhava em ser cantora. Inclusive cantarolou várias vezes seu tema na
trama, a música “Vida” do Fábio Jr. A personagem foi uma das revelações da trama e arrancou muitas risadas quando se aterrorizava entre o domínio de Simone (Jacqueline
Laurence), as chantagens de Júnior (Rodrigo Penna) e as tentativas do namorado
Wanderley (Fábio Pillar), que quer levá-la de volta para sua terra à qualquer
custo.
Isabela de Lua Cheia de Amor (1990)
Logo
em seu segundo trabalho, na trama de Lua Cheia de Amor, dos autores Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsonh e
Maria Carmem Barbosa, Drica Moraes ganhou um personagem mais
complexo e de maior destaque na trama. Isabela era o patinho-feio da família
Souto Maia, e devido essa suposta rejeição se transformou em uma mulher
retraída, tímida e introspectiva. Porém o mais grave no perfil de Isabela é que
ela era Cleptomaniáca, e ao conhecer o
vilão Wagner (Mário Gomes), por quem se apaixonou perdidamente, se tornou
vítima de suas ameaças, quando ele descobre o seu distúrbio. Era uma personagem
totalmente diferente da Cida de Top Model, centrada no drama ,
começando a mostrar a versatilidade do trabalho da Drica.
Denise de Quatro por Quatro (1994)
Em
1994, em Quatro
por Quatro , do Carlos Lombardi, Drica voltou a fazer humor na pele da ninfomaníaca
e folgada Denise. Na trama, era cunhada de Babalú (Letícia Spiller), e vivia
com Danilo (Marcelo Serrado), seu marido , às custas da cunhada, que não perdia
uma chance de lhe passar isso na cara. O Casal Denise e Danilo virou espécie de
sitcom dentro da trama dando um show de comédia.
Violante de Xica da Silva (1996)
Na
trama de Xica da
Silva, do Walcyr Carrasco
na Rede Manchete, Drica Moraes teve
sem dúvidas o seu melhor momento até então na teledramaturgia. A Bruxa Violante
é uma das mais marcantes vilãs nacionais e proporcionou cenas inesquecíveis a
uma das melhores tramas do canal. Por
causa da Violante, Drica Moraes
voltou para a Globo em 1998 já com
status de protagonista . . .
Madalena de Era Uma Vez . . . (1998)
...
de volta a Globo, depois do sucesso
em Xica da Silva,
Drica Moraes ganhou a sua primeira
protagonista na trama de Era Uma Vez, do autor Walther Negrão. Madalena era
uma personagem que lembrava as princesas dos contos de fadas, mais ao mesmo
tempo era hilária e bem humorada o que só aumentava seu charme. Na trama
dividiu cenas inesquecíveis com AndréiaBeltrão, sua rival e antagonista.
Marcela de O Cravo e a Rosa (2000)
Em
2000, Drica Moraes ganhou do Walcyr Carrasco, autor que já havia lhe
dado a Violante de Xica da Silva (1996),
uma personagem importante na trama de O Cravo e a Rosa.
Marcela entrou no decorrer da trama para ser a grande vilã e antagonista
direta de Catarina (Adriana Esteves) e foi espetacular dando um novo fôlego a
novela na dobradinha inesquecível com Luís Mello, que fazia o Banqueiro
Batista e mais uma vítima das suas
vilanias.
Márcia de Chocolate com Pimenta (2003)
Drica Moraes brilhou novamente em mais
um presente de Walcyr Carrasco. Os
trejeitos da Márcia, sua personagem, foram um dos destaques da novela , num
trabalho incrível da atriz dosado no humor. Seu sonho em ser chique e fugir da
vida caipira, acreditando nas promessas do prefeito casado, divertiram o
público. O bordão “sou chique, bem!” caiu no gosto popular.
Olívia de Alma Gêmea (2005)
Em
Alma Gêmea,
outra trama do Walcyr Carrasco, Drica
Moraes viveu a personagem Olívia que se dividia entre o drama e a comédia
dentro da novela. No início era uma dondoca que havia estudado
nas melhores escolas da cidade, porém ao ser abandonada pelo marido , que a
deixou na miséria teve que realmente aprender a viver. Se tornou uma mulher com
os pés no chão e era grande amiga de
Serena (Priscila Fantin) quando reconheceu na índia, mesmo que instintivamente
a aura de sua amiga Luna (Liliana Castro). No decorrer da trama abre um
restaurante e contrata como cozinheiro o grosseiro Vitório, o personagem do Malvino Salvador, e os dois passam a
viver entre panelas e brigas até se descobrirem completamente apaixonados.
Vania de Queridos Amigos (2008)
Em
Queridos Amigos,
da Maria Adelaide Amaral, Drica Moraes
ganhou a dramática personagem Vânia, uma mulher que no passado havia sido
casada com o militante ferrenho Tito (Mateus Nachtergaelle), mas que exatamente
por essa condição dele, o casamento desmoronou. Hoje casada com o novo-rico
Fernando (Tato Gabus Mendes), enfrenta a revolta do ex-marido ao perceber que
seus filhos e Vânia vivem no mundo pelo qual ele sempre lutou contra. Ao lado
de Mateus Nachtergaelle protagonizou
cenas antológicas, discutindo ideias de vida e os dogmas de cada um.
Nieta de Guerra dos Sexos (2012)
No
remake de Guerra
dos Sexos, do Silvio de Abreu,
coube a Drica Moraes dar vida a amargurada,
porém hilária Nieta na trama. Nieta não perdia uma oportunidade de
criticar Roberta (Glória Pires), sua irmã rica e bem sucedida, o que sempre lhe
causou inveja. Nas mãos da filha Carolina, vivida pela Bianca Bin, a personagem comeu um bom bocado, e Drica protagonizou
cenas inesquecíveis. A atriz reviveu na trama a antológica cena de Vale Tudo (1988),
em que Raquel (Regina Duarte) num ato de
raiva rasga o vestido da Maria de Fátima (Glória Pires). Nieta fez o mesmo com
Carolina, quando horas antes do seu casamento com Felipe (Edson Celulari), descobriu
o verdadeiro caráter da filha.
Carolina de Verdades Secretas (2015)
Em
2015, em mais uma personagem criada por Walcyr
Carrasco, Drica Moraes conseguiu um feito que só uma atriz do seu quilate
poderia fazer. Pegou para si a personagem que havia sido escrita para Déborah Secco (Por incrível que pareça
foi ela escalada para viver a Carolina antes de se descobrir grávida de sua
primeira filha), num roteiro complexo que
sem sua perícia poderia ter levado
a personagem ao ridículo, mas sua força dramática fez da Carolina de Verdades Secretas a grande personagem no currículo da Drica.
Vânia de Justiça (2016)
Na
elogiadíssima minissérie Justiça, da Manuela
Dias, deu vida a histérica e alcoólatra
Vânia, uma mulher reprimida e usada pelo marido corrupto Antenor, o personagem
do Antônio Calloni. Drica novamente
emocionou o público com uma caracterização precisa de uma mulher à beira de um
ataque de nervos e prestes a explodir. Com Cauã
Reymond protagonizou cenas com alto teor de sensualidade.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa : www.wikipédia.com.br www.memoriaglobo.com.br
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