Com pouco mais de um mês no ar, Orgulho e Paixão já conquistou
um público cativo, e o receio que eu estava da proximidade da humor da trama com o estilo
pastelão das clássicas do horário das seis do Walcyr Carrasco, em exagero
nas primeiras semanas da trama, já passou. Marcos Bernstein está de parabéns, soube dosar com maestria o humor
à obra da escritora inglesa Jane Austen, na qual a trama é inspirada, deixando o tema
do empoderamento feminino leve, divertido e nem por isso menos informativo e
pertinente.
As Beneditas encabeçadas pela Vera Holtz , plena no papel da
matriarca, é um dos acertos de Orgulho e Paixão.
Com histórias e entrechos individuais na
busca de um bom casamento para cada filha – Jane (Pâmela Tomé), Mariana
(Chandelly Braz), Cecília (Analu Dorigon) e Lídia (Bruna Gripão). Nathalia Dill, a protagonista
Elisabeta, mais uma vez prova seu
talento em viver heroínas e vem fazendo da personagem mais um bom momento para
o seu currículo.
O humor sem dúvidas é o grande
diferencial da trama , e em contraste com outras, em que um núcleo é escolhido para ser a fatia cômica da história, em Orgulho e Paixão essa comicidade está
em todos eles, graduado em tons mais
altos e outros mais baixos.
Nesse campo se destacam os personagens
da Alessandra Negrini, a vilã cômica
Susana, que na trinca com Graice
Giaonnoukas (a Petúlia) e Joaquim
Lopes (o Olegário) é um show em cena;
assim como Rodrigo Simas (
Ernesto ), Ágatha Moreira (Ema); Malvino
Salvador (Coronel Brandão) e Juliano
Laham (Lucinno) , todos fazendo um humor leve e inteligente que só
enriquecem a trama.
Mas nem só de humor vive Orgulho e Paixão.
Gabriela Duarte ficou com a difícil missão de viver a personagem protagonista do drama na novela. E
numa composição perfeita, a atriz vem tirando o papel de letra, e sua
Julieta também já é uma das personagens mais queridas e odiadas da trama.
Apesar do ar duro e seco, a Julieta vem tendo suas barreiras derrubadas pelos
galanteios Aurélio, o personagem do Marcelo
Faria, e esse entrecho, mais humano
e romântico da personagem , promete lhe dar ainda mais projeção e sucesso junto
ao público na novela.
Orgulho e Paixão mudou
totalmente a aura do horário das seis com sua trama leve e solar, mesmo de
época, contrastando com a melancolia romântica marcada em Tempo de Amar. Comprada pelo público e aplaudida
pela crítica a novela segue como um bom folhetim de boa audiência.
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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