Interprete de papéis marcantes e tipos
inesquecíveis na nossa teledramaturgia, Eloísa
Mafalda nos deixou , aos 93 anos, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio,
por falência múltipla de órgãos. Marcos Teixeira, filho da atriz, confirmou
que a mãe faleceu por volta das 20:30h desta quarta-feira, em casa. Além de
Marcos, Eloisa deixa uma filha, dois
netos e dois bisnetos.
Eloísa Mafalda estreou na tv na trama de O Ébrio na Globo em
1965, e apesar de nunca ter vivido uma protagonista, fez de suas coadjuvantes
tão importantes quanto. Criou tipos com a maestria de poucas e logo viu seu
nome se transformar em um dos mais importantes da sua geração.
Entre seus personagens mais marcantes
estão a Dona Nenê da primeira versão de A Grande Família (1972);
A Maria Machadão de Gabriela (1975); A Maria Aparadeira de Saramandaia (1976); a Irene de Água Viva (1980);
Dona Mariana de Paraiso (1982); a Francisquinha de O Sexo dos Anjos (1989); A Manuela de Mulheres de Areia (1993) e as beatas
que ela imortalizou – Dona Pombinha
de Roque Santeiro (1985) e a Gioconda de Pedra sobre Pedra (1992).
O último trabalho da atriz foi há 16
anos na trama de O Beijo do Vampiro (2002).
O Início da vida artística de Mafalda aconteceu por acaso. O irmão Oliveira Neto foi para a Tupi-Tamaio do Rio de Janeiro. Para
trazer a irmã, a convenceu a fazer um teste de rádio teatro e a atriz foi aprovada
de cara. Trocou o sobrenome Theotto por Mafalda e virou um dos nomes
importantes nas radionovelas da Rádio
Nacional, indo em seguida para Tv.
Eloisa estreou nos cinemas em 1950, no filme Somos Dois (1950) e no teatro em O Morro dos
Ventos Uivantes , montagem de
1965.
Uma perda lastimável para a
teledramaturgia nacional, embora saiba que seus trabalhos nunca serão
esquecidos e fazem parte da boa história das artes do Brasil.
Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
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