A trama de João Emanuel Carneiro chegou à sua segunda fase na quinta-feira (24.05)
passada marcada por uma primeira fase
com o texto rico e a velocidade dos acontecimentos, principais características do
autor, que também estiveram presentes no sucesso Avenida Brasil (2012) e na complexa A Regra do Jogo (2015).
Mas sem dúvidas Segundo Sol já
deu indícios de que está mais para Avenida Brasil que A Regra do Jogo.
João Emanuel Carneiro resolveu não
arriscar e nem surpreender o telespectador. Segundo Sol apresentou
um show de clichês mas que emoldurados com um excelente texto e o elenco
cirúrgico transformaram esses clichês em
interessantes para o grande público.
O texto também apaga qualquer deslize
que a trama cometeu nesta primeira fase, como os “fantasmas” escapando em cena, a repetição de figurantes, e o erro
cronológico na placa de prisão da Luzia (Giovanna Antonelli), que foi presa em
março de 2000 (conforme a placa), e meses depois fugiu no réveillon da virada
do milênio de 1999 para 2000. Ou seja, algo imperdoável para os padrões Globo, mas que em nenhum momento
comprometeram a produção.
Grave mesmo foi o que ocorreu depois dos
20 anos que dividem as fases. Não dá para engolir que o Valentin (Danilo
Mesquita) não reconheça o pai que venera, Beto Falcão em Miguel que o “criou”; ou a Manu (Luisa Arraes), que fora abandonada pela mãe por volta dos 6 ou 7
anos, também não reconhecer na Ariella a Luzia. Isso sim compromete em muito a
credibilidade da história. Temos que dar uma “voadinha” para digerir a
situação.
Segundo Sol mostrou
9 capítulos atropelados de acontecimentos para contar sua primeira fase, mas nem por isso perdeu a essência de
folhetim e o show cênico de seu
elenco. Nomes como Adriana Esteves , Emílio Dantas, Giovanna Antonelli, Déborah Secco,
Cássia Kiss, Fabrício Boliveira, Cláudia di Moura (estreando com pé direito
em novelas), Caco Ciocler e André Dias
(O Groa) cravaram o perfil de seus
personagens com unhas e dentes numa interpretação crível e segura, passando para a segunda fase de forma magistral.
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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