Não comemorei a volta de Fina Estampa (2011),
do Aguinaldo Silva, no horário nobre
depois do cancelamento de Amor de Mãe, por causa da Pandemia do Covid-19,
mas confesso que resolvi dar uma chance a trama, que 10 anos depois, talvez
tivesse envelhecido bem.
Ledo Engano! Depois da surpresa inicial
com a Lília Cabral vivendo sua primeira protagonista oficial , depois de
anos de coadjuvante, a Griselda uma personagem tão rica e com várias
possibilidades cênicas ou o romance do
Patrícia (Adriana Birolli) e Antenor (Caio Castro), entre outros detalhes; esta
semana Fina Estampa mostrou uma sequência que resume tudo o de grotesco que o Aguinaldo Silva apresentou dentro da
sua história – Aquela cena do Crô
(Marcelo Serrado) e Tereza Cristina (Crhistiane Torloni) entupindo os vasos
sanitários da mansão da Griselda com toalhas foi vergonhoso demais. Juro que
não lembrava da cena na exibição original e confesso que fiquei perplexo – Como uma sequência dessas é
escrita, aprovada, gravada e ainda vai pro ar?
Enfim Fina Estampa
chama público sim, mas é uma novela sem nexo, o autor confundiu o
popular com o popularesco mais barato.
No atual momento a trama ainda perdeu o
encanto da Griselda Pereirão, que ao se tornar rica perde muito da sua essência
, enquanto sua antagonista Tereza Cristina ganha ares de protagonista por se
tornar uma serial killer que mata pessoa que descobrem seu segredo empurrando-os
da escada de casa . Outro entrecho
fraco. A Primeira morte até valeu a
pena, como uma menção a Nazaré Tedesco, personagem
da Renata Sorrah em Senhora do Destino (2004), que matava seus desafetos da mesma forma; mas
ai se transformar na principal arma da vilã foi puxado.
Não vou nem citar aqui o conteúdo do
segredo para evitar o spoiler, mas sabemos que é algo tão mal costurado, que
não justiça o tamanho medo que a Tereza Cristina sempre teve de vê-lo revelado.
As tramas surreais de Fina Estampa,
mesmo interpretadas por um grande elenco, cansam o telespectador, e a trama vai
se segurando pelos assuntos em voga na época – o autor utilizou como pano de
fundo o funk e o MMA – através de personagens como Sol do Recanto (Carol
Macedo) e o Wallace (Dudu Azevedo) – e junto com a sorte do carisma dos
interpretes de alguns dos principais personagens, como a Christiane Torloni e Lília Cabral, seguidas pelo Marcelo
Serrado como o Crô, que salvou muitos capítulos com o viés do humor; a Teodora da Carolina Dieckamnn; Júlia Lemmertz e o drama da Esther, que acaba centralizando a atenção do
telespectador na reta final ( e que vou falar em outro post ), mas nem isso
consegue transformar o conjunto da obra de Fina Estampa em
algo digestível.
A Globo
vai decidir na próxima semana se retorna as gravações de suas novelas em agosto mesmo, caso isso não aconteça talvez
fique inviável que Amor de Mãe volte
ainda este ano. Com isso a emissora vai precisar de outra reprise para o
horário nobre, e como sabemos que certamente será uma trama dos anos 2010, inclusive já se especula que seja Amor à Vida (2013), do Walcyr
Carrasco, temos poucas, mas ótimas opções. Espero que nessa nova
escolha não seja levado em consideração apenas o fator – audiência.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
Júlia Lemmertz, você quis dizer. Lilian era a mãe, rs
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