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“Amor Perfeito” supera sua parte inicial problemática e termina consagrada como uma trama apaixonante


 

        Amor Perfeito, apresentou ontem (22.09) seu  apaixonante,  emocionante  e último capítulo, a trama  apesar  do começo complicado na audiência,   fecha com o melhor ibope de novelas  do horário  pós-pandemia.    Exibida deste 20 de março ,  Amor Perfeito, criada por Duca Rachid  e Júlio Fischer , baseada em "Marcelino pão e Vinho", de José Maria Sânchez Silva, com Direção artística de  André Câmara . A trama encantou e agradou o público. A história de amor de Marê (Camila Queiroz)  e Orlando (Diogo Almeida) e a procurar por seu filho Marcelino  (Levi Asaf) encantou.



        No capítulo final a trama primou pelo amor  em várias formas e foi sem dúvidas o capítulo mais emocionante da trama – O casamento de Marê e Orlando, 9 anos depois de muita dor e sofrimento,  o reconhecimento  de Marcelino como filho do casal representado pela certidão de nascimento e claro o agradecimento do menino a Jesus (Jorge Florêncio), que o guiou a trama inteira. Nessa cena não deu para segurar as lágrimas.

        Como cena final fomos brindados com um musical cantado por todo elenco encabeçado por Diogo Almeida, Camila Queiroz e Levi Asaf  nos céus de Águas de São Jacinto.



        Amor Perfeito retratou o amor em todos os sentidos  – amor  familiar dos protagonistas Marê, Orlando e Marcelino; o amor maduro e forte de Verônica e Érico, os personagens da maravilhosa Ana Cecília Costa e Carmo Dalla Vecchia, que passou por muitas reviravoltas e foi muito bem construído, e nem a “Cura gay” do Érico, ofuscou o brilho da história. Muita gente torceu por um final entre ele e Romeu (Domingos de Alcântara), mas eu achei bem mais coerente vencer esse o amor por Verônica e a filha.  Destaque também  para o amor  na fase madrugada da vida de Celeste ( Cyda Moreno)   e Popó (Mestre Ivamar), realmente cativou o grande público, além do  amor do Frei João (Alan Souza Lima) que deixa a irmandade por Darlene (Carol Castro) , outro destaque.



        O elenco foi o mais perfeito na trama – Camila Queiroz e Mariana Ximenes , brilharam do início ao fim como protagonista e antagonista.  Com ótimos entrechos e texto, as atrizes compuseram as personagens sob medida e nenhuma foi ofuscada pela outra – Cada uma teve seu espaço digno na trama e marcam mais essas grandes personagens em suas carreiras. A Mariana Ximenes conseguiu  um grande feito com a Gilda, compor uma vilã, que ficou na linha tênue do caricato, e esse detalhe foi o grande charme dela, assim como os impecáveis figurinos. Camila Queiroz, que não caiu no viés da mocinho sofredora,  imprimiu todo o sofrimento que a Marê trazia, porém  foi uma protagonista solar, lutadora, daquele tipo o qual adoramos torcer.



        Thiago Lacerda, na pele do Gasgar,  o comparsa de Gilda, foi outro bom momento do ator na teledramaturgia; Zezé Polessa, ganhou uma reviravolta na reta final com a Cândida tomando as rédeas da sua vida e,  não posso deixar  de  citar a triunfal volta de Paulo Gorgulho à trama, O Leonel Rubião, que brilhou no  primeiro capítulo e nesta reta final.



        Os freis, religiosos da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto – Leão (Tonico Pereira), Severo/Padrão (Babu Santana), Tomé (Tony Tornado), Vitório (Antônio Pitanga) e Padre Donato/Papinha (Bernardo Berro) formaram um dos núcleos mais queridos da trama. A química entre eles  e Marcelino foi a cereja do bolo de Amor Perfeito.



        Levi Asaf, o protagonista mirim de Amor Perfeito é um dos casos da  soma de   graciosidade com talento ,  uma fórmula perfeita. Logo nos primeiros capítulos o ator roubou a cena e transformou o Marcelino em um dos personagens mais queridos da história. Levi Asaf, de 9 anos, foi escolhido para o personagem depois de ser visto  como protagonista no teatro ao dar vida ao Pequeno Príncipe no musical de 2022. Levi , foi o primeiro ator negro a dar vida ao personagem branco e loiro do escritor francês Antoine de Sait-Exupery.  



           Diogo Almeida, antes da trama de Duca Rachid e  Júlio Fischer, o ator havia feito participação em Duas Caras (2007) na Globo e  Provade Amor (2015), na RecordTv.  O Ator ganhou o protagonista de uma trama como nomes como Camila  Queiroz e Mariana Ximenes, dividindo o posto  de galã da mocinha inicialmente com ninguém menos que Thiago Lacerda. Era uma tarefa difícil, e apesar do Diogo Almeida ter segurado o personagem, acho que o Orlando passou a trama muito tempo engessado, e em algumas cenas, momentos cruciais para história, ele ficou devendo, mas nada que tenha comprometido por completo seu protagonismo.

        Daniel Rangel viveu em Amor Perfeito seu primeiro personagem, digamos,  mas sereno do seu currículo. O advogado bom coração Júlio , foi crescendo aos poucos dentro da história, e nesta reta final  foi a mola mestra, como o advogado de defesa de Marê (Camila Queiroz), no último julgamento da mocinha.



        AmorPerfeito foi sem dúvidas a  novela mais inclusiva da história da Globo,  com mais de 50% do elenco negro, em papeis de destaque, com um bom texto e entrechos interessantes.  Em seu conjunto  a novela cresceu consideravelmente, desacelerou os acontecimentos, algo muito criticado em suas primeiras semanas, e transformou o duelo entre Gilda e Marê pelo amor de Marcelino no tema principal da história, que impulsionou com maestria a reta final da trama que compensou todos os percalços  da primeira parte.

        Uma trama que já deixou saudades!

Veja Também:

Amor Perfeito Início 


Thelma Guedes e Duca Rachid 



Mariana Ximenes 

Paulo Gorgulho 


Amor Perfeito  - 10 Melhores 


Thiago Lacerda 

Zezé Polessa 



Tonico Pereira 



Tony Tornado 



Isabel Fillardis 

Fonte:

Texto: Evaldiano de Sousa 

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