Em plena atividade aos 93 anos - O Frei Tomé de “Amor Perfeito”
Basta falarmos sobre ou cantarmos alguma estrofe de “BR-3”
para lembrar imediatamente do grande Tony
Tornado, um dos melhores da sua geração e que no auge dos seus 93
anos está em plena forma como um dos astros no elenco de Amor Perfeito.
Tony Tornado iniciou sua carreira artística nos anos 60 com o nome
artístico de Tony Checker (na época era moda os cantores e artistas usar nomes
internacionais) dublando e dançando no programa “Hoje é Dia de Rock”, do
Jair de Taumaturgo, nesta época Tony imitava os cantores Chubby Checker
e Little Richard. Ainda nos anos 60, viajou aos Estados Unidos onde morou
por cinco anos em Nova York, foi nessa época que conheceu outro cantor brasileiro
que morava lá – ninguém menos que Tim Maia.
Voltou ao Brasil em 1969, e no ano seguinte ganhou grande
notoriedade nacional e internacional quando ganhou o V Festival da Internacional
da Canção com a emblemática e inesquecível “BR-3”.
A partir de então adotou o nome artístico de Tony Tornado
e influenciado por James Brown foi um dos artistas que introduziu o soul
music e o funk na música brasileira.
Ainda com o sucesso da vitória no Festival da Canção, em 1972, Tony estreou como ator na série Jerônimo, O Herói
do Sertão (1972), na Rede Tupi.
Com mais de 50 anos de carreira na tv, imortalizou vários
personagens em nossa teledramaturgia como o capataz da viúva Porcina, Rodésio, na trama de Roque Santeiro (1985)
e o Gregório Furtunado, o “anjo
negro”, chefe da segurança pessoal e estadista de Getúlio Vargas, na
minissérie Agosto
(1992).
Apesar de ter várias portas abertas e nunca ter levantado bandeiras sobre o
combate ao racismo, em entrevistas recentes, vale lembrar que ele contou
sobre o rejeição que seu relacionamento
com Arlete Salles, com quem foi casado na década de 70, sofreu na mídia.
Na pele do Frei Tomé, na trama de Amor
Perfeito, da Duca Rachid e Júlio Fischer, Tony Tornado
mostra que está em plena forma e é muito bom ver um ator veterano sendo muito bem valorizado e principalmente, respeitado,
em nossa teledramaturgia.
Para comemorar essa carreira espetacular, o e10blog
vai relembrar seus personagens em nossas
novelas, e frisa que o próprio ator revelou em entrevistas que, nem pensa em se
aposentar (e nem nós queremos) e sempre espera um novo desafio a cada novo personagem.
João Corisco de Jerônimo, o Herói do Sertão (1972)
Tony Tornado estreou na tv na série Jerônimo, O Herói do Sertão, em 1972, na Rede Tupi. Na produção, escrita por Moysés Weltman, ele deu vida a João Corisco.
Rodésio de Roque Santeiro (1985)
Em 1985, Tony Tornado brilhou como o capataz e fiel
escudeiro da Viúva Porcina (Regina Duarte), na trama de Roque Santeiro, do Dias Gomes e AguinaldoSilva. Reza a lenda que em um dos finais gravados da novela, a Viúva terminava com Rodésio, porém com receio de rejeição do
público o final ficou esquecido na história da teledramaturgia.
Capitão do Mato de Sinhá Moça (1986)
Em 1986, causou raiva ao Brasil inteiro na pele do Capitão do
Mato na primeira versão de Sinhá Moça, do
autor Benedito Ruy Barbosa. O personagem torturava os próprios irmãos de
cor e proporcionou cenas fortes e inesquecíveis na novela. No decorrer da
história ele se arrepende dos seus atos,
liderados contra seus irmãos, mandado pelo Barão de Araruna (Rubens de Falco) e
consegue uma redenção.
Pai Gil de Vamp (1991)
Em 1991, Tony
Tornado integrou o elenco da novela Vamp,
do autor Antônio Calmon, vivendo o Pai Gil, um espécie de místico carismático
conhecedor dos segredos e das lendas sobre o ataque dos vampiros à Armação dos
Anjos no passado.
Gregório Furtunato de Agosto (1993)
Na minissérie Agosto,
do Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, que retratou o último mês
de governo do então Presidente da República
Getúlio Vargas, Tony Tornado foi magistral vivendo Gregório Fortunato, o Anjo Negro, chefe da guarda do Presidente e
um dos condenados pelo atentado na Rua Tonelero. Sua interpretação foi muito
elogiada e apontada como um dos destaques da minissérie que é considerada um
marco dentro da nossa teledramaturgia.
Tião de Andando
nas Nuvens (1999)
Tony Tornado encerra a década de 90 vivendo o Tião
Alemão na trama de Andando nas Nuvens, do autor Euclydes Marinho.
O personagem é dono do bar e café Samba Berlim, uma das locações da trama.
Ex-marinheiro, no passado a mando de San Marino (Cláudio Marzo), tentou matar
Eva (Renata Sorrah).
Pedrão / Godzila de O Beijo do Vampiro (2002)
Em 2002, Tony
Tornado voltou a integrar um elenco de uma trama vampiresca do autor Antônio
Calmon – O Beijo do Vampiro. Na trama,
deu vida ao ladrão Pedrão, que ao tentar
assaltar Bóris, o vampirão vivido pelo Tarcisio Meira, é mordida por
este, torna-se vampiro e vira seu segurança, assumindo a alcunha de Godzila. O personagem
é um dos primeiros dosado no humor, um gênero que o ator também interpretava com maestria.
Péricles de Camade Gato (2009)
Na trama de Cama de Gato, da dupla Thelma Guedes e Duca Rachid, Tony interpretou
Péricles, o senhor boa praça, motorista
de Gustavo, o protagonista vivido pelo Marcos Palmeira.
Damião de Cordel Encantado (2011)
Em mais uma trama da dupla Thelma Guedes e Duca
Rachid, Tony Tornado deu vida ao trabalhador Damião, da novela Cordel Encantado. O Personagem vivia um grande
dilema , o fato de achar que sua esposa
o traiu, e seu filho Tibungo (Land Vieira), pode ser o fruto
dessa traição.
Valdir de Carcereiros (2018 e 2019)
Na série Carcereiros,
do Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Denilson Ramalho, Tony viveu Valdir, o carcereiro mais experiente, e que
acreditava que os condenados merecem ter a oportunidade de reeducação e
reinserção na sociedade. Apostava na formação de lutadores e põe dinheiro do
próprio bolso para suprir a escassez de material desportivo para seus alunos. É
um dos conselheiros de Adriano (Rodrigo Lombardi), no duro trabalho diário
dentro da penitenciária.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br www.memoriaglobo.com.br
Faltou citar a aparição do Tony Tornado no filme "Não deu no New York Times" do Henfil. Neste filme, a personagem de Tony contracena como amante com a personagem de Elke Maravilha, mulher do ditador da imaginária República de Tanga.
ResponderExcluirFaltou citar a aparição do Tony Tornado no filme "Não deu no New York Times" do Henfil. Neste filme, a personagem de Tony contracena como amante com a personagem de Elke Maravilha, mulher do ditador da imaginária República de Tanga.
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