Nívea Maria está de volta a tv na
novela Além do Tempo, da autora Elizabeth
Jhin, e a personagem já mostrou a que veio. Zilda é uma espécie de cópia da
Condessa Vitória (Irene Ravache) sua patroa, e não poupa grosserias aos
empregados subalternos da mansão.
A Nívea Maria em cena é sempre um
presente, com mais de 50 anos de carreira,
a atriz é uma das melhores da sua geração e é considerada um dos grandes
nomes da teledramaturgia nacional. Vale lembrar que a atriz também está na
novela Caminho da Índias,
da autora Glória Perez, que voltou
na semana passada no Vale a Pena Ver de
Novo.
Nívea começou
como modelo, e estreou como atriz em 1964, na novela A Outra Face
de Anita,
exibida pela Tv Excelsior de
São Paulo. O Convite partiu do diretor de tv Walther Avancini. Da estreia até hoje a atriz já soma mais de 50
trabalhos entre novelas, minisséries e participações especiais.
Sua beleza
sempre chamou atenção junto com seu talento, e isso lhe rendeu em sua primeira
fase a interpretar mocinhas cândidas e românticas na tv. Mas no decorrer do
post veremos que a atriz não ficou presa a este tipo de personagem, e seu
currículo também é recheado por vilãs e mulheres fortes.
Jeruza de
Gabriela
(1975)
Depois de alguns trabalhos na tv, foi a Jeruza de Gabriela, novela do autor Walther
George Durst, baseada no romance de Jorge
Amado, que deu a Nívea Maria projeção nacional. A
personagem ficou marcada por lutar contra a família para viver um grande amor,
e a atriz foi de uma delicadeza ao interpretar a personagem que encantou o
público.
Carolina
de A Moreninha (1975)
com MÁRIO CARDOSO |
O Destaque em Gabriela rendeu para Nívea
Maria a protagonista da novela A Moreninha,
do autor Marcos Rey, baseada no romance
homônimo de Joaquim Manuel de Macedo.
Carolina foi a primeira protagonista de Nívea
Maria e também sua primeira parceira com o diretor Herval Rossano, que viria a ser seu marido no ano seguinte até
meados de 2003.
Maria
Rosa de O Feijão e o Sonho (1976)
com Claudio Cavalcanti |
Em O Feijão e o
Sonho, novela do Benedito Ruy Barbosa, adaptada do romance homônimo de Orígenes Lessa, Nívea Maria deu vida a protagonista Maria Rosa, uma mulher
apaixonada pelo marido sonhador, e
tinha que tomar as rédeas da família. Porém essa dura realidade acaba abalando
a relação entre eles, transformando um
em feijão e outro no sonho.
Rosália
de Dona Xepa (1977)
Com a Rosália
de Dona
Xepa, novela do autor Gilberto Braga, baseada na peça de Pedro Bloch, Nívea começa a
desvencilhar sua imagem das personagens cândidas e românticas. Rosália era
exatamente o contrário disso. Uma moça muito interesseira e que sonha em casar
com um homem rico, e para isso foi capaz de esconder a própria mãe, por
vergonha da humildade e pobreza que Xepa (Yara Cortes) representava.
Maria
Alves e Maria Dusá de Maria, Maria (1978)
Nívea Maria viveu em 1978 o grande
desafio na carreira de um ator. Viver dois personagens em uma novela. Maria
Alves e Maria Dusá, eram as protagonistas de Maria, Maria, primeira novela
do autor Manoel Carlos, adaptada do
romance Maria Dusá de Lindolfo Rocha.
Nívea costuma dizer em entrevistas que as Marias foram as personagens que ele
mais gostou de fazer. E a atriz as fez muito bem feitas. Mesmo sem todo o
equipamento ainda disponível na época, segurou a personagem com unhas e dentes e
brilhou dando vida as personagens idênticas e ao mesmo tempo tão diferentes. Maria Alves, pobre, com olhar singelo e
simplicidade; Já Maria Dusá, a rica, era
pura sofisticação e elegância, lembrando Vivien
Leigh como Scarlet O´hara do filme ... E O Vento Levou.
Beatriz
de Anos Dourados (1986)
com JOSÉ DE ABREU |
Em 1986, Nívea Maria interpretou a socialite
Beatriz, na minissérie Anos Dourados, do autor Gilberto
Braga. Uma mulher mimada, vivia um casamento
de aparências com um homem que não a amava mais, só para não quebrar com as
convenções sociais da época. No final da minissérie, Beatriz toma coragem e
decide se separar e volta a estudar, se tornando uma mulher madura e sensata.
Beatriz foi outro ótimo trabalho da Nívea, e a reviravolta da personagem foi a
prova de que a atriz a fez tão bem que foi recompensada com maior destaque.
Zilda de Brega e
Chique (1987)
com Marília Pera |
Alpha 3!
Assim era conhecida Zilda, a personagem que Nívea Maria interpretou na novela Brega e Chique do autor Cassiano Gabus Mendes. Inesquecível a cena em que Rafaela, a
personagem da Marília Pêra, ensaiava
o que diria para a grande amiga, depois que descobriu que ela era a Alpha 3, ou
seja a terceira amante do seu marido morto Herbert (Jorge Dória). Um show de
humor e de talento de duas grandes atrizes em cena.
Gema de Vida Nova (1988)
com Osmar Prado |
Em Vida Nova, novela do autor Benedito Ruy Barbosa, Nívea
Maria exercitou sua veia dramática vivendo a simplória Gema. Na trama a
personagem acaba se casando novamente depois de achar que o marido que desaparecera
estaria morto. Entre sofrimentos e desilusões da personagem, Nívea Maria brilhou com um
trabalho visceral numa entrega total.
Ximena de
Pedra
sobre Pedra (1992)
com FÁBIO JR, ANDREA BELTRÃO, ELIZANGELA, ARLETE SALLES e ISADORA RIBEIRO |
Inesquecível
a Nívea Maria arrasando na comédia
na pele da portuguesa Ximena, a primeira dama de Resplendor, da novela Pedra sobre
Pedra, do Aguinaldo Silva. A Ideia de fazer a personagem de descendência portuguesa foi da atriz, e o
sotaque da Ximena só ajudava nas hilárias cenas
protagonizada ao lado de Fábio
Jr, que vivia o galã Jorge Tadeu.
Augusta
de A Justiceira (1997)
Em 1997, Nivea Maria integrou o elenco do
seriado A Justiceira, criação
do Antônio Calmon, Doc Comparato, Aguinaldo Silva e Daniel Filho.
Na trama a atriz deu vida a durona Augusta, chefe da organização que buscava
solucionar casos de crime ou roubos que
nem a polícia conseguia. A personagem foi um dos ótimos personagens da
atriz, uma pena que a série tenha durado tão pouco.
Edna de O Clone (2001)
com Juca de OLIVEIRA |
Nívea Maria fez um sensível trabalho ao
viver a Edna, sua personagem da novela O Clone, da autora Glória Perez.
Edna era a compreensiva e incansável esposa de Albieri (Juca de Oliveira). A
Personagem suportou várias situações em nome do grande amor que sentia pelo
marido, desde a sua loucura na criação do clone, até o reencontro do criador
com a sua criatura.
Dona
Maria de A Casa das Sete
Mulheres (2003)
com a CAMILA MORGADO |
A
interpretação marcante da Nívea em A Casa das Sete Mulheres, minissérie da autora Maria
Adelaide Amaral, foi um dos pontos autos da produção. Dona Maria, a personagem, uma das mulheres
do título, era amarga ao extremo, e tentava jogar na filha todas suas neuras e
decepções. A interpretação forte fez da personagem um dos melhores momentos da Nívea Maria na Tv nos anos 2000.
Fonte :
Texto :Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com , memoriaglobo.com
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