Ela é um dos grandes nomes da Record,
e em A Terra
Prometida, que encerrou-se ontem (13.03), Beth Goulart comemora mais
um excelente papel na tv.
Na pele da Hebreia Léia, a atriz emocionou
o telespectador com as nuances da personagem e sua redenção na reta final. O
Forte das tramas bíblicas da Record
nunca forma as interpretações, mais uma profissional como Beth Goulart engrandece qualquer texto ao interpretá-lo.
Beth nasceu em uma família onde a arte de interpretar era ensinada talvez
antes mesmo de andar. A Atriz é filha do consagradíssimo casal de atores Paulo Goulart e Nicette Bruno, e irmã
da Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho.
Beth
Goulart logo em seu primeiro trabalho no teatro foi premiada como atriz
revelação pela APCA, na peça O Efeito dos
Raios Gama sobre as Margaridas de 1974.
A Partir de então Beth Goulart foi escrevendo a custas de muito trabalho e uma
formação impecável, seu nome no teatro,
cinema e Tv, se transformando na década de 80 uma das atrizes mais escaladas
para novelas na Tupi e na Globo.
Com uma carreira consolidada na década
de 90, a atriz pode se dar ao luxo de
sair da Globo e tentar outros
personagens em outras emissoras, voltando para Globo , mas sem o vínculo de longo contratos que seu pai e sua mãe
sempre tiveram. Talvez por causa dessa liberdade ela tenha vivido os mais
diversos tipos na tv.
E são esses tipos que o e10blog vai relembrar no post de hoje,
homenageando a atriz e comemorando o impecável trabalho que ela fez em A Terra Prometida.
Irmã
Carolina de Papai Coração (1977)
Em 1977, Beth Goulart praticamente estreava na tv na novela Papai Coração,
do José Castellar, que seus pais
eram os protagonistas. Era o segundo trabalho da atriz na tv e Beth deu vida a Irmã Carolina, uma das noviças que
ajudavam nas estripulias da Titina, a órfão protagonista da novela vivida pela
então criança Narjara Turetta.
Débora
de Baila Comigo (1981)
A Atriz fez mais alguns trabalhos
marcantes na Tupi, porém depois do fechamento da emissora, Beth Goulart estreia na Globo na trama da novela Marina
(1980), mas sua projeção nacional foi a Débora de Baila Comigo, trama do autor Manoel Carlos. Na novela, Débora era a irmã mais nova de Quinzinho,
personagem do Tony Ramos, e totalmente alienada, ela nem desconfia da verdadeira história
sobre os gêmeos que seus pais escondiam.
Carla
de Louco Amor (1983)
Outra personagem de destaque da Beth Goulart foi a Carla de Louco Amor,
do autor Gilberto Braga. Na trama, a
personagem era uma mulher batalhadora, mas acabou cruzando o caminho da grande
vilã da trama, Renata Dumont vivida pela Tereza
Rachel, quando se apaixona pelo
filho desta, Lipe, o personagem do saudoso LauroCorona.
Marília
de O Outro (1987)
Em 1987, Beth Goulart viveu a impetuosa Marília na trama de O Outro,
do autor Aguinaldo Silva. A personagem
era a filha mais velha de Paulo Della Santa (Francisco Cuoco) e vivia em pé de
guerra com sua atual esposa, Laura vivida pela Natália do Valle. Marília
sabia que Laura havia casado com seu pai por interesse e não a perdoava
por isso, porém não via as verdadeiras intenções de João (Miguel Falabella),
irmão de Laura, que fica seu noivo também por puro interesse. O Visual da
Marília virou moda logo que a personagem apareceu na novela. Beth usava um corte repicado num tom louro quase platinado e lembrava
muito a cantora do Roxette que na
época usava o mesmo corte.
Helena
de Riacho Doce (1990)
As vilãs ou mulheres implicantes
marcaram o currículo da Beth Goulart.
A Helena de Riacho
Doce, do autor Aguinaldo
Silva, era a esposa de um dos engenheiros que chegavam à Riacho Doce à procura de uma embarcação afundada anos atrás. Sem
nada para fazer, um dos principais
passatempos de Helena era infernizar a vida de todos que a cercavam com fofocas
e intrigas. A cunhada Cristina (Suzy Rêgo) e Eduarda (Vera Fischer), esposa do
chefe do seu marido, eram alguns dos alvos de Helena.
Diana
de Perigosas Peruas (1992)
Em Perigosas Peruas, do Carlos Lombardi, Beth Goulart deu a vida a não menos perigosa Diana
Torremolinos. Entediada do casamento com Hector (Guilherme Karan), fazia de
tudo para a chamar atenção do marido. Sua melhor companhia era o litro de
whisky e não fazia a menor questão de esconder seu interesse por Belo, o
personagem do Mário Gomes. No decorrer da trama se mostra ainda mais
perigosa no intuito de conseguir seus
objetivos obscuros.
Maria
Isabel de O Campeão (1996)
Em 1995, Beth Goulart deixa a Globo
e passa integrar o o elenco da Rede Bandeirantes. Fez uma ótima
participação em A
Idade da Loba, mas foi no ano seguinte que a atriz ganhou sua
primeira protagonista, a Maria Isabel de O Campeão, do autor Ricardo Linhares e Mário Prata. Na trama, Beth voltou a trabalha
com o pai. Paulo Goulart junto com a
saudosa Marília Pêra eram os outros
protagonistas da novela.
Lidiane
de O Clone (2001)
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A Lidiane de O Clone fez Beth Golulart testar sua veia cômica com as aventuras da personagem que se mordia
de ciúmes do marido Tavinho (Victor Fasano)
e era viciada em produtos de beleza. No decorrer da trama não percebia e leva
um golpe de Karla (Juliana Paes), a interesseira que armava um grande plano e conseguia
engravidar do seu marido. Na trama da autora Glória Perez, Beth Goulart deu um show com as
loucuras da personagem em manter o marido sempre alerta à ela.
Neli
de Paraiso Tropical (2007)
Em Paraíso Tropical, trama do autor Gilberto Braga, Beth deu vida a
consumista, deslumbrada e egoísta Nelí. Uma mulher que desiludida com a vida
simples que leva, via nas filhas Joana (Fernanda Machado) e Camila (Patrícia
Werneck) a chance de ascender socialmente.
Regina
de Vidas em Jogo (2011)
Em 2011, Beth Goulart é contratada pela RecordTv,
emissora que está até agora, e estreia como uma das vilãs da trama de Vidas em Jogo,
da autora Cristianne Fridmann. Regina sua personagem centrou praticamente todos os acontecimentos da
trama, e é a personagem mais crível e
melhor construída da novela. A crítica teceu todos os elogios à Beth
transformando a Regina de Vidas em Jogo sua
melhor personagem de todos os tempos.
Clarice de Vitória (2014)
Em 2014, Beth volta a brilhar vivendo uma personagem escrita por Cristianne Fridmann. Desta vez lhe foi
dado a sofredora da história. Clarice era uma mulher amargurada com um
casamento desfeito no passado e a revolta do filho paraplégico que acreditava
ser seu pai o grande responsável por seu estado. Na trama Beth e Bruno Ferrari , que vivia seu filho, o
protagonista da trama, proporcionaram cenas emocionantes e inesquecíveis à
novela. Vitória foi outro grande trabalho de Beth Goulart, que mesmo em uma novela sem a repercussão esperada,
conseguiu um grande destaque.
Fonte :
Texto : Evaldiano de
Sousa
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