A Trama das sete , Salve-se Quem Puder,
do Daniel Ortiz, que estreou em 17.01.2020, e foi suspensa pela Pandemia em 28 de março, voltou com seus capítulos
inéditos, gravados no final do ano passado, esta semana a partir de 17.05.2021, e ficou nítido que nesta reta final da trama, a dita segunda
parte, a história veio com muito mais fôlego e agilidade.
Li muitas
críticas ao texto fraco e nada sutil do Danie Ortiz, que prima por esse caminho mais fácil para
garantir audiência. É um texto fácil
sim, sem sutilezas, principalmente no núcleo das protagonistas,
praticamente uma esquete de humor seguida da outra. Porém mesmo nitidamente
feita apenas para entreter sem a preocupação de fazer o público pensar, a trama
pega o telespectador pelo charme. As trapalhadas das protagonistas, as tais
enquetes, são ótimas, e se o telespectador embarcou no carisma das intérpretes,
por que não?
A
“primeira parte” da trama, mesmo encerrada às pressas em 28.03.2020, fechou com um gancho que surpreendeu o telespectador,
o autor tirou o fôlego do telespectador com o encontro casual de Luna (Juliana
Paiva) e Dominique (Guilhermina Guinle), que reconheceu de imediato uma das 3
testemunhas dos seus crimes, e não
pensou duas vezes em lhe fazer de alvo.
O Público teve que esperar mais de um ano para ver a continuação desse
grande primeiro embate entre a vilã e a mocinha, porém valeu a pena. A direção
e produção apostaram todas as fichas nessa sequência que tinha que novamente
prender o telespectador.
Mesmo com todas as limitações que a Pandemia impôs para o retorno
, as sequências do sequestro da Luna ,
sua luta com Dominique, seguida da fuga da protagonista , ficou muito
bem realizada, e aí vai os parabéns para o Fred Mayrink, que foi cirúrgico na direção.
Essa parada brusca da trama no ano passado, teve um lado bom,
vista pela ótica cênica como a acelerada que a trama precisava para reagir
junto a audiência e o público. O próprio autor entregou que esse encontro da Dominique
e Luna só estava previsto para a virada
do capítulo 90, e essa antecipação e consequente encurtamento de Salve-se Quem Puder, que terminará com 107, foi o
fôlego que a história precisava para
fluir.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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