Impossível não se apaixonar pela intragável Filomena Steen de
A Sucessora, vivida pela saudosa Célia
Biar, um tipo de personagem que a atriz 
imortalizou na tv – Mulheres sofisticadas que adoram  jogar na cara dos outros “algumas verdades’. 
        Assim era também a Dona Francine, de Brega e Chique,  mesmo depois de ficar pobre ao lado da filha
Rafaela Alvaray (Marília Pêra), não perdeu seu censo crítico ácido. 
        Ainda muito jovem juntou-se ao Grupo de Teatro
Experimental dirigido por Alfredo Mesquita. Sua primeira montagem no
grupo foi a peça Pif-Paf, de Abílio Pereira de Almeida, em 1947.
Em 1949, profissionalizou-se no Teatro Brasileiro de Comédia, onde teve
participações ativa nas comédias sofisticadas. 
Revendo
A Sucessora no
Viva, e através da reprise   um dos muitos trabalhos da Célia é um  doce prazer, 
a atriz faz muita falta a tv, onde deixou trabalhos inesquecíveis. 
        Célia Biar estreou na Globo, única emissora na
qual trabalhou,  na década de 60 como
apresentadora. Apresentou 4 atrações entre 1965 e 1969, destaque  para o indefectível Gato Zé Roberto que o
acompanhava no Sessão das Dez, onde apresentava filmes. Em Oh Que Delícia
de Show, ela dividiu a apresentação com o lutador Ted Boy Marino ,
que entrava fantasiado de gato branco, uma alusão ao gato que Célia usava nos
programa anteriores. 
Estreou
como  atriz  em 1970 na trama de Pigmalião 70, vivendo a personagem Mirtes Catalão.
 A partir de então foi praticamente uma
personagem por ano, conquistando o público com seu talento, carisma  e jeito próprio de interpretar. 
        Como esquecer a Alzira de Bicho do
Mato (1972); a Gilda de Corrida do Ouro (1974);
a Adelaide de Estúpido Cupido (1976); a Gilda de Locomotivas
(1977); a Jandira de Final Feliz (1982); A Eulália de GenteFina (1990) ou a Terezinha Romano de Torre de Babel (1998).
        Seu último trabalho na tv foi uma  pequena participação especial na trama de Suave Veneno em
1999, vivendo uma freira. 
        Célia Biar nos deixou em novembro de 1999, aos 81 anos,
devido a um câncer no pulmão. A atriz adorava fumar. 
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa 
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