Meu
receio quanto à estreia de Meu Pedacinho de Chão foi
de água abaixo logo em suas primeiras cenas. A Estética Inovadora proposta por Luiz Fernando Carvalho no remake de Benedito Ruy Barbosa foi o grande
destaque do primeiro capítulo da trama.
Com
a história vista pelos olhos de duas crianças,
a trama pode ser uma faca de dois
gumes. Da mesma maneira que tem um
chamariz para trazer telespectadores infantis para a novela , pode afastar o
público cativo do horário não acostumados com aquele show de cores no ar.
Mais
a riqueza de detalhes dada aos figurinos
e locações saltou a tela e mostrou a preocupação da produção em mostrar um
trabalho impecável.
No
elenco destaque absoluto para Osmar
Prado na pele do Coronel Epa (Como já era de esperar). Como
é perfeito em cena. O Coronel
tinha que ser dele, um ator que sabe brincar com uma perícia e profissionalismo singulares.
A
prosódia da trama é outro ponto forte apesar dos deslizes de alguns atores.
Meu Pedacinho de Chão vai trazer atores vivendo personagens tão diferentes do
que estamos acostumados a vê-los fazendo
que vale acompanhar o desempenho de Juliana
Paes, Rodrigo Lombardi , Jonny Massaro e Irandhir Santos que prometem com suas interpretações necessariamente teatrais.
A
audiência do primeiro capítulo não foi significante, já está sendo titulada de “pior audiência de estreia do horário das
seis”. Mas apesar de saber que
audiência é um fator relevante para o sucesso de um novela, não levo em
consideração esses números. Temos muitos exemplos de tramas que não se saíram bem
na audiência mais que para seus
públicos cativos foram verdadeiros
novelões. Vide um desses últimos casos, a novela Lado a Lado (2012)
que sofreu com a audiência do primeiro ao último capítulo, mas acabou fechando o
ano ganhando o Emmy de melhor novela.
Assim,
minha torcida por Meu Pedacinho de Chão continua. Uma novela em forma de teatro que vai
encher nossos olhos de cores e os corações de orgulho por um trabalho nacional que não ficar devendo em nada as grandes
produções internacionais.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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