O ator e diretor José Wilker morreu, aos 66 anos, na
manhã deste sábado (5) no Rio. Ele sofreu um infarto.
Sem José
Wilker, a teledramaturgia e o mundo das
artes em geral fica um pouco mais pobre.
José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de
1947 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. A mãe, Raimunda,
era dona de casa, e o pai, Severino, caixeiro viajante.
Além de ator e diretor, Wilker era apresentador , narrador e crítico
de cinema .
Como ator, José Wilker estreou na
teledramaturgia em 1971 na novela Bandeira 2 do autor
Dias Gomes. Mas o ator nos
presenteou com tantos personagens, que a maioria deles estão cravados em nossa
memória e na história da teledramaturgia até hoje.
Meus Preferidos foram :
·
O Bandeira de O Bofe (1972)
que morria de tanto rir;
·
Roque
Santeiro, protagonista da novela homônima do Dias Gomes de 1985
·
O Berlamino de Renascer (1993) do Benedito Ruy Barbosa;
·
O Thiago de Transas e Caretas (1984)
do Lauro César Muniz. Novela em que
também dirigia.
·
O Ariel de Desejos de Mulher (2002)
do Euclydes Marinho, em que o ator
viveu um homossexual afetadíssimo;
·
Juscelino Kubitschek da minissérie JK da
Maria Adelaide Amaral;
·
Coronel Jesuino do remake de Gabriela (2012)
do autor Walcyr Carrasco ; e
·
Giovanne Improtta, personagem inesquecível de Senhora do Destino (2004) do Aguinaldo
Silva que se transformou em filme em 2011.
A
última participação do Wilker na Tv foi na novela Amor à Vida (2013) do autor Walcyr Carrsco em que interpretou o
médico Herbert.
Apaixonado
pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e
"Bye
bye Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) e
"O homem da
capa preta" (1985). Fez ainda o personagem Antônio
Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente
da Riofilme.
Além de Transas e Caretas ,
Wilker dirigiu a novela Louco Amor (1983)
do Gilberto Braga , o filme Cinderela (1986)
e o Humorístico Sai de Baixo.
José Wilker deixa duas filhas. Mariana,
com a atriz Renée de Vielmond, e
Isabel, com a atriz Mônica Torres.
É
redundante falar do talento de José
Wilker , um profissional que sempre
deu um pouco mais aos seus personagens , os transformando em fenômenos,
ou como dirigia o Giovanni Improtta : “Felomenais”
.
O Wilker vai fazer muita falta,
mas sua contribuição ao mundo das artes é a
grande herança que ele deixa para
sua legião de fãs e admiradores.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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