O Benjamim de “Em Família”
Paulo José Gómez de Sousa (Lavras do Sul, 20 de março de 1937) é um ator e diretor brasileiro. |
Paulo José é um dos profissionais mais atuantes dos últimos 50
anos. Ator e diretor de Tv , teatro e cinema é considerado um dos grandes nomes
das artes brasileiras vivo.
Atualmente
Paulo José vive na trama de Em Família,
do autor Manoel Carlos, o simpático Benjamim, pai do personagem Virgílio,
vivido pelo Humberto Martins. Na
trama o ator mostra um drama da sua vida pessoal. Paulo José sofre do mal de Parkinson, descoberto desde 1992, e o Benjamim mostra na novela as
dificuldades e superações necessárias para conviver com a doença.
O
Ator começou a fazer teatro em 1955,
em Porto Alegre, onde ajudou a criar o Teatro de Equipe, juntamente com Paulo
César Pereio, Lilian Lemmertz, Ítala Nandi eFernando Peixoto, entre outros. Em 1954,
atuou na sua primeira peça: O Muro, de Jean
Paul Sartre/Lineu Dias. Entre inúmeros trabalhos no teatro, destacam-se:
Os Fuzis da
Senhora Carrar, de Brecht; A Mandrágora, de Maquiavel ; O Filho do Cão, de Gianfrancesco
Guarnieri e no qual foi também diretor; e Tartufo de Molière. Dirigiu e atuou na montagem carioca de Arena conta Zumbi. Esteve
durante algum tempo afastado dos palcos, tendo regressado em outubro de 2009,
para participar em Um Navio no Espaço ou Ana Cristina Cesar.
Paulo José se formou junto como Gianfrancesco Guarnieri , Augusto Boal ,
Juca de Oliveira entre outros. O grupo
adquiriu o Teatro de Arena, criado por José Renato em 1962.
No
cinema Paulo José tem um currículo recheado
por mais de 50 filmes, tendo ganho
prêmios por vários deles. Vale destacar o Troféu Fandango que ele ganhou
três vezes pelos filmes : Todas as Mulheres do Mundo (1966); Coração de Ouro(1967) e O Rei da Noite (1975).
Em
Benjamim (2004), o ator foi agraciado com o Prêmio do
Festival Brasileiro de Cinema em Miami ; e em 2012 foi escolhido como o melhor ator pelo Grande
Prêmio de Cinema Brasileiro, por sua atuação como o Palhaço Puro Sangue, do filme O Palhaço.
Meu
encanto pelo talento e profissionalismo do Paulo
José se deu por seus personagens na Tv.
O Ator sempre viveu tipos marcantes, com um trabalho de criação
espetacular, que sem parecer exagerado, acho que só ele saberia fazer.
Com esquecer o Shazan da novela O Primeiro Amor (1972)
do Walther Negrão? Sua dobradinha
com Flávio
Migliaccio, que fazia o Xerife, rendeu para a dupla um seriado em 1974 , o Shazan, Xerife e
Cia.
Com Flávio Migliaccio |
Depois
vieram o Francesco de Vida Nova (1988) do
Benedito Ruy Barbosa; o Gladstone de
Tieta (1989) do Aguinaldo
Silva; o Ivan de Vamp (1991) do Antônio Calmon; o Cigano Jairo de Explode Coração (1995) da Glória
Perez e o mais marcante dele na tv, o alcoólatra Orestes de Por Amor (1997)
do Manoel Carlos.
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Na
Tv , Paulo José estreou em 1969 vivendo
o Mário de Véu
de Noiva, e desde então já coleciona quase 40 trabalhos entre
novelas, minisséries e participações em seriados.
Depois
de Véu de Noiva , o ator participou de Assim na Terra como no Céu (1970); O Homem que Deve Morrerr(1971); Super Manoela (1974); Gabriela (1975) e O Casarão
(1976). Todas na Rede Globo.
Em
1985, ele deixa a Globo para dirigir o seriado Joana, protagonizada por Regina Duarte na Rede
Manchete e posteriormente no SBT.
No
mesmo ano de 1985, ele volta a Globo
para dirigir a premiadíssima minissérie O Tempo e O Vento, do autor Doc Comparato com colaboração da Regina Braga. Além de dirigir, Paulo
José fez uma participação na minissérie
vivendo o personagem Alvarino.
Voltou
às novelas em 1986, vivendo o personagem Celso Resende na trama de Roda de Fogo;
em 1988 foi o Marcelo na novela Olho por Olho na Rede Manchete; voltando a Globo
no mesmo ano para fazer a novela Vida Nova (1988) e
a minissérie Sampa (1989).
Na
década de 90 participou das novelas Araponga (1990) e O Mapa da Mina (1993), e das minisséries A Madona de Cedro (1994), Engraçadinha (1995) e Decadência (1995).
No
finalzinho da década ele fez uma pequena
participação na novela Era Uma Vez (1998),
do Walther Negrão, onde o ator
reviveu o personagem Shazan da novela O Primeiro Amor (1971),
um dos grandes momentos do ator na TV. Depois vieram as minisséries Labirinto (1998) e Luna Caliente (1999).
Os
anos 2000 se iniciam para o ator com uma participação na minissérie A Muralha (2000), seguida das novelas Um Anjo Caiu do Céu (2001), Agora é Que São Elas (2003)
, da minissérie Um
Só Coração (2004), da novela Senhora do Destino (2004), do especial O Pequeno Alquimista (2004);
da minissérie JK (2006); da novela Ciranda de Pedra (2008) ; da minissérie Capitu (2009)
e da novela Caminho
das Indias (2009).
Em
2010, ele participou do seriado Na Forma da Lei (2010);
em 2011, fez a novela Morde e Assopra (2011)
e em 2012 participou de um dos episódios de As Brasileiras.
Como
diretor, na Tv Paulo José dirigiu
ainda as minisséries Agosto (1993) e Incidente em
Antares (1994) , ambas com muito
sucesso.
Um multiprofissional é o mínimo que podemos dizer sobre Paulo José. Sempre faz com competência e excelência tudo que se propõe a fazer, e isso engrandece
ainda mais seu currículo invejável.
Paulo José foi casado por anos como a
diva Dina Sfat, e é pai de suas três
filhas, as atriz Bel e Ana Kutner e
Clara. Também foi casado com as atrizes Beth
Caruso e Zezé Polessa.
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No
auge dos seus 77 anos, Paulo José é
um profissional acima de qualquer comparação, seja dirigindo ou atuando.
Sua obra até então já lhe renderia várias homenagens, mas como o
profissional inquieto que é, fez questão de mostrar o seu drama pessoal, a
doença de Parkinson, na Tv com o
personagem em Em
Família. Com certeza com o intuito de mostrar para a sociedade que os portadores dessa doença,
assim como ele, ainda podem ser muito produtivos. Uma iniciativa que deve ser aplaudida, principalmente em si tratando de um
profissional do seu quilate.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : Wikipédia.com ,
teledramaturgia.com
Meus parabéns , pelo muito q fez na tv.
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