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Grandes Minisséries – As Noivas de Copacabana (1992)

      
        Antes do psicopata Edu (Bruno Gagliasso) de Dupla Identidade, seriado da autora Glória Perez, o Brasil acompanhou Donato, serial killer  vivido pelo Miguel Falabella na minissérie do autor Dias Gomes, As Noivas de Copacabana (1992).
        A Minissérie  será apresentada em forma de filme em janeiro próximo em comemoração aos 50 anos da Globo, e no post de hoje o blog vai relembrar esse clássico do suspense.


        Dias Gomes teve a ideia de escrever a minissérie depois de ver uma reportagem no Fantástico, do repórter Heraldo Madureira, sobre um morador de Niterói que assassinava mulheres vestidas de noivas.


        Ambientada em 1989, no Rio de Janeiro, a minissérie tinha como protagonista um assassino em série, Donato Menezes (Miguel Falabella), obcecado por mulheres vestidas de noiva. Morador do bairro de Copacabana, na Zona Sul da cidade, Donato leva uma vida acima de qualquer suspeita. É um conceituado restaurador de obras de arte e noivo da bela Cinara (Patrícia Pillar). Os dois só não se relacionam sexualmente. Donato mata suas vítimas seguindo um meticuloso ritual. Seduz as mulheres e as estrangula em pleno ato sexual, sempre quando elas estão vestidas de noiva. Só dessa forma ele consegue atingir o orgasmo.


        Miguel Falabella esteve impecável na pele do serial killer. Era seu primeiro protagonista e um dos raros momentos em que pudemos vê-lo em um  papel dramático. A beleza plástica do ator contrastava com a sua patologia, e isso deixava as vítimas ainda mais fáceis de serem seduzidas.


        A Direção da minissérie  ficou a cargo do experiente diretor Roberto Farias, que  havia dirigido o filme Assalto ao Trem Pagador (1962) e a minissérie A Máfia no Brasil (1984),  ambos policiais elogiadíssimos pela crítica. À frente da minissérie o diretor seguiu fielmente o texto de Dias Gomes.
        A Minissérie foi totalmente ambientada no bairro de Copacabana, e não tinha trilha sonora. A Única música tocada durante os 16 capítulos foi “Copacabana” dos compositores João de Barros e Alberto Ribeiro, tocada em  versão original ou instrumental. Inclusive na bela abertura era apresentada uma versão remixada  com  introdução de um  trompetista, Guilherme Dias Gomes,  filho do autor.

        Na  final da minissérie Donato é preso e condenado por seus crimes. Detido em um manicômio penitencial ele consegue fugir e termina a minissérie  seduzindo mais uma vítima. Na versão internacional a minissérie termina na prisão de Donato, sem deixar e nem dar a entender que ele fugiria.


        Os seriados americanos sempre exploram esse lado patológico do ser humano. O Serial Killer  americano faz parte da nossa memória desde  muito cedo.  Esse tipo de tema faz com que o telespectador se sinta parte da história, afinal antes mesmo de acontecer sabemos que essa vítima será morta , e tentar avisá-la mesmo que em vão, faz com que nos sintamos parte integrante importante para o desvendar dos crimes. Não é a toa que Dupla Identidade de longe foi o melhor produto de teledramaturgia apresentado neste ano, e a Globo com certeza abriu os olhos para essa reprise de As Noivas de Copacabana em comemoração aos 50 anos da emissora por causa dela.


        Vale a pena rever essa minissérie e rever boas interpretações de outros nomes do elenco como Reginaldo Faria, Patrícia Pillar, Cristiane Torloni, Ana Beatriz Nogueira e Yara Lins.

Ficha Técnica:
Minissérie do Autor Dias Gomes
Direção Geral : Roberto Farias
Elenco:
Miguel Falabella, Reginaldo Faria, Patrícia Pillar, Cristiane Torloni, Ana Beatriz Nogueira, Yara Lins, Tássia Camargo, Hugo Carvana , Raul Cortez, Zezé Polessa, Branca de Camargo, Ricardo Petraglia, Chica Xavier, Patricia Perrone, Marcelo Faria, Nelson Dantas, Marcia Cabrit, Roberto Bomtempo, Suely Franco, Ewerton de Castro, Fábio Junqueira, Ruy Resende, Milton Gonçalves, Marieta Severo, Karina Perez entre outros.
Exibição : 02 a 26 de Julho de 1992
Capítulos : 16




Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : memóriaglobo.com. e Wikipédia.com


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