Francisco
Cuoco encerra nesta terça-feira (21.03) mais um personagem na tv nesses
mais de 50 anos de carreira. Na pele do Italiano Gaetano di Angeli, de Sol Nascente do autor Walther Negrão, o
ator emocionou e também proporcionou cenas hilárias em parceria como Aracy Balabanian.
Com mais de 50 anos de carreira, Francisco Cuoco não precisa provar mais
nada, porém cada novo personagem seu é um presente, e está atuante na sua idade
é um privilégio para o mesmo em um meio onde os mais experiência nem sempre é
prestigiada.
Cuoco sempre este rodeado pela aura do
galã que ele mostrou que era em seus
primeiros trabalhos, sendo ao lado de Tarcísio Meira, Carlos Zara e Hélio Souto um dos primeiros na
história da tv. Mas no decorrer dos anos foi mostrando que era bem mais que um
belo ator, também era um profissional ímpar e inquieto, sempre à procura de
novos desafios.
Foi um dos atores preferidos da autora Janete Clair e o que mais estrelou
novelas dela. Estreou na tv em 1964 na
trama de Marcados
pelo Amor, e daí em diante
foi um personagem por ano até hoje.
Em 2014, quando se destacou como o ranzinza
Vicente na trama de Boogie Oogie, do Rui Vilhena, o e10blog homenageou o
ator nesta seção, mas com o vasto currículo do Cuoco recheado de bons
personagens, muitos ficaram de fora
daqueles 10 primeiros. Link
Assim para comemorar o sucesso em Sol Nascente, o blog vai homenagear esse grande astro relembrando mais 10
inesquecíveis personagens que ele imortalizou na teledramaturgia nacional.
Vitor
Mariano de Assim na Terra como no Céu (1970)
Assim na Terra como no Céu, do autor Dias Gomes, marcou a estreia do Francisco Cuoco na Globo,
que vinha do sucesso dos galãs que
interpretou na Tv Excelsior. Vitor Mariano era um padre que abandonava a
batina para se casar. Porém via seus
planos serem frustrados depois do misterioso assassinato da noiva. Começava com a trama uma parceira que dura
até hoje: Francisco Cuoco x Globo!
Gilberto
Athayde de O Cafona (1971)
Em
O Cafona,
do Bráulio Pedroso , Francisco Cuoco
testou sua veia cômica e fez uma criação inesquecível do novo rico Gilberto
Athayde. Cuoco ficou na dúvida em aceitar o papel, com receio que ele abalasse
sua sólida imagem de galã. Athayde acabou virando um dos melhores vividos pelo
ator. Inesquecível a cena em que o
personagem num jantar de milionários bebe a lavanda. Virou clássica!
Alex
de O Semideus (1973)
Em O Semideus, Janete Clair juntou os dois principais
galãs globais da época Francisco Cuoco e
Tarcísio Meira. Na verdade a trama foi do Tarcísio Meira que vivia
dois personagens na trama, mas Francisco
Cuoco em nenhum momento foi esquecido e defendeu muito bem o jornalista
Alex, que preparava uma reportagem especial sobre Hugo, um dos personagens do
Tarcísio.
Vitor
Amadeu de Duas Vidas (1976)
Na trama de Duas Vidas, outro trabalho da Janete
Clair que Francisco Cuoco
protagonizou, ele deu vida a outro
médico em sua carreira. Bem sucedido, é um homem sério e exigente, capaz de
qualquer gesto para ajudar o próximo. Na trama Cuoco e Betty Faria formavam casal novamente, repetindo a dobradinha de
sucesso de Pecado
Capital um ano antes.
Chico
Rubião de OsGigantes (1979)
Em 1979, Francisco Cuoco voltou a dividir o protagonismo de uma trama com Tarcísio Meira. Era a trama de Os Gigantes , do autor LauroCésar Muniz. A novela acabou se mostrando muito depressiva e é uma das mais
polêmicas trama apresentadas na emissora. Mesmo com toda essa aura, o Chico
Rubião, personagem do Cuoco foi um dos destaques e a química
com Dina Sfat espetacular.
Otto
de Deus nos Acuda (1992)
A década de 90 reservava grandes
personagens para o agora maduro Francisco
Cuoco. Um deles foi o Otto Bismark de Deus nos Acuda, do autor Silvio de Abreu. Otto era um grande empresário do ramo da
importação de madeira mas também escondia grandes segredos do seu passado. O
Público tinha que decidir se ficava a
favor ou contra ao personagem. O Empresário,
viúvo duas vezes , era acusado ter mandado matar as duas mulheres, mãe
de seus filhos, e isso deixava a relação entre eles muito difícil. Era um
personagem dúbio capaz de grandes gestos em favor dos filhos, mas ao mesmo
tempo, grandes vilanias. Um personagem
de mão cheia para o Francisco Cuoco
que o interpretou com maestria.
Gaspar
de Tropicaliente (1994)
Em Tropicaliente, do autor Walther Negrão, Francisco Cuoco voltou a testar sua veia cômica na
pele do Gaspar Velasquez, pai da protagonista Letícia, vivida pela Silvia Pfeiffer. Sempre foi um
empresário honesto e passa isso para a filha que assume os negócios da família.
Socialmente é um homem muito divertido, adora futebol e banca um time por puro
prazer.
Salviano
de Pecado Capital (1998)
Francisco
Cuoco viveu em 1975 um dos personagens mais importantes da sua carreira,
o Carlão de Pecado Capital, da Janete Clair.
No Remake escrito por Glória Perez em 1998, Cuoco é
homenageado ao ganhar o papel de Salviano Lisboa. Foi um grande momento para a
tv e pura emoção para o ator. Uma pena que sua falta de química com a
Carolina Ferraz não tenha
deixado repetir o sucesso do personagem
de 1975.
Omar
Pasquim de Cobras e Lagartos (2006)
Outro grande empresário vivido
por Cuoco foi o Omar Pasquim, da trama de Cobras e Lagartos, do autor João Emanuel Carneiro. O personagem era um homem muito rico, dono
da maior loja de grifes do pais, a Luxus , e por isso mesmo era bajulado por
toda a família, que almejava herdar sua fortuna. Ao descobrir que tinha uma
doença grave, ele resolve se disfarçar de faxineiro da sua empresa para
descobrir quem verdadeiramente está do seu lado por afeto e quem por interesse.
Na pele do simplório Pereira conhece Duda (Daniel de Oliveira) e o faz seu
grande herdeiro juntamente com Bel (Mariana Ximenes), sua sobrinha, a única que
nutre um afeto verdadeiro por ele.
Vicente
de Boogie Oogie (2014)
Em 2014, Francisco Cuoco volta às novelas com um papel de destaque na trama
de Boogie Oogie,
do autor Rui Vilhena. Vicente era um
velhinho com problemas de saúde por se
recusava a tomar remédios. No decorrer da trama conhece Madalena, a personagem
de Betty Faria e acaba se apaixonando pela vitalidade da bela
mulher. Boogie
Oogie acabou nos proporcionando mais
um encontro em cena entre Francisco
Cuoco e Betty Faria, e é claro que não faltaram alusões ao inesquecível
casal de Pecado
Capital, quase quarenta anos antes.
Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
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