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Enquete e10blog

Meus Personagens Favoritos da Bianca Bin




        Com apenas quase 10 anos de carreira, Bianca Bin já está no hall  das melhores atrizes da sua geração, uma espécie de Regina Duarte e Fernanda Montenegro dos novos tempos.
        Começou a fazer teatro aos 12 anos, e aos 16, se mudou para São Paulo. No início do ano de 2009,  mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Oficina de Atores da Globo, lugar onde começaria dar seus primeiros passos na arte.
        No mesmo ano de 2009, Bianca Bin foi selecionada para estrelar a temporada daquele ano de Malhação, e 9 anos depois temos ela agora como a  vingativa estrela Clara da trama de  O  Outro Lado do Paraíso,  provando mais uma vez o talento que veio de berço para interpretar e roubar a cena em qualquer papel, seja como a mocinha coadjuvante Fátima  de Passione (2010),  a princesa Açucena de Cordel Encantado (2011) ou a destemida Maria de Êta Mundo Bom (2016).

        Poucas atrizes conseguiram fazer um nome com tanta força e responsabilidade em pouco tempo de carreira. Nesses 9 anos, Bianca Bin fez um trabalho por ano, e todos são marcantes e tão inesquecíveis quanto. Para comemorar seu trabalho espetacular como a Clara na trama do Walcyr Carrasco, a atriz é a homenageada da seção este mês, onde vamos relembrar essas personagens que marcaram a teledramaturgia nacional.

Marina/Penélope Valentina de Malhação (2009)

        Como já disse, a Marina da temporada de Malhação de 2009, foi a estreia na Tv da Bianca Bin. A nova temporada se iniciava centrada em um  festival de música , o Beach Festival, gravado na praia de Canoa Quebrada, aqui no Ceará. O festival durou cerca de 10 capítulos e boa parte do elenco veio para o Ceará para as gravações.  A Marina foi uma das protagonistas de Malhação que deixaram sua marca na história da novela teen e por consequência foi o ponta pé inicial para a promissora carreira da atriz que começava a se formar.
Fátima de Passione (2010)

        Tão logo saiu da Malhação, Bianca Bin foi escalada para sua primeira novela  em horário nobre, e em Passione do Silvio de Abreu, deu vida a Fátima.  A personagem passou por uma ebulição de acontecimentos na trama. Bonita e muito rebelde, treinava ciclismo e conheceu o problemático Danilo (Cauã Reymond), por quem foi capaz de fazer loucuras, cometendo até um aborto. No decorrer da trama descobre que não é filha legítima de Candê (Vera Holtz), e na verdade era filha de sua irmã mais velha, a doce Felícia (Larissa Maciel), fruto de um caso com Gerson Gouveia (Marcelo Antonny) e isso a deixou  ainda mais revoltada. No final da trama acaba encontrando o amor nos braços de Sinval (Kayky Brito), o irmão mais jovem de Danilo. As várias nuances que a atriz deu a personagem a cada fase lhe rendeu muitos elogios da crítica e o prêmio de atriz revelação do ano no Domingão do Faustão. 

Açucena de Cordel Encantado (2011)

        Como reconhecimento por seu trabalho em Passione, Bianca Bin ganhou a protagonista da próxima novela das seis – Cordel Encantado – das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid , fazendo o trio central da trama com Cauã Reymond (Jesuíno, o mocinho)  e Bruno Gagliasso (Timóteo,  O Vilão). Cordel Encantado foi uma novela como poucas vezes vista, onde tudo foi muito acertado, e  claro o elenco não ficou aquém disso. Bianca Bin defendeu sua heroína com umas e dentes e fez da Açucena uma mocinha forte e diferente das que estávamos acostumados ver em tramas  de época. Se existia alguma dúvida que Bianca Bin tinha vindo para ficar e fincar seu nome na história da teledramaturgia, a Açucena de Cordel Encantado foi a prova final.

Carolina de Guerra dos Sexos (2012)

        A primeira vilã da Bianca Bin veio em 2012, no remake de Guerra dos Sexos,  do autor Silvio de Abreu. Aparentemente doce, Carolina posa de moça de família, mas, na verdade, é ambiciosa e mentirosa, e só quer se dar bem a qualquer custo. Seu sonho é sair da vila onde mora com os pais, na Mooca. Com pavor de pobreza arquiteta sua ascensão, começando por terminar seu namoro com o simplório Ulisses (Eriberto Leão), carregador  e aspirante a lutador de MMA. Com isso ela começa sua “escalada” através do fotógrafo Fábio (Paulo Rocha), com o intuito de alcançar Felipe (Edson Celulari), um dos executivos da empresas Charlô´s. Sempre foi o orgulho da mãe Nieta (Drica Moraes),   que nem desconfia da falta de caráter da filha. Drica Moraes e Bianca Bin proporcionaram várias cenas tensas e emocionantes na trama – um duelo cênico que enriqueceu muito o remake. A personagem havia sido interpretada  na versão de 1983 por Lucélia Santos,  e Binca  com um trabalho impecável imprimiu um novo perfil à Carolina de 2012, também marcada por uma grande repercussão.

Amélia de Joia Rara (2013)

        Em 2013, Bianca voltou a protagonizar outra trama do horário das seis e de novo da dupla Thelma Guedes e Duca Rachid. Em Joia Rara,  deu vida a Amélia, outra mocinha   simplória fadada às injustiça da vida na trama,  tal qual a Clara de O Outro Lado do Paraíso, chegou a ficar 10 anos presa injustamente, acusada de integrar o partido comunista. Porém mesmo com essa história melancólica,   a Amélia foi uma mocinha solar,  e com o trabalho da Bianca conquistou a empatia do  público e dividiu os louros do sucesso da trama com Mel Maia, que deu vida à Pérola, sua filha na trama. 

Vitória de Boogie Oogie (2014)

        Em Boogie Oogie, do Rui Vilhena, Bianca Bin deu outra prova de talento. Mesmo vivendo a antagonista da trama, e tendo o destaque da Ísis Valverde e a química com Marco Migossi, que formavam o casal principal, conseguiu dar personalidade à sua Vitória, seja pelo gestual ou a caracterização propriamente dita. Sua bela plástica ajudou em muito no uso dos figurinos de época. Como era milionária na trama, a Vitória usava  tudo que estava no auge da moda naquele término da década de 70, com direito até um modelito estilo  Julia Matos, a personagem  Sônia Braga em Dancin´Days (1978).

Maria de Êta Mundo Bom (2016)

        Em 2016,  Bianca Bin ganhou a personagem Maria, na trama de Êta Mundo Bom, do Walcyr Carrasco – Uma Coadjuvante.  Porém um desacerto  linguístico e interpretativo da personagem Filomena,  vivida pela Débora Nascimento,  que seria a principal personagem feminina da trama, fez com que a curiosa Maria crescesse  de tal modo que chegou ao nível de protagonista. Ela foi a responsável pela descoberta de todos os acontecimentos  da novela, principalmente as vilanias da falsa Sandra, a vilã vivida pela Flávia Alessandra, e seu romance com Celso (Rainer Cadete), que transformou o vilão em mocinho,  teve mais torcida que o do casal principal, Candinho (Sérgio Guizé) e Filomena.   Mais uma vez ficava provado o talento de Bianca Bin, que mesmo em uma personagem coadjuvante transbordou talento e   explodiu na trama. Com certeza esse destaque em Êta Mundo Bom foi fator decisivo para que Walcyr  convidasse a atriz para protagonizar O Outro Lado do Paraíso.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa

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