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Viver
uma vilã de novela é sempre um grande desafio para qualquer atriz, mais ao mesmo tempo as vilãs alavancaram
a carreira de muitas delas , dando o
destaque até maior do que o da protagonista da trama, vide a Carminha de Avenida Brasil
vivida pela Adriana Esteves. A Atriz
vinha de um personagem sofrível em Morde e Assopra e foi coroada como grande estrela
da novela dando vida a inesquecível vilã de João Emanuel Carneiro.
Aconteceu
o mesmo com Renata Sorrah em 2004,
aclamada quando viveu a tenebrosa Nazaré
Tedesco de Senhora
do Destino do autor Aguinaldo Silva; a Patrícia Pillar na pela da Flora de A Favorita do João Emanuel Carneiro,
e por último a Christiane Torloni
vivendo a sua Thereza Cristina de Fina Estampa (2011) também do Aguinaldo.
Infelizmente
a sorte de fazer uma vilã parece que nunca sorriu para Cláudia Raia. Talento e competência ele tem de sobra para isso, mas
a meu ver viver uma vilã requer algo mais de sua intérprete, certa magia e
sintonia com a personagem que poucas conseguem. Na semana passada fiz um post
sobre os 10 melhores personagens da atriz e das suas três vilãs apenas uma
estava na lista. Ainda sobre esse post um seguidor do twitter comentou que
nunca reparou muito nos personagens de Cláudia, pois a exuberância da atriz e
tamanha que ela acaba “engolindo” todos os personagens que interpreta. Será
Isso ?
Antes
mesmo de a Lívia entrar no ar , Cláudia
Raia já tinha seu trabalho comparado ao de Adriana Esteves, a vilã da novela anterior, mas infelizmente não
foi apenas o estigma da Carminha que ela teve que enfrentar não, dentro da própria
trama de Salve
Jorge os obstáculos
apareceram. Sua vilã subalterna, a Wanda interpretada pela atriz Totia Meirelles acabou tomando uma
proporção dentro da trama que a Lívia
Marini se apagou. Somado a lembrança da vilã da novela anterior, o perfeito
desempenho da Totia Meirelles
como a Wanda , com o perfil engessado e robótico apresentado pelo personagem, a
Lívia Marini tornou-se mais uma vilã que não fez bem a Cláudia Raia.
Na
tentativa de tornar a Lívia Marini realmente a grande vilã da história, Glória Perez criou uma inédito modo de
a personagem fazer suas vítimas, injeções letais que ela carrega em uma bolsa
tiracolo. Pronto era o que faltava para a rejeição total à personagem.
Antes
da Lívia Marini de Salve Jorge , Cláudia
Raia viveu duas outras vilãs. Em
2008 foi a psicopata Ângela Vidal na trama de Torre de Babel (1998). Nem sei se
neste caso a personagem foi tão culpadA
pela passagem em branco na trama, toda a novela foi rejeitada e teve que ser
adaptada ao público.
Claudia como a Angela Vidal de TORRE DE BABEL Foto : http://extra.globo.com |
Em
2007, Cláudia voltou a fazer uma vilã,
desta vez na trama de Walcyr Carrasco,
Sete Pecados.
Desta vez na pela da Ágatha principal representante da inveja , um dos sete
pecados do título da trama, teve sua morte antecipada para o meio da trama, devido rumores de desagrado da atriz
com o rumo de sua personagem, que a cada dia perdia sentido na trama. Assim o
autor providencialmente preparou uma
explosão para dar fim a personagem, criando um suspense para a trama : Quem matou Agatha ?
Como a Ágatha de SETE PECADOS Foto : http://1.bp.blogspot.com |
Em
2008 , Claudia Raia junto com Patrícia Pillar estrelou a novela A Favorita do autor João Emanuel Carneiro. No início da
trama não se sabia quem das duas era mocinha ou vilã, e ambas oscilavam nesses
papéis, e por incrível que parece enquanto Donatella , personagem da Cláudia Raia , ainda deixava pairar a
dúvida sobre seu verdadeiro caráter a atriz foi criticada por uma interpretação tão tosca e
exagerada. O público e a crítica só se renderam a atriz quando a verdadeira face das duas foi
revelada e Cláudia passou a ser a
mocinha da trama em busca de justiça.
Como a Donatella de A FAVORITA Foto : ghmaria.files.wordpres |
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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