O
Brasil parou para assistir o capítulo final de Amor à Vida nesta
sexta (01.02). A Novela do autor Walcyr
Carrasco fechou em grande estilo seus 221 capítulos. Foi difícil, os
críticos de plantão nas redes sociais não perdoaram um deslize sequer. Os furos dos roteiros, os
protagonistas sem sal, as frases de efeito do Félix (Mateus Solano) , as
repetitivas investidas da Valdirene
(Tatá Werneck) em um famoso e muitas outras coisinhas foram motivos para essas
críticas.
Mas Amor à Vida teve seus destaques , e foi
muito além que o beijo gay.
A
Cena final com a reconciliação de Félix e César (Antônio Fagundes) foi o ponto
mais emocionante da trama. Fechar a novela com aquele espetáculo que foi a dobradinha de Mateus Solano e Antônio Fagundes , foi
o grande acerto do autor. O “Eu Te Amo” do César para o filho que
ele rejeitou a vida inteira por ser gay,
me levou às lágrimas e com
certeza o Brasil inteiro.
No
conjunto da obra de Amor à Vida vale destacar quatro nomes que foram os pilares
dessa novela :
·
Tatá Werneck , que
usou e abusou do núcleo cômico e fez da
Valdirene a periguete mais famosa da teledramaturgia brasileira;
·
Vanessa
Giácomo – a grande vilã da reta final de Amor à Vida. A atriz segurou a
personagem com unhas e dentes e a Aline
foi uma espécie de nova Carminha (personagem da Adriana Esteves em Avenida Brasil);
·
Elizabeth
Savalla nos presenteou com a personagem mais crível da trama. A
Atriz foi capaz de tirar leite de pedra do texto didático do Walcyr Carrasco e reinou absoluta dentro da novela. A personagem
era tão mágica, que qualquer outro personagem que chegasse perto dela crescia
em cena. No capítulo final a atriz
ainda deu um show vestida de chacrete .
Com vai deixar saudades a Tetê para-choque.
·
Mateus
Solano – A Bicha má que virou a “mocinha” da trama. O Ator brincou
de fazer o Félix, e foi de uma entrega
como jamais vi em um ator. O personagem é um divisor de águas em sua carreira,
e foi o grande suporte de Amor à Vida. O que seria da trama sem as tiradas e
frases de efeito do Félix, sem suas rodopiadas e sem a sua redenção. Não foi a
Carminha , como apostado na primeira semana da trama, foi muito melhor e rico
dramaturgicamente. Até o autor se rendeu ao charme do Félix, tanto que brindou
o personagem com as cenas finais da trama, e o marcou definitivamente na
história das novelas com o beijo dado em seu companheiro Nikos (Thiago Fragoso).
Amor à Vida pode
não ter sido um “novelão” mas como diz o
ditado , os fins justificam os meios. E na novela um final impecável transformou a trama em um clássico
para a teledramaturgia.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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