Bastar citar o nome de Ana Rosa para lembramos logo de um personagem que a atriz
tenha feito. Atualmente ele vive a Zuleika na trama de Boogie Oogie, do autor Ruy Vilhena, e mais uma vez empresta
seu talento para o brilho de uma
personagem.
Ana Rosa é a recordista de trabalhos em novelas, com marca
registrada no Guinnes Book. A atriz até
hoje foi a profissional que mais participou
de produções com contagem desde a
época da existência do vídeo tape. É por isso que eu tenho sempre a impressão
que a Ana participa de todas as novelas em todos os canais.
Ana Rosa estreou na Tv em 1964 e já como protagonista e assim a atriz logo foi mordida pelo bichinho da teledramaturgia, e não parou
mais. Trabalhou em várias emissoras e nunca se prendeu a um tipo só de papel. Seja uma grande protagonista ou uma pequena
participação, a atriz aceita e o faz com a mesma dignidade e profissionalismo.
Escolher apenas 10
personagens de uma atriz que já coleciona mais de 50 foi uma tarefa muito
difícil. Fico com receio de ser injusto com um ou outro personagem, mas vamos a eles!
Esmeralda e Estela de Alma Cigana(1964) e A Selvagem
(1971)
Em 1964, Ana Rosa estreou na Tv como as gêmeas
Estela e Esmeralda, da trama de Alma Cigana,
da autora Ivani Ribeiro. Na trama,
Estela era uma recatada freira, já
Esmeralda era uma esfuziante cigana que dançava
num acampamento seduzindo homens.
Inicialmente não se sabia se eram duas, se tinham apenas dupla personalidade ou
se eram irmãs gêmeas. No final o mistério foi revelado, Estela e Esmeralda eram
irmãs gêmeas separadas no nascimento. Em 1971, Ana Rosa voltou a viver
às personagens na releitura da novela feita por Geraldo Vietri , e em A Selvagem a atriz mais
uma vez brilhou no papel duplo.
Glória de Destino (1982)
Depois de vários sucesso na
Tv Tupi , Ana Rosa é convidada para protagonizar a novela que estrearia o
núcleo de teledramaturgia do SBT,
então TVS São Paulo. Convite feito, convite aceito. Na trama dos autores Raymundo
Lopes e Crayton Zarsy, a atriz deu vida a Glória, uma mulher cheia de
amarguras em um casamento que começa a naufragar depois da chegada de uma
ex-noiva de seu marido a cidade. A Novela foi ofuscada pela importada Os Ricos também
Choram, mas Ana Rosa
segurou sua personagem muito bem.
Nanci de O Dono do Mundo (1992)
Com Paulo Goulart |
Na Globo, Ana Rosa estreou
em 1983 na minissérie Moinho dos Ventos, do Daniel Más, porém seu primeiro grande momento foi em O Dono do Mundo,
do autor Gilberto Braga, quando
viveu a simplória Nanci. A personagem começou a trama meio tímida, mas no
decorrer da novela acabou tirando da
vilã Constância Eugênia, o marido Altair, vivido pelo saudoso Paulo Goulart. Inesquecível a cena em
que Nanci depois de aguentar várias tentativas de Constância em reconquistar o
marido, procura a rival e diz que se ela não deixar Altair em paz vai lhe dar
uma surra de cabo de vassoura. A Cena vai poder ser revista logo na reprise da
trama no Canal Viva. Um grande momento de Ana
Rosa e Nathália Timberg.
Ester de Tropicaliente (1994)
Tropicaliente, trama do autor Walther Negrão, é outra novela que
volta na semana que vem no Canal Viva,
onde poderemos rever Ana Rosa na pele da Ester, esposa do pescador
Samuel, vivido pelo ator Stênio Garcia.
A Atriz fez uma caracterização impecável da simplória personagem, isso sem
falar da sua dobradinha com Stênio
Garcia em cena.
Dalva de História de Amor (1995)
com Angelo Paes Leme |
Em História de Amor, novela do autor Manoel Carlos, Ana Rosa veio como a interesseira Dalva. A personagem era mãe do
Caio (Ângelo Paes Leme), e não aceitava a gravidez da Joyce (Carla Marins), por
achar que um filho nesta hora atrapalharia a promissora carreira de Caio que
seria bancada por seus patrões.
Maria Rosa de O Rei do Gado (1996)
Maria Rosa foi a personagem
que a Ana Rosa viveu na trama de O Rei do Gado,
do autor Benedito Ruy Barbosa. A
personagem era a esposa do deputado Roberto Caxias (Carlos Vereza), e tentava a
todo custo trazer o marido para a realidade, por não aceitar sua filosofia de político correto
dentro de um senado corrupto. O Casal
por muitos vezes brigava devido a grande divergência de valores entre eles.
Virginia Jequitibá de Três Irmãs (2008)
A Virginia Jequitibá de Três Irmãs, do autor Antônio Calmon, quase não foi da atriz Ana Rosa. O Papel primeiramente foi
oferecido a Regina Duarte, que
também estava no elenco, mas preferiu fazer a personagem Valdete, por ser
diferente de tudo que havia feito na tv até então. Renée de Vielmond foi o segundo nome pensado, e depois Nívea
Maria, para finalmente ser entregue a Ana
Rosa. Assim, a atriz voltou a fazer
uma protagonista, o que há anos não
acontecia. Da personagem vale destacar o clima real de mãe e filha que ficou
nítido entre a atriz , Carolina
Dieckmann, Cláudia Abreu e Giovanna Antonelli, suas filhas e as três irmãs
do título.
Soraya de Despedida de Solteiro (1992)
A Ana Rosa sempre fez
mulheres simples na Tv, porém quando resolve fazer uma perua também arrasa! Vale lembrar-se da Soraya de Despedida de
Solteiro, novela do autor Walther
Negrão. A personagem foi o grande destaque da trama em meio ao seu sonho de casar a filha Bianca
(Rita Guedes) com um homem rico. Não chegava a ser uma vilã, mas aprontou muito
na novela em nome desse ideal.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com , memóriaglobo.com
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