Tal qual nos cinemas
americanos, os mordomos e governantas
das novelas brasileiras são figuras importantes, muitas vezes escondendo segredos que podem dar uma virada
de 180 graus em uma trama.
Nas novelas atuais dois
mordomos estão prestes a revelar segredos que vão respingar em vários
personagens das tramas.
O Silviano de Ímpério,
mordomo interpretado pelo impecável Othon
Bastos na novela do Aguinaldo Silva, nos próximos capítulos revelará seu ódio pelo
comendador José Alfredo (Alexandre Nero) e sua verdadeira relação com a Maria
Marta (Lília Cabral).
Em Alto Astral, o autor Daniel Ortiz já deixou bem claro em algumas cenas que o
mordomo da família Bittencourt é bem mais que um simples mordomo. Escobar,
vivido pelo ator Norival Rizzo, tem
uma relação mais que patrão e empregado com Marcos (Thiago Lacerda), será ele o
verdadeiro pai do personagem? Vocês lembram que tanto o Marcos como o Caique
(Sérgio Guizé) foram adotados pela
família?
Vários outros mordomos e governantas na história da teledramaturgia
nacional deixaram sua marca registrada.
Em Rainha da Sucata (1990), trama do Silvio
de Abreu, o saudoso Raul Cortez
deu vida ao misterioso Jonas, mordomo e copeiro da casa dos Albuquerque
Figueroa. Ficou nítido logo de cara que o personagem teria uma grande importância
na trama, e que era bem mais do que um
simples empregado.
Em Ciranda de Pedra (1981), novela do autor Teixeira Filho, a Governanta Frau Herta, vivida pela atriz Norma Blum era a grande estrela da trama, e conduzia
toda a história com suas maldades contra Laura (Eva Wilma). Frau Herta era apaixonada pelo patrão Natercio Prado (Adryano Reis) e a
mulher com problemas psicológicos atrapalhava essa relação. Norma Blum esteve impecável no papel, e
na versão de 2008 os elogios vão para Ana
Beatriz Nogueira, que viveu a governanta no remake assinado por Alcides Nogueira, também com grande destaque e uma perfeita
atuação.
Falar de governanta e não
citar a Juliana de O Primo Basílio (1988),
personagem que a Marília Pera deu
vida na minissérie do Gilberto Braga
é impossível. Perversa, má e rancorosa
os elogios foram unanimes para a interpretação da atriz.
O Crô, que o Marcelo Serrado deu vida na novela Fina Estampa (2011),
do autor Aguinaldo Silva, tomou a
novela de assalto e foi a grande estrela da novela. Ofuscou até a sua rainha do
Nilo Thereza Cristina (Christiane Torloni)
e ganhou filme próprio depois do termino da trama.
Outro mordomo do qual
guardo boas lembranças é do Eugênio da
trama de Vale
Tudo (1988) do autor Gilberto Braga. Esse sim era apenas um
mero mordomo, não , mas era tão fiel a
doce Celina (Nathália Timberg) e os outros componentes da Família Almeida
Roitmann que acabou virando sinônimo de delicadeza e dedicação ao trabalho. Na
reprise da novela no Canal Viva o personagem teve tanto carisma que ganhou um fake na rede
social Twitter ativo até hoje.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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