Elias Gleizer , um bonachão e grande profissional

 

        Perdemos neste sábado Elias Gleizer, um dos nossos grandes atores  de todos os tempos. O Ator tinha 81 anos e morreu no Hospital Copa D´or no Rio de Janeiro, onde  estava internado desde 6 de maio após fraturar cinco  costelas e perfurar o pulmão devido  uma queda. A morte foi consequência de complicações que levaram a falência múltipla dos órgãos.

        O Ator tem um currículo recheado por mais de 50 personagens  em novelas minisséries e especiais, e os tipos bonachões sempre foram a característica principal de muito deles.

        Os avôs de sangue ou postiços também marcaram a carreira do ator, assim como os padres em várias novelas.

com ROSANNE GOFMANN em TIETA 

        Tenho muitas  lembranças do ator  em personagens que marcaram minha infância como  o Donato Orsini de Fera Radical (1988) do Walther Negrão; O Jairo de Tieta (1989) do Aguinaldo Silva;  o bêbado Barcelona de Incidente em Antares (1994) , do Jorge Furtado e seu José das Dornas de As Pupilas do Senhor Reitor (1994)  do Lauro César Muniz.

com as crianças do elenco de ERA UMA VEZ . . . 

        Como esquecer os vovôs que marcaram  a infância de muita gente : O Vitório de Despedida de Solteiro (1992), do Walther Negrão; O Tio Zé de Sonho Meu (1993) do Marcílio Moraes  e o Vô Pepe de Era Uma Vez (1998) também do  Negrão.

com a EVA TODOR em CAMINHO DAS INDIAS 

        Em Caminho das Índias (2009), novela da autora Glória Perez, na pele do Sr. Cadore, o ator viveu um personagem com o perfil bem diferente do que estávamos acostumados a vê-lo fazer. O Cadore era um homem rico  e que teve que conviver com a falsa morte de um dos filhos e a esquizofrenia do neto Tarso (Bruno Gagliasso).

        Sua última participação em novelas foi na trama de Flor do Caribe, do autor Walther Negrão, que foi quem escreveu  seus melhores personagens.

        Fonte :

Texto : Evaldiano de Sousa