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Novelas Inesquecíveis – A Moreninha (1975)


        Em outubro,  a terceira versão de A Moreninha, novela do Marcos Rey ,  com Nívea Maria no papel título e  direção do Herval Rossano, completará quarenta anos. A Trama inspirada  no romance homônimo do Joaquim Manuel de Macedo, teve sua primeira versão em 1956, exibida pela Rede Tupi às terças e quintas-feiras com Yoná Magalhães e Paulo Porto nos papeis principais,  e a própria Globo já havia feito uma adaptação em 1965 com 35 capítulos  e  Marília Pêra e Cláudio Marzo como protagonistas.


        Mas foi essa terceira versão a melhor produzida e com maior riqueza de detalhes que virou um dos bons momentos do horário das seis da década de 70. Além do romance A Moreninha, o autor usou outro romance do escritor: Memórias da Rua do Ouvidor.


        A Trama conta a história da romântica e sonhadora Carolina (Nívea Maria),  moça que vive na Ilha de Paquetá com sua avó Donana (Henriqueta Brieba). Entre festas e passeios dominicais, rodeada por amigas, pretendentes, e jovens estudantes da corte, Carolina espera pacientemente reencontrar sua paixão de infância. Mal sabe ela que o rapaz está entre os seus convidados. É o jovem Augusto (Mário Cardoso) que se enamora dela desde a primeira vez que a vê, mas é perseguido por Clementina (Maria Cristina Nunes), uma moça que não mede esforços para estar do lado do homem que ama.
        Com livre adaptação do romance o autor pode trazer a novela de 1844 (ano em que o romance foi escrito) , para meados de 1866 e 1968  passando a trama  por fatos históricos como a  Guerra do Paraguai e a luta abolicionista.


        Nívea Maria, na pele da bela e sensível Carolina , brilhou mais uma vez vivendo uma personagem cândida  e imortalizou na tv a imagem da personagem de Joaquim Manuel de Macedo.


        No elenco vale destacar também o trabalho impecável de Marco Nanini, com o romântico e sonhador poeta Felipe. O personagem  tem um final trágico, morre de tuberculose, doença ainda sem cura na época.


        Eduardo Tornaghi também teve bons momentos na trama vivendo o idealista Leopoldo. Depois de voltar da Guerra do Paraguai, Leopoldo resolve se formar em jornalismo para lutar contra a escravatura e usar seus ideais abolicionista  em prol da causa. O personagem também tem um final trágico. Depois de dar guarda  ao “negro fujão” Simão (Haroldo de Oliveira), ver sua namorada Quininha (Carmem Monegal) ser sequestrada pelo feitor João Bala (Jaime Barcellos) como represália  e morre em suas mãos ao tentar salvar seu grande amor.


        A Moreninha transformou   a  Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro em ponto turístico.  Várias das externas da novela foram gravadas na ilha.
        A Novela é considerada um “biscoito fino” entre as produções para o horário das seis, sempre tão preocupadas em retratar impecavelmente épocas com riqueza de detalhes em locações, arte e figurinos.

Ficha Técnica:
Novela do Autor Marcos Rey
Baseado no romance homônimo de Joaquim Manoel de Macedo
Elenco :
NÍVEA MARIA – Carolina
MÁRIO CARDOSO – Augusto
MARCO NANINI – Felipe
EDUARDO TORNAGHI – Leopoldo
CARMEM MONEGAL – Quininha
JAYME BARCELLOS – João Bala
HAROLDO DE OLIVEIRA – Simão
ROGÉRIO FRÓES – André
MARIA CRISTINA NUNES – Clementina
CÉLIA BIAR – Violante
ROBERTO BOLANT – Fabrício
BETRIZ LYRA – Luísa
HENRIQUETA BRIEBA – Donana
MAGALHÃES GRAÇA – Gustavo (Belo Senhor)
ANA ARIEL – Dona Lalá
NATÁLIA DO VALLE – Mademoiselle Aimée
MONIQUE LAFOND – Marina
TESSY CALLADO – Joana
SÉRGIO DE OLIVEIRA – Kleberc
LÉA GARCIA – Duda
SIDNEY MARQUES – Tobias
MARCUS TOLEDO – Jerônimo
LUÍS ORIONI – Juca
PAULO MATOSINHO – Benjamin
ANTÔNIO POMPEO – Rafael

Direção Geral Herval Hossano
Exibição: 20 de Outubro de 1975 à 06 de Fevereiro de 1976
Capítulos: 79


Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com , memóriaglobo.com

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