“Alto Astral”, mesmo sem nenhuma pretensão, se torna uma das melhores novelas das sete dos últimos dois anos
        Alto Astral chegou
ao seu  final nesta sexta-feira (08.05),
marcada por um sucesso relevante. Não foi um novelão claro, mas o que torna o
seu sucesso ainda mais surpreendedor é que 
a trama não almejava nenhuma pretensão em ser.
        O Horário das sete vinha
marcado por dois insucessos (Além do Horizonte/2013 e Geração Brasil /2014)  e a
escalação de um autor sem muito 
reconhecimento, pelo menos no Brasil,  Daniel
Ortiz  só havia sido colaborador do Silvio de Abreu em Passione (2010)  e Guerra dos Sexos (2012),
soou como uma repetição do ocorrido com as tramas antecessoras. 
        Ledo engano! Os velhos clichês
remasterizados por Ortiz e um elenco digno de um novelão fizeram de Alto Astral uma grata surpresa e uma boa novela do horário das
sete desde Sangue
Bom (2013), da Maria Adelaide Amaral. 
        Claudia Raia foi a estrela da novela e isso foi reconhecido
inclusive pelo próprio autor, que fez questão de comemorar os 30 anos de
carreira da atriz dentro da trama como forma de agradecimento pelo que ela
fez  pela novela e transformou  a Samanta Paranormal em uma espécie de
sub-novela de Alto
Astral. A  dobradinha  Samanta/ Pepito  personagem do estreante  Conrado
Caputto,  rendeu as melhores cenas da
trama e os dos foram homenageados no capítulo final com direito a dança árabe e
coraçãozinho da Cláudia e Caputto no final. Os personagens seguram por alguns
meses a trama, enquanto o autor segurava  a história principal que envolvia a
maternidade da Laura (Nathália Dill). 
        Outras tramas bem
delineadas também foram destaques em Alto Astral : 
- A Dupla vida da Tina, personagem da Elizabeth Savalla, que novamente roubou a cena transformando
uma  coadjuvante em estrela;
- A História de Amor, ódio e vingança  entre Itália (Sabrina Petraglia) e César
(Alejandro Claveaux) ;
- A Trama da Scarlett (Mônica Iozzi); 
- E as assombrações, que nos fizeram rir mais do que assustaram. 
No elenco  a trama  recheada de nomes como Cristiane Torloni, Elizabeth Savalla, Silvia Pfeiffer, Otávio Augusto
e  uma participação especialíssima da Maitê Proença  entre outros, deram a credibilidade que a
novela precisava, e nessa contrapartida nomes ainda pouco conhecido também não
fizeram feio, como Sophia Abrão,
Giovanna Lancelotti, Raquel Fabbri , além da  Mônica
Iozzi que não poderia ter estreado de melhor maneira. 
        Sérgio Guizé e Nathalia Dill, que inicialmente eu mesmo critiquei pela
 falta de química , acabaram  dobrando os críticos e transformaram o Caique
e Laura em um bom casal de protagonista. A Química foi tanta que a relação
ultrapassou a ficção. 
        Acho
que o autor acertou também em tratar sobre espiritismo sem  a preocupação de ser didático e com muito
humor transformou “assombrações” em personagens inesquecíveis. 
        Com Alto Astral, Daniel Ortiz se
credenciou para entrar no primeiro time de autores da Globo. Transformou uma sinopse da saudosa Andrea Maltorolli em uma novela digna dos bons tempos do horário. 
        Como diria a Samanta ... 
        “Tô ôca,  Saaabe o Ortiz está de Parabéns !!” 
Fonte : 
Texto : Evaldiano de Sousa 
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