Neste domingo (28.06) , a
famosa novela que apresentou o terremoto que matou quase todos os seus
personagens completa 48 anos de estreia. Anastácia, a Mulher sem Destino, novela do autor Emiliano Queiroz, protagonizada por Leila Diniz, foi a quarta trama do
horário nobre global que em 1967 ainda começava a se firmar como a primeira no
seguimento.
Emiliano Queiroz, o eterno Dirceu Borboleta de O Bem Amado (1973), começou na Globo como autor, estreou escrevendo a novela a convite de Glória Magadan que na época era
supervisora de teledramaturgia da casa. Porém a inexperiência do autor e seu já
conhecido grande coração transformou Anastácia em uma
novela muito onerosa. Emiliano criava personagens a medida que os amigos lhe
pediam emprego , e assim a altura do capítulo 40 a novela já contava com mais
de 100 personagens.
Essa quantidade desmedida de
personagens somadas a baixa audiência foi o bastante para a Globo recorrer a Janete Clair, contratando-a para salvar a trama. Com carta branca
dada por Glória Magadan, Janete não
viu outra solução se não escrever uma nova novela, e assim criou o famoso terremoto que matou quase todos os
personagens da trama. Apenas quatro personagens sobreviveram ao terremoto: os
interpretados por Leila Diniz, Henrique
Martins, Ênio Santos e Mirian Pires. Leila Diniz passou a interpretar dois
papéis: Anastácia, seu papel original, e a filha dela, depois do salto de 20
anos dado pela autora na trama.
A
tática da autora não transformou Anastácia em um
grande sucesso, mas deixou a novela coerente e assistível, e garantiu sua
permanência na Globo onde ela seria anos mas tarde apelidada de “Usineira
de Sonhos” graças a suas novela que viraram fenômeno.
A história
ambienta-se na Rússia, após o fim do czarismo. Anastácia (Leila Diniz) é uma
moça pobre que ignora quem é seu pai. Filha de uma paixão proibida, foi
abandonada na floresta, sendo encontrada por um velho lenhador, Piérre (Ênio
Santos), que cria a menina com a ajuda de uma conhecida, Gaby (Miriam Pires).
Anastácia cresce e descobre que é a filha caçula do último czar russo, Nicolau
III.
Com a monarquia em decomposição em seu
país, Anastácia vai refugiar-se numa ilha vulcânica das Antilhas, escondendo
sua verdadeira identidade.
Com a eliminação de grande parte dos personagens por conta de um
terremoto, os filhos de Anastácia (Leila Diniz) e Blanche (Aracy
Cardoso) – Henriette (Leila Diniz) e Roger (José Augusto Branco),
respectivamente – assumem papel de destaque na trama.
No intuito de agradar Blanche, que sempre o tratou com desprezo,
Fábio (Edson França) diz à mulher que finalmente encontrou seu filho,
Jean-Paul (Cláudio Calvacanti). Na verdade, trata-se de um impostor. O menino
tem um comportamento agressivo, mas Blanche está disposta a conquistar seu
amor.
Anastácia,
a Mulher sem Destino marcou a
estreia do saudoso Hugo Carvana na Globo.
A Novela passou a figurar ultimamente
nas redes sociais como solução para a trama de Babilônia. Alguns seguidores dizem
que para salvar a trama das nove só um terremoto tal qual acontecera em Anastácia, a Mulher
sem Destino. Em 1998, Silvio
de Abreu jogou na explosão do Shopping que já estava programada na novela Torre de Babel,
alguns personagens que não agradaram ao grande público. A Explosão foi
comparada também ao terremoto criado por Janete
Clair.
Anastácia,
a Mulher sem Destino,
acabou sendo a primeira novela de Janete
Clair na Globo em parceria com Emiliano Queiroz. Sua primeira novela
solo foi Sangue e
Areia em 1968.
Ficha
Técnica:
Autores : Emiliano Queiroz e Janete Clair
Direção Geral : Régis Cardoso
Supervisão : Glória Magadan
Elenco:
LEILA
DINIZ – Anastácia
HENRIQUE MARTINS – Henry de Monfort
ÊNIO SANTOS – Piérre
MIRIAN PIRES – Gaby
ARACY CARDOSO – Blanche
EMILIANO QUEIRÓZ – Pepe
NEUZA AMARAL – Helenne
HUGO SANTANNA – Bernard
CLÁUDIO CAVALCANTI – Jean Paul
DARY REIS – Dunerville
EDSON FRANÇA – Fábio
PAULO G0NÇALVES – Tomé
e outros
HENRIQUE MARTINS – Henry de Monfort
ÊNIO SANTOS – Piérre
MIRIAN PIRES – Gaby
ARACY CARDOSO – Blanche
EMILIANO QUEIRÓZ – Pepe
NEUZA AMARAL – Helenne
HUGO SANTANNA – Bernard
CLÁUDIO CAVALCANTI – Jean Paul
DARY REIS – Dunerville
EDSON FRANÇA – Fábio
PAULO G0NÇALVES – Tomé
e outros
Exibição : 26 de Junho à 16 de Dezembro de 1967
Capítulos : 125
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com,
memóriaglobo.com , Wikipédia.com
Você saberia me dizer qual era a canção de abertura dessa novela?
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