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Roque Santeiro completa 30 anos!


        O Primeiro fenômeno da teledramaturgia  ao qual assisti  completa hoje 30 anos. Tinha apenas 7 anos e fiquei encantado com aquele  microcosmo em forma de sátira do Brasil mostrando a força de um mito acima da  verdade. Essa era a mensagem principal da novela Roque Santeiro, do autor Dias Gomes  no ar pela Globo a partir de 24 de junho de 1985. Embora ainda aos 7 anos ,  óbvio não entendia assim.



        O que me encantava na novela era a Porcina da Regina Duarte esbanjando adereços, cores e muita luxúria  em parceria com Senhorzinho Malta do Lima Duarte. Lembro-me como agora de quantas noites tive pesadelos com o lobisomem da novela vivido pelo Ruy Resende, ou sonhei em visitar a boate Sexus  e ser recepcionado por Matilde (Yoná Magalhães), Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Ísis de Oliveira).
        A Novela se transformou em um dos maiores sucessos da teledramaturgia nacional e o Brasil foi tomado pelo vocabulário, trejeitos e bordões que os personagens apresentaram.  Roque Santeiro  foi encomendada para ir ao ar em 1975 para comemorar os 15 anos da Rede Globo, mas horas antes de estrear a censura vetou a novela alegando que que ela tinha “Ofensa à moral e aos bons costumes”. Cid Moreira leu o editorial  escrito por Armando Nogueira no Jornal Nacional minutos antes da suposta estreia. A Globo teve que se virar para preencher o horário. Lançou um compacto da novela Selva de Pedra de 1972 e em pouco mais de 90 dias Janete Clair apresentou no horário a novela Pecado Capital com quase todo o elenco de Roque Santeiro. Coincidência ou não,  Pecado Capital é um dos maiores sucessos da autora, mesmo tendo sido feita às pressas.
        Roque Santeiro  foi baseada na peça  de Dias GomesO Berço do Héroi, de 1963 que também foi proibida dois anos depois da sua primeira montagem pela censura.
        Em 1985, finalmente a história do mito religioso que virou santo e a viúva que foi sem nunca ter sido pode  ser contada e apresentada tal qual Dias Gomes queria para o Brasil inteiro.  A Novela se transformou em fenômeno nacional e mesmo hoje quase 30 anos depois de sua estreia  é citada como sinônimo de  sucesso no gênero.
        A Novela marcou a estreia de Dias Gomes no horário das oito e o gênero apresentado. Antes de Roque Santeiro as novelas ditas regionais eram apresentadas quase sempre no horário das 22 horas. A trama foi a primeira sem locações urbanas, tudo era ambientada na fictícia cidade de Asa Branca.



        Uma briga particular pela autoria da trama aconteceu nos bastidores da Globo. Dias Gomes, cansado do ritmo pesado da Tv solicitou ajuda na autoria, e a emissora deu à Aguinaldo Silva esta incumbência. Dias escreveu até o capítulo 51 e os 48 finais,  já Aguinaldo escreveu  os 110 do meio. Vendo pelas quantidades de capítulos a novela é mais do Aguinaldo do que do Dias Gomes, não é? Ou seja, qual deles transformou Roque Santeiro em fenômeno?  Fato é que depois de Roque Santeiro, Aguinaldo Silva escreveu duas novelas “urbanas” , mas só  explodiu com o sucesso da adaptação do romance de Jorge Amado, Tieta em 1989, que seguiu o estilo de Roque Santeiro.



        A História do falso santo  mistificado pela alta sociedade asabranquense que viu   em Roque a chance de transformar a cidade em um ponto turístico, bombando o comércio da exploração desse mito, teve seu ápice em uma das cenas mais emblemáticas da novela.   Padre Albano (Cláudio Cavalcanti),  que representava a  nova igreja com uma visão mais humana e progressistas  sobre a humanidade, bate o sino da igreja no intuito de contar para toda cidade sobre o falso santo, e que Roque (José Wilker) na verdade havia assaltado a cidade e estava vivo. Na hora em que toda a cidade está reunida  na praça da matriz , Beato Salu (Nelson Dantas) , o pai de Roque que estava em coma há alguns dias,  simplesmente sai do coma e invade a praça. O Povo logo atribui a cura do beato a Roque Santeiro, deixando Padre Albano sem chances de destruir o mito, constatando a força que ele tem.



        O elenco da trama sem dúvidas foi um dos maiores acertos da produção. Regina Duarte brilhou absoluta na pele da fogosa e extravagante Viúva Porcina. A personagem na versão de 1975 seria vivida por Betty Faria, a atriz não aceitou fazer em 1985, e assim a Regina pode mostrar um novo lado do seu trabalho e se consagrou como grande estrela numa interpretação visceral da viúva que foi sem nunca ter sido.  O Figurino, maquiagem e extravagâncias da personagem foram copiados nos quatro cantos do Brasil.



         Mas outros atores também eternizaram seus personagens com interpretações irretocáveis, como Lima Duarte e o inesquecível Senhorzinho Malta; José Wilker que viveu o protagonista Roque;   Ary Fontoura  na pele do Florindo Abelha;  Eloisa Mafalda e sua Dona Pombinha; Lucinha Lins que deu vida a Mocinha; Cássia Kiss Magro e a reprimida Lulu, Armando Bógus e seu Zé das Medalhas; o Cego Jeremias vivido pelo Arnaud RodriguesPaulo Gracindo na pele do Padre Hipólito, Fábio Jr e o galanteador ator Roberto Matias;  Lídia Brondi e destemida Tânia  entre outros.  

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        Foi a partir do sucesso da trilha de Roque Santeiro Nacional que a Som Livre passou a lançar trilha sonora volume 2 ao invés da internacional das novelas regionais.  A Trilha internacional de Roque Santeiro já estava prontinha para ser lançada quando a emissora resolveu cancela-la e lançou o Volume 2 com mais músicas nacionais que novamente fizeram sucesso. Entre alguns dos sucessos  da trilha da novela vale destacar “De Volta Pro Aconchego” da Elba Ramalho; “Dona” do Roupa Nova; “Sem Pecado e Sem Juízo” da Baby do Brasil; “Mistérios da Meia-Noite” do Zé Ramalho; “Roque Santeiro” do Sá e Guarabira; “Vitoriosa” do Ivan Lins entre outras sucessos.
        A Novela recebeu o prêmio de Melhor ator (Lima Duarte), Melhor Atriz (Regina Duarte) e Revelação do Ano (Cláudia Raia) da APCA e do Troféu Imprensa.



        Na trama vale destacar também tramas paralelas que ajudaram a segurar a atenção dos telespectadores nos 209 capítulos, como a disputa interna dentro da igreja representada pelo Padre Hipólito (Paulo Gracindo) e Padre Albano (Cláudio Cavalcanti);  O amor que surge na metade da novela entre Tânia, vivida pela Lídia Brondi, a filha do Senhorzinho  Malta e Padre Albano;  a Boate Sexus, da Matilde (Yoná Magalhães) que trazia para Asa Branca show com lindas mulheres sensualizando, o que escandalizava as beatas da cidade; e a figura do Lobisomem, que assustava a mulherada da cidade nas noites de lua cheia. No final é revelado que o místico personagem era o Professor Astramor, vivido pelo ator Ruy Resende, o principal suspeito desde o início da novela.



        A Novela apresentou um final ao estilo do filme Casa Blanca. Porcina tinha que decidir se abandonaria Asa Branca viajando com Roque, ou se continuaria na cidade com Senhorzinho Malta, sendo eternamente a Viúva de Roque. O Capítulo que deu  95 pontos de IBOPE em São Paulo, acabou mostrando a Viúva ficando em Asa Branca, provando que o Mito havia vencido a verdade e a cidade continuaria da mesma forma.
        Roque Santeiro foi reprisada pela primeira vez em 1991, dentro da faixa onde era apresentada a Sessão Aventura com séries americanas. Esta  reprise foi satisfatória, porém curiosamente em 2000 quando foi  reprisada no Vale a Pena Ver de Novo  não obteve bons índices, assim como na reprise do Canal Viva em 2011.  A Novela foi a primeira a ser comercializada em DVD em 2010 em comemoração aos seus 25 anos de estreia.
        Quem não repetiu incessantemente o “Tô Certo, ou Tô Errado?” do Senhorzinho Malta ou não berrou o “Minaaaaaaaaaaaaaa”  repetindo o sonora grito que Porcina dava sempre que precisava da empregada  vivida pela atriz Ilva Nino ?
        A novela é  clássica que sempre será lembrada e reverenciada. Um ponto importantíssimo  na teledramaturgia nacional.

.... e no A, b, C do Santeiro . . .


Ficha Técnica
Novela do autor Dias Gomes
Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva
Direção Geral : Gonzaga Blota, Marcos Paulo, Jayme Monjardim e Paulo Ubiratan
Elenco :
Regina Duarte, Lima Duarte, José Wilker, Ary Fontoura, Eloisa Mafalda, Lídia Brondi, Lucinha Lins, Fábio Jr, Yoná Magalhães, Armando Bógus, Cássia Kiss Magro, Paulo Gracindo, Cláudio Cavalcanti, Ewerton de Castro, Elizangela, Patricia Pillar, Luiz Armando Queiroz, João Carlos Barroso, Arnoud Rodrigues, Nelson Dantas, Maurício do Valle, Cláudia Raia, Ísis de Oliveira, Othon Bastos, Oswaldo Loureiro, Ilva Nino, Elizangela, Tony Tornado, Maurício Mattar, Alexandre Frota entre Outros.
Exibição : 24 de Junho de 1985 à 22 de Fevereiro de 1986
Capítulos : 209


Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
 Pesquisa : memóriaglobo.com, teledramaturgia.com e Wikipédia.com

       
               
       

        

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