I Love Paraisópolis apresenta nesta sexta-feira (04.09) seu centésimo
capítulo. A Novela de Alcides Nogueira e
Mário Teixeira já é considerada um sucesso por logo em seus primeiro
capítulos conquistar um público cativo e
por muitas vezes ter dado mais
audiência que Babilônia,
a trama das nove recém terminada, o que fez o autor Gilberto Braga até mencionar o fato em entrevistas.
I Love Paraisópolis aparentemente não
trazia nada de novo. É um folhetim, com
um casal bem ao estilo Romeu e Julieta tendo a condição social entre eles como
maior empecilho para esse amor acontecer. Mas diferente do esperado, o triangulo amoroso entre Benjamim
(Maurício Destri) e Marizete (Bruna Marquezine) apesar do vai e vem inicial, acabou se transformando numa
boa trama, e o fato de a terceira ponta desse triangulo, a Margot (Maria Casavedall)
não ser simplesmente uma mulher
rejeitada que jura vingança à mulher que tirou o amor. O perfil cômico da personagem
é seu maior trunfo. Aliás, o quarteto de protagonistas numa química jamais
vista (afinal são dois casais na vida
real também) é um dos pontos fortes da trama. Confesso que não apostava no
quadrilátero Bruna Marquezine, Maurício
Destri, Caio Castro e Maria Casavedall, porém meu medo foi de água abaixo, e eles viraram os pilares da novela.
Não
posso deixar de citar a também Letícia Spiller com uma das responsáveis pelo sucesso de I Love Paraisópolis.
A Vilã Soraya e seu sotaque quase francês, reina absoluta e já entrou para o hall das
vilãs adoráveis da história da teledramaturgia. A Letícia Spiller fazendo vilã é sempre um presente para o
telespectador. Sua dobradinha com o fiel escudeiro Junior, do ator Frank Menezes, rende as melhores cenas cômicas da trama.
Mas a
trama tem um leque de personagens com perfis irresistíveis e esses personagens
também seguraram esse público cativo,
enquanto a trama principal tinha que esperar um pouquinho para acontecer.
Como
não rir da falta de inteligência da dupla Javai e Omara, dos atores Babu Santana e Priscila Marinho; das
loucuras do Lindomar, do Gil Coelho;
A Melodia da Olívia Araújo; a Ximena
da Caroline Abras; a Rosiclar da Paula Cohen; a Silvéria da Ilana Kaplan e a Danda da Tatá Werneck, tão criticada inicialmente, mais que se mostrou muito além do que uma
atriz de humor de personagem único. Citei apenas alguns, mas praticamente todos
que povoam a comunidade da trama são figuras inacreditáveis.
Do
elenco veterano a estrela é Nicete Bruno,
brilhando como de praxe numa personagem sob medida. A Dona Izabelita é aquele
tipo de senhora que adoramos ter por perto, e é impossível imaginar que ela não
exista de verdade.
I Love Paraísópolis era
considerada apenas mais uma trama
com uma favela como núcleo e como tal não apresentaria nada de novo. Ledo
engano, a trama é bem escrita, com tipos onde os atores puderam crescer a cada
semana mostrando a novela é muito além de
uma “Faveladaaaaaaaa”.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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