Ele é
o autor da novela do horário nobre mais aguardada de todos os tempos. João Emanuel Carneiro está nas mãos com
a incumbência de fazer o horário nobre global voltar a ser horário mais visto da tv brasileira, depois do
fraco desempenho da trama anterior, Babilônia do autor Gilberto Braga.
Apesar
do pouco tempo de carreira, João Emanuel
Carneiro é responsável por grandes sucessos no horário das sete, além do
fenômeno Avenida
Brasil em 2012.
A Regra do Jogo, ainda não entrou nos
trilhos, e se tornou o fenômeno esperado, mas o João Emanuel Carneiro que é um autor muito flexível já passou por
isso antes em A
Favorita (2008), e tem capacidade e talento suficiente para
contornar esse fraco desempenho inicial de A Regra do Jogo e
transformá-la em sucesso absoluto.
O
Autor deu seus primeiros passos aos 14 anos, quando colaborava com cartunista Ziraldo, roteirizando histórias em quadrinho.
Aos 22
anos o autor foi premiado como roteirista do curta-metragem Zero a Zero,
fazendo com que João Emanuel optasse definitivamente pela profissão. Além
deste, colaborou ainda nos roteiros de filmes como Central do Brasil, Orfeu, O Primeiro Dia, Cronicamente
Inviável, Deus é Brasileiro e Castelo Rá-Tim-Bum.
Antes
de estrear em voo solo, João Emanuel
Carneiro, foi colaborador da Maria
Adelaide Amaral nas minisséries A Muralha (2000) e Os Maias (2001),
e do Euclydes Marinho na novela Desejos de Mulher (2002).
Em
2004, João Emanuel Carneiro emplacou
sua primeira novela solo. Da Cor do Pecado, protagonizada por Tais Araújo, Reynaldo Gianecchinni e
Giovanna Antonelli. A novela foi sucesso absoluto se transformando na
novela das sete de maior audiência desde A Viagem (1994) da Ivani Ribeiro. Da Cor do Pecado ainda
tem o título de primeira novela global a ter uma negra como protagonista, e ao
contrário do que muitos temiam, a trama da novela não ficou centrada no romance
inter-racial dos seus protagonistas, levantando bandeiras ou polêmicas, o autor
preferiu deixar essa diferença nas entrelinhas e focar nos problemas cotidianos
independente da cor da pele dos seus
personagens.
Em
2006, o autor voltou ao horário das sete com outro grande sucesso, a novela Cobras e Lagartos.
A trama alavancou o horário das sete, derrubado por Bang Bang, do Mário Prato, e foi um das novelas de maior audiência da década de 2000, junto com Da Cor do Pecado.
O
Sucesso do horário das sete levou João
Emanuel Carneiro para o horário nobre, e A Favorita (2008)
sua novela de estreia. O Autor sofreu
para levantar a audiência de A Favorita, que levou o rótulo de “pior estreia do
horário nobre”. Porém a rejeição inicial foi sanada com a revelação de quem era
a mocinha e a vilã da história no capítulo 56, numa cena inesquecível
protagonizada por Cláudia Raia e
Patrícia Pillar. Flora, a personagem da Patrícia Pillar se revelou ser a grande vilã da novela com um alto
requinte de crueldade. A personagem consagrou Patrícia Pillar e A Favorita foi
reconhecida como um novelão em seu
conjunto da obra.
Enquanto
preparava Avenida
Brasil, o autor supervisionou a novela Cama de Gato
(2009) das autoras Thelma Guedes
e Duca Rachid e escreveu o elogiadíssimo seriado A Cura, em parceria com Marcos Bernstein.
Porém
foi em 2012, com o fenômeno em forma de novela chamada Avenida Brasil, que o autor entraria
de vez para o hall dos grandes autores globais.
Com a
saga de Rita (Débora Falabella) e sua vingança contra a mulher que destruira
sua família no passado, a grande vilã Carminha (Adriana Esteves), o autor parou
o Brasil à frente da tv como não acontecia há anos. Avenida Brasil foi comparada a grandes sucessos de audiência como Selva de Pedra (1972), Roque Santeiro (1985),
Vale Tudo (1988) e Terra Nostra (1999)
entre outros.
Carminha, a personagem de Adriana Esteves, foi
catapultada a grande vilã da história da teledramaturgia nacional,
ultrapassando outros nomes como a Nazaré Tedesco de Senhora do Destino (2004) ou a Odete Roitmann de Vale Tudo (1988).
Aliás,
criar vilas louras e más virou uma espécie de amuleto pro João
Emanuel Carneiro em suas tramas. A primeira foi a Bárbara,
inesquecivelmente interpretada pela Giovanna
Antonelli em Da Cor do Pecado (2004); A
Leona, da Carolina Dieckmann em Cobras e Lagartos (2006) e a perversa Flora, que a Patrícia Pillar viveu em A Favorita (2008).
O amuleto
da vez agora é Atena, personagem que a Giovanna
Antonelli interpreta na trama de A Regra do Jogo, que eu torço muito para entrar no
tom e brilhar como as outras inesquecíveis vilãs criadas pelo autor.
João Emanuel Carneiro aos 45 anos já é
considerado um dos grandes novelistas brasileiros e inovou ao mostrar novelas com personagens que não
saem da nossa imaginação como o Foguinho (Lázaro Ramos em Cobras e Lagartos) , Pai Helinho
(Mateus Nachtergaelle em Da Cor do Pecado); Ellen (Tais Araújo de Cobras e Lagartos); Leleco (Marcos
Caruso em Avenida
Brasil); Tufão (Murilo Benício em Avenida Brasil) e outras centenas de
personagens que sairão da cabeça do autor para entrar na história.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : wikipédia.com, memoriaglobo.com
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