Sou fã
declarado do Walther Negrão, e não
canso de falar isso aqui no Blog. Hoje (17.09) tem uma trama do autor que está
completando 31 anos de estreia, e tal qual várias outras, Livre para Voar foi mais uma novela de sucesso do autor que conquistou o público pela
simplicidade e as belas locações
passadas em cidades do interior desse Brasilzão.
Livre para Voar se passava em Poços de Caldas, em Minas Gerais, onde
o protagonista Pardal, vivido pelo Tony
Ramos se refugiava do passado escondendo seu nome verdadeiro. Ao chegar na
cidade fica amigo de Pedrão (Elias Gleiser) , um ex-maquinista da estação
ferroviária, e faz de um velho vagão de trem a sua residência. Conhece Gibí
(Fernando Almeida), um menino fugido de um orfanato, e o leva para morar
consigo no vagão. Enquanto usa de ferro velho para desenvolver sua arte, Pardal
conhece e se apaixona pela doce Cristina (Carla Camurati), uma operária numa
fábrica de cristais.
Mas ele não
sabe que Cristina na realidade é Bebel, filha do dono da fábrica, que após a
morte do pai, retorna ao Brasil para tomar conta dos negócios. Bebel, então
desconhecida de todos, se infiltra na empresa como a simples moça do cafezinho
para descobrir quem está por trás da morte do pai. Ao mesmo tempo em que Bebel
é Cristina e se apaixona verdadeiramente por Pardal, é assediada na direção da
empresa por Danilo (Carlos Augusto Strazzer), um homem inescrupuloso que tem um
relacionamento doentio com a neurótica Helena (Dora Pelegrino). Ao descobrir a
verdadeira identidade de Cristina, Pardal renega Bebel, mas esquece que ele
mesmo tem muito a esconder. Pardal é na verdade um arquiteto, acusado injustamente
de ter cometido um crime.
Livre para Voar tinha todos os ingredientes constantes nas tramas do Walther Negrão. Elias Gleiser, marcado por vários personagens que
viveu do autor, estreou na Globo com o maquinista Pedrão. O personagem foi uma
homenagem do autor a seu pai, que também foi maquinista.
Tal
qual aconteceu em O Primeiro Amor (1972) com Shazan e Xerife (Paulo José e Flávio Migliaccio) e com Ciro
e Soró (Cláudio Marzo e Arnoud Rodrigues) em Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), o
autor criou mais uma dupla que conquistou o coração do telespectador infantil.
A relação paternal e fraternal entre Pardal e Gibí (Fernando Almeida) foi um
dos pontos fortes e emocionantes da novela. O saudoso Fernando Almeida estreou em Livre para Voar e
logo se transformou num menino prodígio depois do sucesso do personagem.
A trama
principal de Livre para Voar, apesar de ter Tony Ramos e Carla Camurati à frente,
acabou se tornando muito fraca, e o destaque ficou por conta de outras tramas
paralelas como a relação doentia entre Danilo e Helena, personagem vividos pelo
Carlos Augusto Strazzer e Dora Pelegrino.
Nívea
Maria e Cássio Gabus Mendes, que se
encontravam como par romântico no decorrer
da trama, também tiveram destaque com a relação e a diferença de idade
entre eles.
Livre para Voar marcou a estreia de Alcides Nogueira como
colaborador na Globo. O Autor auxiliou
Walther Negrão na trama. A novela
marcou a estreia de vários atores que fariam nome na história da
teledramaturgia nacional, como Cássia
Kiss Magro, Denise MIlfont, Alexandre Frota, Guida Viana, Dora Pelegrino e
o saudoso Rodolfo Bottino.
Tiago Santiago,
hoje conhecido autor de novelas, estreou como ator na trama de Livre para Voar.
Outro
núcleo que chamou atenção em Livre para Voar, foi a Família de Helena (Dora
Pelegrino), seus pais, Álvaro (Ednei Giovenazzi) e Marta (Suzana Faini). Álvaro
era sócio das industrias de cristais da trama, porém devido a problemas com
bebidas se afastava da empresa e a cada dia da família. Marta vivia o dilema de
ter que esconder da família a real condição do marido diante dos filhos,
dizendo que o mesmo vivia fora à
trabalho.
Jorge de Salles, famoso artista plástico, foi o responsável pelas
esculturas que Pardal fazia na trama.
O perfil extremamente romântico dos protagonistas traçado pelo autor foi
muito criticado na época. Porém Walther
Negrão declarou que havia se baseado em uma pesquisa feita pela agência McCann Erickson, Retrato de Um Jovem Brasileiro, que, em outros dados, revelava que
95% dos jovens eram conservadores e românticos.
Em seu conjunto da obra Livre para Voar foi
um sucesso. O Pardal do Tony Ramos é
um dos personagens mais lembrados feito pelo ator, apesar de ser uma trama das
seis. O Apelido Pardal, abreviatura do
verdadeiro nome do personagem, Paulo Alberto Ramos de Almeida Lima, fixou na
memória do telespectador e por anos vários colegas e amigos foram apelidados
assim também.
O
Clima bucólico quase sempre presente nas tramas do autor foi outro diferencial
em Livre para
Voar. A Cada cena com
locações da cidade, parecia que esta na calçada da minha cidade, que também é
de um interior do Brasil, mostrando ainda mais a proximidade da genialidade
inventiva do autor com a nossa realidade.
Muito
bom relembrar a novela, e fica mais uma ótima opção de reprise para o Canal Viva.
Ficha Técnica:
Novela
do Autor Walther Negrão
Direção
Geral: Wolf Maia
Elenco:
TONY RAMOS – Pardal (Paulo Alberto
Ramos de Almeida Lima)
CARLA CAMURATTI – Bebel / Cristina
CARLOS AUGUSTO STRAZZER – Danilo
DORA PELEGRINO – Helena
ELIAS GLEIZER – Pedrão
LAURA CARDOSO – Carolina
NÍVEA MARIA – Bia
EDNEY GIOVENAZZI – Álvaro
CÁSSIA KISS – Verona
CÁSSIO GABUS MENDES – Edu (Luiz Eduardo)
THAÍS DE CAMPOS – Julinha
SUZANA FAINI – Marta
JOÃO CARLOS BARROSO – Alvinho
ÉLIDA L’ASTORINA – Tuca
ABRAHÃO FARC – Lau
MIGUEL FALABELLA – Dr. Sérgio
SORAYA D’AVILLA – Heloísa
VERA GIMENEZ – Lígia
ROGÉRIO FRÓES – Dr. Geraldo
JORGE CHERQUES – Max
RODOLFO BOTTINO – Jajá
DENISE MILFONT – Janda (Jandira)
TIAGO SANTIAGO – Quim
ALEXANDRE FROTA – Cecílio
CÁSSIA FOURREAUX – Rô
DÉBORAH FUCS – Suzana
OSWALDO CAMPOZANA – Eurico
ELISABETH HENREID – Dona Xida
GUIDA VIANA – Divina
CLÉA SIMÕES – Cema
PAULO CÉSAR GRANDE – Calío
TONY VERMONT – Tio
BETO SUTTER – Caniço
o garoto FERNANDO ALMEIDA – Gibi
e
JORGE DÓRIA – J.J.
EDYR DE CASTRO – testemunha comprada para colocar Pardal na cadeia
a bebê FERNANDA CASTRO – Cristina (filha de Bebel)
CARLA CAMURATTI – Bebel / Cristina
CARLOS AUGUSTO STRAZZER – Danilo
DORA PELEGRINO – Helena
ELIAS GLEIZER – Pedrão
LAURA CARDOSO – Carolina
NÍVEA MARIA – Bia
EDNEY GIOVENAZZI – Álvaro
CÁSSIA KISS – Verona
CÁSSIO GABUS MENDES – Edu (Luiz Eduardo)
THAÍS DE CAMPOS – Julinha
SUZANA FAINI – Marta
JOÃO CARLOS BARROSO – Alvinho
ÉLIDA L’ASTORINA – Tuca
ABRAHÃO FARC – Lau
MIGUEL FALABELLA – Dr. Sérgio
SORAYA D’AVILLA – Heloísa
VERA GIMENEZ – Lígia
ROGÉRIO FRÓES – Dr. Geraldo
JORGE CHERQUES – Max
RODOLFO BOTTINO – Jajá
DENISE MILFONT – Janda (Jandira)
TIAGO SANTIAGO – Quim
ALEXANDRE FROTA – Cecílio
CÁSSIA FOURREAUX – Rô
DÉBORAH FUCS – Suzana
OSWALDO CAMPOZANA – Eurico
ELISABETH HENREID – Dona Xida
GUIDA VIANA – Divina
CLÉA SIMÕES – Cema
PAULO CÉSAR GRANDE – Calío
TONY VERMONT – Tio
BETO SUTTER – Caniço
o garoto FERNANDO ALMEIDA – Gibi
e
JORGE DÓRIA – J.J.
EDYR DE CASTRO – testemunha comprada para colocar Pardal na cadeia
a bebê FERNANDA CASTRO – Cristina (filha de Bebel)
Exibição:
17 de Setembro de 1984 à 12 de Abril de
1985
Capítulos:
184
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : memóriaglobo.com,
teledramaturgia.com, Wikipédia.com
muito bacana.
ResponderExcluirTambém sou muito fanzoca dessa linda novela!
ResponderExcluirVale a pena ver de novo .
ResponderExcluirOu no viva .
Sim, vale a pena ver e rever de novo. Eu criei um grupo da novela Livre Para Voar no Facebook, com muitas cenas inéditas.
ResponderExcluirEspero por vocês lá: https://www.facebook.com/groups/livreparavoar.novela