Carlos Vereza que vive atualmente o
Padre Luiz na trama de Além do Tempo, da autora Elizabeth Jhin, é considerado um autodidata e um dos grandes atores
brasileiros. Militante e engajado, o ator foi por mais de 20 anos atuante no Partido Comunista Brasileiro.
Quando
jovem , Carlos Vereza era
frequentador assíduo de programas de auditório. Um dia na porta da emissora na
Urca, ouviu um diretor falar que um ator havia faltado na gravação. Ele não
pensou duas vezes e se ofereceu para substitui-lo. Pouco tempo depois foi contratado e começou a
trabalhar no Programa Noite de Gala.
Na
Tupi, conheceu Oduvaldo Viana Filho, que o levou para o CPC, cuja sede ficava no mesmo prédio da UNE. Carlos Vereza
passou três anos na CPC fazendo teatro de rua, na mesma época em que atores
como Ferreira Gular, Arnaldo Jabor
, Flávio Migliaccio entre outros.
Na
Tv, o ator estreou na trama da novela Um Gosto Amargo de
Festa, do autor e ator Cláudio
Cavalcanti; e na Globo estreou
em Assim na
Terra como no Céu, novela do autor Dias Gomes.
Carlos Vereza atuou em mais 30 peças
teatrais e escreveu duas. No cinema atuou em mais de 20 filmes, entre eles Memórias de Um
Cárcere
(1984), do Nelson Pereira
dos Santos, no qual viveu Graciliano
Ramos.
Miro
de Selva de Pedra (1972)
“Amizadinha?”
Esse
foi o bordão imortalizado na trama de Selva
de Pedra, pelo personagem Miro.
Criado por Janete Clair, o
personagem é o primeiro de maior destaque vivido pelo Carlos Vereza. Ao lado da saudosa Dina Sfat, que viveu a Fernanda, eles foram o destaque desse grande sucesso da autora.
Senhor
de Montserrat de Direito de Amar (1987)
com a GLORIA PIRES e LAURO CORONA |
Eu
particularmente considero o Senhor de Montserrat o melhor momento do Carlos Vereza na tv. O personagem foi o
grande destaque da trama de Direito de Amar, do autor Walther Negrão. O Carisma e o charme do Vereza fizeram com que o
público feminino torcesse por um final feliz dele com Rosário (Glória Pires).
Mas, ele era o vilão e o autor teve que
intensificar as maldades do personagem para convencer o público que ele não
merecia uma redenção. Um trabalho
impecável e uma interpretação segura desse grande ator.
Queiroz
Antunes de Pacto de Sangue (1989)
com a CARLA CAMURATI |
Em
1989, Carlos Vereza e Carla Camurati
protagonizaram a novela Pacto de Sangue ,
da autora Regina Braga. O personagem
era um fazendeiro conservador e que via depois da morte do filho a chance de se
transformar em uma pessoa melhor, tendo que criar um escravo no lugar do filho
morto, a pedido do mesmo, e ao se apaixonar pela simplória professora Aymée,
personagem da Carla. O Queiroz Antunes foi outro grande personagem no currículo
do Vereza.
Max
Laport de Pátria Minha (1994)
com a LILIA CABRAL e VERA FISCHER |
Em
1994, a trama milimétrica de Pátria Minha,
novela do autor Gilberto Braga, Carlos
Vereza entrou em seu decorrer vivendo o personagem Max Laport, que era o
ex-marido da protagonista Lídia Laport, vivida pela Vera Fischer e pai do
Rodrigo, vivido pelo Fábio Assumpção.
Senador
Roberto Caxias de O Rei do Gado (1996)
com JACKSON ANTUNES |
O
Senador Roberto Caxias, personagem criado pelo Benedito Ruy Barbosa e interpretado impecavelmente pelo ator na trama de O Rei do Gado, foi muito além que o
personagem de sucesso em novela. O Senador serviu como um contra ponto entre a
ficção e a realidade dentro da trama. Mesmo sendo um senador da república,
Roberto Caxias era a voz do povo dentro de um senado que não tinha a menor
preocupação com o povo e em destaque com
o caso do Movimento dos Sem Terra, que era retratado na novela. Inesquecível a
cena em que o Senador faz um discurso inflamado e emocionante sobre o MST para um senado com apenas 3 senadores : Um
cochilando, outro lendo um Jornal e o outro no celular. Carlos Vereza fez um grande personagem não importante não apenas
para história das novelas, mas também para a história política e social do
país.
Joaquim
de O Cravo e a Rosa (2000)
Em O Cravo e a Rosa,
Vereza deu uma parada em seus personagens densos e políticos, e brincou
na pele do vilão Joaquim da trama do Walcyr Carrasco. O Joaquim entrava no
decorrer da novela e praticamente mexeu com todos os personagens com suas
armações e planos. O Personagem era sim o vilão da trama, mas dosado levemente
com humor, o que o transformou em outro personagem inesquecível na carreira do
ator.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : Wikipédia.com,
teledramaturgia.com, memóriaglobo.com
Estimado Evaldiano,obrigado pelo carinho. Espero ser sempre digno de sua atenção. Abraços. Carlos Vereza.
ResponderExcluirPor nada. Você é um patrimônio artístico nacional.
ExcluirPara como o Padre Benício foi escolhida a novela "Velho Chico" e foi sucessor a morte Umberto Magnani com Padre Romão.
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