Atendendo a muitos apelos, o Canal Viva anunciou a reprise de Brega e Chique, uma das seis novelas mais pedidas desde a fundação do Canal. A Trama protagonizada
pela saudosa Marília Pêra e Glória Menezes é uma das clássicas escritas pelo autor Cassiano Gabus Mendes na década de 80.
A trama
que é uma das mais aclamadas do horário das sete global, estará de volta
em meados do segundo semestre de 2018 e promete fazer bonito, principalmente se
levarmos em consideração sua exibição original em 1987 e única reprise no Vale a Pena Ver de Novo em 1989.
A novela conta a história de duas
mulheres: Rafaela Alaray (Marília Pêra) e Rosemere (Glória Menezes) ambas
casadas com Herbert Alvaray (Jorge Dória). A mulher
oficial é Rafaela – que ele chama de Alfa 1 -, uma socialite afetada
e cheia de chiliques. Rosemere – a Alfa 2 -, com quem vive há anos é uma mulher simples, do povo. Mas Herbert está
falido e, para escapar dessa situação, planeja um golpe perfeito: simula a
própria morte e foge do país.
O plano atinge de
maneira adversa suas duas mulheres. Enquanto Rafaela empobrece, Rosemere herda
uma enorme quantia em dólares. A situação se complica quando Rafaela vai
morar com os filhos na mesma vila da periferia onde mora Rosemere. As duas se
conhecem e ficam amigas, sem saber que foram mulheres do mesmo homem.
A história acompanha a
ascensão de uma e a derrocada da outra. Enquanto Rosemere compra uma mansão e
tenta adquirir os novos hábitos de mulher rica, Rafaela é obrigada a
trabalhar, cozinhando para fora, para se manter.
Mesmo com a nova condição,
Rosemere continua sendo assediada por Baltazar (Denis Carvalho), um marceneiro
grosseirão, apaixonado por ela. E Rafaela é vigiada de perto por
Montenegro (Marco Nanini), secretário e cúmplice de Herbert Alvaray, que sempre
nutriu uma paixão platônica pela esposa do patrão.
A história atinge o seu
clímax quando Herbert retorna ao país com outra cara, porte físico e identidade
– Cláudio Serra (Raul Cortez) – e tenta se reaproximar de suas duas mulheres,
sem que elas desconfiem de nada. E é revelado que Zilda (Nívea Maria), a melhor
amiga de Rafaela, é a Alfa 3.
Logo nos primeiros capítulos
, a novela chegou a dar mais audiência que a trama do horário nobre apresentada
na época , O Outro, do Aguinaldo Silva,
e arrebatou o público do início ao fim. Muito do sucesso de Brega e Chique tem que ser
creditado à Marília Pêra, impecável
como a dondoca cheias de chiliques Rafaela Alvaray. A dobradinha com Marco Nanini, o Montenegro, rendeu os
melhores momentos da trama. O Sucesso da
personagem foi tão grande que a brega Rosemere, mesmo vivida magistralmente
pela Glória Menezes, acabou sendo
apagada em cena.
No primeiro capítulo a
novela Brega eChique se viu envolta por uma grande
polêmica. A Abertura, ao som de “Pelado”
do Ultraje a Rigor, terminava com o
modelo Vinicius Manne de bumbum de
fora. No dia seguinte, atendendo alguns telespectadores indignados, a Globo inseriu eletronicamente uma folha
de parreira sobre a bunda do modelo.
Dias depois, após uma nova pressão popular, Vinicius Manne voltou a se apresentar com veio ao mundo e ainda estampou a capa da Lp internacional da trilha da novela. Algo
inimaginável nos dias de hoje.
Claro que o Viva vai manter a abertura original,
assim como fez com a nudez da Isadora
Ribeiro em Tieta (1989) e da Mônica
Carvalho em Mulheresde Areia (1993), não escondendo a
nudez das modelos, tal qual a Globo
fez nas reprises do Vale a Pena Ver de
Novo das tramas.
Com o anuncio da reprise
de Brega e
Chique (1987), o Viva fecha a sua próxima trinca
com Baila Comigo (1981) e Roda de Fogo
(1986), anunciadas anteriormente.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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