Para os
autores, por que a tecnologia é vista como inimiga das novelas?
Uma das primeiras notícias que saiu logo
que O Sétimo
Guardião realmente seria produzida,
foi que Serro Azul, a cidade fictícia da
trama, ficava entre alguns rochedos e montanhas que impediam em 100% a comunicação através de celulares e
sinal de internet. O Recurso foi usado e explicado logo nos primeiros
capítulos, afinal seria impossível
manter o Gabriel (Bruno Gagliasso) quase que desconhecido por uma semana se em
Serro Azul a internet fosse usada normalmente. Em dois segundos, numa pesquisa,
Luz (Marina Ruy Barbosa) descobriria quem ele seria e boa parte do mistério da
trama perderia o sentido.
A Tecnologia trabalhando contra os
entrechos de novelas também ficou evidente na trama de Avenida Brasil, do João Emanuel Carneiro, quando Nina
(Déborah Falabella), simplesmente não salva em um pen-drive as fotos que
provavam a traição de Carminha (Adriana Esteves), algo inaceitável para uma
trama exibida em pleno 2012.
É claro que a tecnologia agilizou certos
acontecimentos, que dentro de uma novela rendem 2 ou 3 capítulos, com a
telefonia celular ficou muito mais fácil localizar pessoas, planejar encontros
ou mandar mensagem de imediato, e certos entrechos de novelas que na década de
80 e 90 dependiam de uma ligação de
telefone fixo, um fax ou até mesmo uma carta via Correios, hoje não dependem
mais.
O Sétimo
Guardião já sabendo que sofreria com essas
comparações, criou até um “olheródromo” como locação, onde na
trama é o único lugar na cidade que se consegue um pouquinho de rede para os
celulares.
Porém se a novela retrata a
realidade, por que os autores de tramas são tão reticentes quando o assunto é a
tecnologia? Por que não escrever novelas
usando esses recursos tecnológicos a favor da narrativa e não dando a
entender que eles prejudicam?
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Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
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