Li muitas críticas ao texto fraco e nada sutil do Daniel Ortiz em Salve-se Quem Puder, a nova trama das sete, que prima por esse caminho mais fácil para garantir e quem sabe segurar a ótima audiência deixada pela impecável história de Bom Sucesso. É um texto fácil sim, sem sutileza, que vem apresentando, principalmente no núcleo das protagonistas, praticamente um esquete de humor seguida da outra. Porém mesmo nitidamente feita apenas para entreter sem a preocupação de fazer o público pensar, a trama pega a gente a cada capítulo. As trapalhadas das protagonistas no sítio dos caipiras, as tais enquetes, são ótimas, e se o telespectador embarcar, por que não?
Claro que alguns ajustes serão necessários porque logo, logo isso vai cansar – Déborah Secco como a atriz canastrona Aléxia e Juliana Paiva como a mocinha mexicana sofredora abandonada pela mãe, estão em suas zonas de conforto e vem dando um show com suas personagens. Aqui vale um parágrafo apenas para a Vitória Strada, que no tom muito acima na pele da Kira, com um perfil muito, muito atrapalhado vem beirando o “over”. Claro que não estou discutindo o talento da intérprete, que sabemos que no drama, como seus dois últimos trabalhos, é uma estrela, mas na comédia o texto não vem ajudando ao perfil da sua personagem.
Com apenas duas semanas no ar, Salve-se Quem Puder ainda tem muito o que mostrar e os outros núcleos prometem, mas apesar de ter uma trama simples e fácil, mas que pega o telespectador , se continuar nessa trilha pode enveredar pelo perigoso caminho do desinteresse do público.
Eu estou apostando numa virada com a volta das protagonistas ao seus núcleos familiares e o encontro da Luna (Juliana Paiva ) como a mãe. Aliás, a troca de família entre a Kira e Aléxia, como prometido nos capítulos da semana passada, pode render bons entrechos. Já imagino a Kira despertando a paixão no Alan (Thiago Fragoso), despertando o ódio da Petra (Bruna Gerin) e a Aléxia com toda a sua exuberância seduzindo o Rafael (Bruno Ferrari), disputando o “noivo viúvo” da amiga com a Renatinha (Juliana Alves).
Enfim são entrechos que podem dar uma boa guinada na história.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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