Denise
Saraceni foi a primeira mulher a quebrar esse muro masculino de diretores
de televisão, ao se tornar a primeira diretora de núcleo da Rede Globo, e sua história explica o
cargo. A Denise desbravou um
caminho difícil e deixou a porta
aberta para muitos outros talentos femininos como Lilian
Amarante, Júlia Jordão, Natália
Grimberg, Maria di Médicis e Amora
Mautner - a nossa homenageada de hoje.
Olha
que curioso, algo que só me toquei agora, até o nome da seção do
blog foi machista, considerou
inicialmente apenas os diretores - “Corta pro Diretor...”. Mas sem problemas, fiz uma adaptaçãozinha agora , perdão para essas nossas grandes
diretoras, que eu vou homenagear agora
através desse poço de talento e perícia chamado Amora Mautner.
A Amora estreou na Tv como atriz, assim
como outros grandes diretores já homenageados aqui, Denis Carvalho e Pedro Vasconcellos, e pouca gente lembra dela lá bem novinha em Vamp (1991), do Antônio
Calmon, onde ela viveu a Paulinha. Mas foi apenas essa novela. Depois fez um Você
Decide e em 1995 estreou como
assistente de direção na primeira temporada de Malhação.
Durante a década de 90, a diretora
esteve por trás das novelas Salsa e Merengue (1996), Anjo Mau (1997),
Dona Flor e Seu
Dois Maridos (1998), Labirinto (1999) e Andando nas Nuvens (1999).
Os anos 2000 a diretora inicia no grande
sucesso O Cravoe a Rosa (2000), do autor Walcyr Carrasco, seguido de Um Anjo Caiu do Céu (2001), do AntônioCalmon; Desejos de Mulher (2002), do Euclydes
Marinho , para o horário das sete; Agora é que São
Elas (2003), do Ricardo Linhares e Celebridade (2003),
do Gilberto Braga.
Em 2004, Amora Mautner foi alçada dentro da Globo ao posto de diretora de núcleo, ou seja a diretora dos
diretores da novela. Muita responsabilidade, mas que com talento ele tirou de
letra. Já sob esse título a, agora
diretora de núcleo, foi responsável pela direção das minisséries Mad Maria (2005), do BeneditoRuy Barbosa e JK (2006), da Maria Adelaide Amaral.
No decorrer da década Amora foi
responsável pelas novelas Paraíso Tropical (2007), do Gilberto Braga; Três Irmãs (2008),
do Antônio Calmon e Cama de Gato (2009), da dupla ThelmaGuedes e Duca Rachid.
Os anos 2010, sem sobra de dúvidas,
foram aqueles que perpetuaram de vez o talento e o nome da Amora Mautner entre os grandes diretores de Tv. Tudo que a diretora
tocou se transformou em sucesso. Iniciou a década com a maravilhosa série As Cariocas (2010), do Euclydes Marinho; seguida do grande sucesso Cordel Encantado, da dupla Thelma Guedes e Duca Rachid
em 2011; o fenômeno Avenida Brasil (2012),
do João Emanuel Carneiro, que muitos
credenciaram 50% do sucesso a cirúrgica direção da Amora; Joia Rara (2013),
da Thelma e Duca novamente e o quadro Eu que Amo Tanto (2014),
para o Fantástico.
Em 2015, Amora foi a responsável pela
direção de mais uma trama do João
Emanuel Carneiro – A Regra do Jogo –
que apesar de considerada muita complexa, o estilo de série, a direção da Amora
foi um dos fatores muito elogiados.
A Década fechou com 2 grandes sucessos
da teledramaturgia – a minissérie Assédio (2018), da Maria
Camargo, baseada em uma história real, considerada um dos melhores produtos
do gênero produzidos pela Globo e a
popularesca A Dona do Pedaço (2019), do Walcyr Carrasco, outro fenômeno de
audiência que teve o toque especial da diretora.
Intensa, perfeccionista e exagerada . .
. esses são alguns adjetivos da “temida” (nos corredores da Globo) Amora Mautner. Como todos os profissionais que buscam a perfeição, e tem que tem que matar um leão por dia,
muitas vezes é incompreendida , mas nem por isso perde seu brilho e a
credibilidade.
Veja Também:
Corta pro Diretor Pedro Vasconcellos |
Novelas Inesquecíveis - Cama de Gato (2009) |
Corta pro Diretor |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br www.memoriaglobo.com.br
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