Relembre 10 clássicos exibidos pelo SBT
Em 5 de abril de 1982, O SBT levava ao ar a primeira novela estrangeira apresenta
no canal aqui no Brasil – Os Ricos Também Choram,
trama exibida originalmente no México entre 1979 e 1980, e o estilo melodramático
elevado ao cubo, acabou seduzindo o Brasil que consumiu as tramas que o SBT
continuou apresentando, e hoje contra todo o preconceito que sempre permeou essas produções , elas ganharam lugar de destaque
nos streaming aqui no Brasil e se
perpetuam ano a no.
Para comemorar essa data relembre 10 clássicos exibidos pelo SBT:
A Estranha Dama (Argentina – 1992)
Lembro-me do fenômeno que foi A Estranha Dama no SBT. Ainda estudava a noite, e era uma correria para chegar a tempo de ver a trama. A Estranha Dama, novela produzida por Omar Romay, do original de Lucy Galardo, foi apresentada no Canal 9 da Tv Argentina em 1989. Protagonizada por Luisa Kollok, Jorge Martinez e Maria Rosa Gallo. O SBT apresentou a novela entre maio e julho de 1992, e em menos de 1 mês a trama voltou a ser apresentada entre agosto de 1992 e janeiro de 1993. A novela contava a história de Gina (Luisa Kollok) que depois de uma desilusão amorosa e descobrir que estava grávida, ela é acolhida por um convento e 17 anos depois era conhecida como Irmã Piedade. Depois de retornar sua cidade, Irmã Piedade passa a frequentar a noite com outra identidade, sendo chamada de A Estranha Dama.
Topázio (Venezuela – 1992)
Topázio consagrou a atriz Grécia Colmenares no Brasil na pele da romântica e sensível cega. A Novela Mostrava a vida dE Topázio (Grecia Colmenares), que se apaixona por Jorge Luis (Víctor Cámara), filho dos donos da fazenda grande, mal sabiam eles que foram trocados à nascença, pois, Topázio foi dada como morta. Topázio tinha um grande amigo Sirilo (Carlos Cámara), que sofria de problemas mentais.
Topázio é uma novela venezuelana produzida e apresentada pelo pelo canal RCTV. A Novela era uma remake da trama de Esmeralda, da cubana Delia Fialho de 1970.
O tema de abertura da versão brasileira, a música “Que Por Que Te Quero” do cantor Carlos Mata, virou hits e tocou incessantemente nas rádios. Inesquecível!
O SBT apresentou Topázio entre 14 de Julho de 1992 e 1º março de 1993.
Chispita (Mexicana – 1984)
Chispita sem dúvidas foi a primeira novela infantil mexicana a se tornar um fenômeno nacional. Lucero, a protagonista, que na época ainda usava o nome artístico de Lucerito, se transformou em estrela do dia para a noite. A Atriz deu uma entrevista para o Gugu no Viva a Noite contando da surpresa do sucesso da trama no Brasil.
O SBT apresentou capítulos tão arrastados e pequenos que a trama ficou mais tempo no ar no Brasil do que na sua exibição original no México em 1982. O SBT apresentou a trama entre 12 de Março à 03 de Novembro de 1984, com mais 3 reprises em 1985, 1992 e 1996.
Durante muito tempo Chispita foi a única novela protagonizada por Lucero apresentada pelo SBT, até Lazos de Amor, em 2006. A Atriz é a protagonista da próxima novela da emissora A Dona, que estreia ainda este mês no SBT.
Chispita é uma remake de Andrea Celeste, produzida em 1979 na Argentina, e protagonizada por Andrea Del Bocca. Em 1996, a Televisa realizou outro remake, Luz Clarita, protagonizada por Daniela Luján.
Rosa Selvagem (Mexicana - 1991)
Verônica Castro, famosa no Brasil desde Os Ricos Também Choram, voltou em grande estilo como a protagonista de Rosa Selvagem, novela inspirada no romance La Gata e La Indomable da Inês Rodena, e em uma história de Abel Santa Cruz , adaptada por Carlos Romero e produzida por Valentin Pimstein, foi sucesso absoluto no Brasil.
A novela conta o drama de Rosa (Verõnica Castro) que vive com sua madrinha em um bairro muito pobre, ela é uma garota muito simples e se veste como um garoto. Ela foi abandonada pela sua mãe, Paulette (Irma Lozano). Num certo dia Rosa vai a uma mansão para roubar maçãs e conhece o dono da casa Ricardo (Guilhermo Capetillo).
Ricardo é um homem rico e que vive em constantes discussões com suas irmãs que sempre querem decidir com quem ele deve se casar.
Simplesmente Maria (Mexicana – 1991)
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Outra atriz mexicana que brilhou no Brasil foi Victoria Ruffo quando Simplesmente Maria tomou conta do horário nobre do SBT e virou fenômeno nacional.
A novela baseada na obra Simplesmente Maria, novela peruana exibida em 1969.
A história extremamente dramática, afinal Maria sofria o pão que o diabo amassou durante praticamente toda a sua trajetória, tomou o Brasil de assalto.
O SBT apresentou a novela entre setembro de 1991 e março de 1992 com uma excelente audiência.
Carrossel (Mexicana – 1991)
Não consigo imaginar a década de 90 sem Carrossel e a professora Helena, a novela mexicana que sem dúvidas é o maior sucesso do gênero no Brasil.
Baseada em Jacinta Pichimahuida, la Maestra que no se Olvida, tem por argumento a história de uma turma de crianças do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Mundial. Juntos, eles descobrem os prós e os contras da vida e procuram resolver seus problemas com alegria e descontração, sempre com o auxílio e carinho da Professora Helena (Gabriela Rivero), que servia como uma segunda mãe para eles.
A novela foi transmitida pelo SBT entre maio de 1991 e abril de 1992 , e reprisada em 1993, 1995 e 1996. A trama foi fenômeno nacional, chegando a ofuscar a trama do horário nobre global da época, O Dono do Mundo, do Gilberto Braga. Gabriela Rivero imortalizou a professora Helena, e impossível imaginar quem não se apaixonou por sua doçura.
Em 2012, O SBT levou ao ar um remake de Carrossel, baseado na obra mexicana, com a atriz Rosanne Mulholland no papel da professora Helena.
Maria Mercedes (Mexicana/1996), Marimar (Mexicana/1996) e Maria do Bairro (Mexicana – 1997)
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A trilogia das Marias se iniciou no SBT em 1996 com Maria Mercedes. A trilogia era uma referência às três novelas protagonizadas pela atriz e cantora mexicana Thalia, que além de Maria Mercedes, tem Marimar e Maria do Bairro. A semelhança entre elas não se resumia apenas à protagonista. O nome das três personagens vividas pela atriz chamava-se Maria, eram muito pobres e ignorantes e as três tramas eram baseadas em sucessos da década de 70 escritos pela autora Inês Rodena.
Para Maria Mercedes, a Televisa pensou primeiramente em Verônica Castro, famosa por Os Ricos Também Choram e Rosa Selvagem, e depois em Lucero, a eterna Chispita, mas os produtores fincaram o pé e puseram Thalia como estrela, que vinha do fracasso Luz y Sombra. A aposta foi certeira. Thalia se transformou em fenômeno nacional primeiramente por sua beleza e sua cintura inconfundível e depois teve seu talento consagrado como grande atriz dramática e cantora. Graças as novelas a atriz veio várias vezes ao Brasil. Laura Zapata, a Malvina de Maria Mercedes é irmã de Thalia na vida real. A irmã como sua antagonista e vilã foi uma exigência de Thalia para protagonizar a novela. Em 2007, o SBT produziu um remake de Maria Mercedes, a novela Maria Esperança protagonizada por Bárbara Paz.
Maria do Bairro, exibida no SBT em 1997, fechou a trilogia das novelas com Thalia, a trama era uma remake de Os Ricos também Choram, e virou um sucesso arrebatador. É a maior novela em número de capítulos das três. O Tema de abertura da novela, assim como as outras duas , também foi gravado por Thalia, porém o sucesso de Maria do Bairro pelo mundo fez a música virar hit mundial, consagrando ainda mais Thalia como cantora.
A Usurpadora (Mexicana - 1999)
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A Usurpadora, o novelão exibido pelo SBT já por seis vezes, está em sua reta final. A história da irmãs gêmeas sendo uma boa e a outra má conquistou o país de tal forma que é impossível encontrar alguém que não a tenha assistido. O Sucesso da novela foi tão grande, que no México depois do seu término, o autor Carlos Romero, criou um espécie de continuação da novela em mais 3 capítulos, que no Brasil foi batizado de “Além de A Usurpadora”.
Gabriela Spanic que viveu as gêmeas Paulina e Paola virou sucesso nacional e veio ao Brasil receber esse carinho pessoalmente. Curioso é que Gabriela tem realmente uma irmã gêmea, a também modelo e atriz Daniela Spanic, que inclusive serviu de dublê para algumas cenas das gêmeas de A Usurpadora.
A Novela foi exibida primeiramente no SBT em 1999, e mesmo com várias reprises a trama cada vez que é reapresentada é marcada pelo sucesso. Dia 28 de agosto próximo, o SBT finaliza a 6ª. reprise da trama e com certeza a veremos novamente. A Usurpadora foi apontada por especialistas em novelas como o resgate dos clássicos folhetins franceses do século 19 e das radionovelas cubanas e as fotonovelas brasileiras. A novela inclusive virou tema de estudos acadêmicos no Brasil.
Carinha de Anjo (Mexicana – 2001)
Como me dava vontade de pegar a Daniela Aedo e apertar e beijar todinha. A Atriz protagonista de Carinho de Anjo era uma doçura e seduziu o Brasil com suas aventuras na trama, que era um remake de Mundo de Juguete , telenovela exibida pela Televisa em 1974.
O Sucesso da novela trouxe Daniela Aedo ao Brasil para divulgar a trama e o lançamento da boneca Carinho de Anjo, baseada na personagem Dulce Maria.
A novela foi apresentada pelo SBT em 2001 e reprisada em 2003.
Café com Aroma de Mulher (Colombiana – 2001)
Café com Aroma de Mulher é a novela colombiana de maior sucesso dentro e fora do país. Criada por Fernando Gaítan, a novela consagrou Margarita Rosa de Francisco na pele da Gaivota, seu papel de maior destaque da carreira.
Guy Ecker, o protagonista que vivia o Sebastião é brasileiro, mas só se tornou conhecido nas novelas colombianas e mexicanas.
Na trama vale destacar também a antagônica atuação de Alejandra Borrero, que viveu a Lúcia Valejjo.
A produção de Café com Aroma de Mulher causou um grande impacto na história das telenovelas latinas que até então não haviam mostrado tão unidas ambas as áreas rurais e modernas da Colômbia que tiveram um papel importante no desenvolvimento da produção, desde tramas no coração das plantações de café, oferecendo uma vista panorâmica e autêntica da cultura dos cafeicultores colombianos, bem como na capital mostrando o negócio do café em uma grande empresa exportadora e do trabalho da Federação Nacional de Cafeteiros da Colômbia.
No Brasil a trama foi exibida entre março e setembro de 2001, tendo sido reprisada já duas vezes.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa
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