Um leque do cotidiano dos
problemas e dramas da classe média brasileira construído com maestria e
delicadeza por Manoel Carlos que
transformou a trama de Mulheres Apaixonadas em um dos seus maiores sucessos .
A
trama está de volta a partir desta segunda (29.05) no
Vale a Pena Ver de Novo.
São
inúmeros os motivos que tornam Mulheres
Apaixonadas uma novela imperdível,
o e10blog separou 10 para incentivar você se apaixonar
novamente pela história de Helena (Crhistiane Torloni) e cia.
A Helena da Crhistiane
Torloni
A
Helena da Cristiane Torloni não é a minha preferida do
autor, apesar de todas as Helena´s do Maneco terem
um desvio de caráter, não são mulheres acima do bem e do mal, a da Christiane
me soava uma certa antipatia, leviandade principalmente na sua relação com Théo
(Tony Ramos), que já começa desgastada, mas a personagem acaba não ajudando em
nada para dar certo, muito pelo contrário. Mas enfim, foi mais um show da
Christiane, que deu um espetáculo com uma personagem “simples” nas mãos, sem
nenhuma pirotecnia de uma Tereza Cristina.
As irmãs da Helena
Mulheres maduras versus
homens mais jovens
César,
outro protagonista da trama, vivido pelo José Mayer, tinha uma
relação conturbada com os filhos, principalmente com o filho Rodrigo, do Leonardo
Miggiorin. A briga deles no enterro da esposa/mãe foi uma das muitas cenas marcantes da novela.
O Preconceito contra os idosos
Não
faltaram temas fortes à Mulheres Apaixonadas. O
preconceito contra os idosos através do casal de velhinhos Flora (Carmem
Silva) e Leopoldo (Oswaldo Louzada), que vivem no mesmo apartamento com o filho
Carlão (Marcos Caruso), a nora
Irene (Marta Melinger) e os netos Carlinhos (Daniel Zettel) e Dóris (Regiane
Alves). Os dois foram atores e ajudam o filho no sustento da casa e da família,
mas são frequentemente maltratados pela neta, que só consegue enxergá-los como
um peso. Dóris os humilha e furta dinheiro deles para satisfazer seus
caprichos, mas os dois sofrem calados. Por sua insensibilidade, Dóris chega a
levar uma surra de cinto do pai. O problema só se resolve no final, quando
Flora e Leopoldo se mudam para o Retiro dos Artistas, uma
instituição que acolhe artistas idosos no Rio de Janeiro. Lá passam a ter uma
vida mais tranquila e feliz. O Entrecho ainda fez apologias a causas
politicamente correta com a campanha pela vacinação dos idosos contra gripe e a
discussão sobre os direitos dos idosos foi parar no Congresso Nacional, em
Brasília, além da divulgação sobre o Retiro dos Artistas, em
Jacarepaguá , no Rio de Janeiro.
Regiane Alves vivia a neta malvada que
fazia questão de maltratar os avós. A vilã consagrou a atriz que chegou a ser destratada na rua por causa
da personagem. Como prêmio ganhou a capa da edição de 28 anos da revista Playboy em agosto de 2003, como a malvada mais desejada do Brasil.
Outros temas pertinentes e
polêmicos explorados pela trama
O Lesbianismo foi representado através das personagens
Clara e Rafaela, vividas pela Alinne Moraes e
Paula Picarelli, e abordado de forma tão
delicada e pertinente que acabou conquistando o público, que pela primeira vez
não rejeitou esse tipo de relação no horário nobre, contrastando com o que havia acontecido antes com o Sandrinho e
Jefferson, André Gonçalves e Lui Mendes em A Próxima Vítima (1995) ou com a Leila e Rafaela, Silvia Pffeifer e
Chistiane Torloni em Torre de Babel (1998).
O Alcoolismo através da personagem Santana, da Vera Holtz; a obsessão de uma mulher rica da sociedade por um padre , com os personagens Estela e Padre Pedro, vividos pela Lavínia
Vlasak e Nicoli Siri; e a virgindade com a Edwirges e Cláudio, vividos pela Carolina
Dieckmann e Erik Marmo, foram outros temas
importantes abordados na novela.
A
Violência doméstica foi retratada através da personagem da Helena Ranaldi, que vivia uma professora em Mulheres Apaixonadas. Raquel sofria agressões do ex-marido Marcos (Dan
Stulbach), um psicopata que não aceitava a separação. Em uma das cenas mais
fortes da história deles, Marcos espanca Raquel com uma raquete de tênis depois de mais uma
tentativa de volta, na sequência depois das “raquetadas” Raquel aparece completamente humilhada e cheia
de hematomas, chocando o telespectador. Por sua atuação, Dan Stulbach foi eleito pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor ator do ano de 2003.
A Salete da Bruna
Marquezine
Com
a morte da Fernanda, aumentou o interesse no segredo que envolvia os filhos
de Téo e Fernanda, entrecho
explicado apenas no último capítulo. Nesse núcleo, o destaque ficou por conta da graciosidade e do
talento já gritante de Bruna Marquezine, como
a meiga e doce Salete, a filha de Fernanda, que fica órfã e sofre nas mãos da
avó.
Elenco:
Com
entrechos e tramas tão interessantes Mulheres Apaixonadas foi recheada de simples, porém grandes
interpretações, como Tony Ramos (Téo), Camila
Pitanga (Luciana), Natália
do Valle (Silvia), Giulia
Gam (Heloísa), Marcelo Antony (Sérgio), Regiane Alves (Dóris), Helena
Ranaldi (Raquel), Dan
Stulbach (Marcos), Vera
Holtz (Santana), José
Mayer (César), Leonardo
Miggiorin (Rodrigo), Vanessa
Gerbelli (Fernanda), Carmem
Silva (Flora), Oswaldo
Louzada (Lepoldo), Regina Braga (Ana), Marcos Caruso (Carlão) entre outros.
Mulheres
Apaixonada foi a primeira novela dos atores Erik
Marmo, Carol Castro (Gracinha), Nicola
Siri e a ainda criança Bruna
Marquezine. Roberta
Rodrigues (Zilda), Daniel
Zettel (Carlinhos) e Diego
Gonçalves (Jairo) também estrearam na
tv na trama, os três vinham do premiado filme Cidade dos Homens (2002), do Fernando
Meirelles.
Abertura
Durante
os 8 meses que esteve no ar a novela apresentou 15 aberturas diferentes, todas a cargo da equipe de Hans Donner. A Globo promoveu um concurso de
seleção de fotos que deveriam
mostrar mulheres em situação de paixão com companheiros, filhos, amigos e
familiares. A Cada 15 dias ia ao ar uma nova vinheta de abertura com novas
fotos enviadas. O Vídeo era embalado por “Pela Luz dos Olhos Teus”, de autoria do Tom Jobim e Vinícius
de Moraes, cantada pelo próprio Tom e por Miúcha. A Abertura da última
semana apresentou fotos de
mulheres da produção da novela.
Trilha Sonora
Outra
novidade de MulheresApaixonadas foi a trilha sonora, lançada em CD duplo - um como os
temas nacionais e outro com os internacionais, com duas sugestões de capa que trazia Rodrigo Santoro
e Carolina Dieckmann. O CD vendeu
mais de um milhão de cópias e a Som Livre ainda lançou um volume 2 com Erik
Marmo na capa, num CD único com mais
temas nacionais e internacionais. A Inovação foi repetida na trama de Celebridade (2003), pulou Senhora do Destino (2004), e voltou a se repetir em América (2005).
Novelas Inesquecíveis - Mulheres Apaixonadas (2003) |
Aberturas Inesquecíveis - Mulheres Apaixonadas (2003) |
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