A novela Terra e Paixão,
trama atual do horário nobre da Globo,  chega ao capítulo 50 nesta terça-feira (04.07)
se destacando apenas  pelo  viés cômico com Rainer Cadete  (Luigi) e Tatá Werneck (Anely).  Até ai sem problemas, se não tivéssemos
falando de uma trama do horário nobre global, onde um núcleo cômico, em
regra,  serve apenas como um alívio da
trama principal. 
        Terra e  Paixão  chega ao capítulo 50  totalmente equivocada e sem apresentar nada
que pudesse prender o telespectador. Os Chamarizes da trama  - a semelhança das ambientações e alguns personagens
  com Pantanal , o tema Agro em voga no mercado comercial,  e nomes Cauã Reymond, Tony Ramos e Glória
Pires de nada adiantaram, a trama não flui, anda em círculo mostrando
vários entrechos de personagens e,  o
mais grave de tudo   . . . as repetições
infantis  no texto  - Ver o Tony Ramos proferir quase de
meia em meia hora   um “Miss Tarja
Preta”  me faz mal. Isso sem
falar no “Pix” ,  “Sou Advogado”,
“Viúva” e por ai vai. 
        Acho que com um único intuito de aproximar o máximo possível Terra e Paixão de Pantanal, e agradar o mesmo público,  Walcyr Carrasco esqueceu um pouco da
história  e centrou apenas em apresentar
personagens – ou assemelha-los aos de Pantanal  - Juro que as
vezes  vejo o Caio  do Cauã Reymond e  me vem logo na cabeça a Juma (Alanis Guillen)
de Pantanal, de tão bicho do mato que ele
é. 
        Outro fator que prejudicou muito a empatia pela trama foi a
escolha da Bárbara Reis como protagonista – Ela foi o grande destaque
como uma das vilãs de Todas as Flores , a trama do João Emanuel Carneiro na Globoplay,
mas  ficou nítido logo na primeira semana
de Terra e Paixão
 que ela não estava preparada para
enfrentar o  Walcyr. O Texto
didático   requer algo mais dos seus intérpretes e a
Bárbara  não conseguiu se achar ainda. 
        Sei que o Walcyr é um catalizador de público, suas tramas
falam por si,  ele tem  O Outro Lado do
Paraíso (2017)  e A Dona do Pedaço
(2019),  no horário nobre que são campeãs
de audiência,  e também começaram
com  uma certa rejeição do público, e ele
soube  dar a volta por cima e finalizar a
trama, mesmo com todas as incoerências e absurdos aplaudidas por esse público.
Porém Terra e Paixão está demorando  muito para entrar nos trilhos , já são 50
capítulos onde praticamente aconteceu de tudo , 
mas deixou a sensação de que não foi apresentado nada de relevante. 
A imprensa vem anunciando vários acontecimentos que prometem reviravoltas a partir desta semana – A Morte de Daniel (Jonny Massaro), já prevista no roteiro e que eu particularmente acho que não deveria acontecer; o casamento de Caio e Graça (Ágatha Moreira) e transformação da personagem de Ágatha Moreira em grande vilã . . . enfim promessas que antes da estreia já pipocavam na imprensa e até então não se confirmaram.
        Por enquanto continuamos assistindo ao invés de Terra e Paixão  - “As Aventuras de Luigi  e Anely pelo mundo do Agronegócio movido à
Pix”.  
PS :  Não poderia terminar o post sem deixar de elogiar
o grande trabalho da Tatá Werneck  e Rainer
Kadete  na trama. Personagens que,  certamente  talvez passassem em branco se não tivesse nas
mãos deles, conseguiram não só se sobressair dentro do texto raso do autor,
como se tornarem praticamente os protagonistas e centralizadores de  todos os poucos acontecimentos. Em uma novela
em que nomes como Débora Falabella fazem figuração de luxo em cenas
desconexas, Tatá e Rainer merecem todos os aplausos por conseguirem tirar leite
de pedra. 
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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