Uma novela que foi
idealizada com a certeza de que daria certo, que arrebataria o público de tal
maneira que jamais fosse esquecida. Pelos menos isso foi o que Daniel
Filho mencionou em seu livro “Antes que me esqueçam” sobre a
novela O Astro da autora Janete Clair.
A Expectativa do autor mais pareceu uma profecia, O Astro foi um dos maiores sucesso da
história da teledramaturgia nacional e estará de volta a partir do dia 18 de
novembro disponibilizada na plataforma da Globoplay para matar a
saudades dos eternos fãs e conquistar
novos.
A Novela tem um
magnetismo tão grande, que até os exageros usados propositalmente pela
produção, como o turbante do Francisco Cuoco, ou a caracterização
da família árabe de Salomão Hayalla, soou como principais atrativos da
novela.
O Astro obteve
índices de audiência maiores que as transmissões dos jogos de futebol da Copa
do Mundo da Argentina de 1978.
Um dos pontos mais
fortes da novela sem dúvidas foi a morte do Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo)
e a investigação de quem seria o assassino que fez a novela virar
notícias nos quadro cantos do país. Minha mãe conta uma passagem interessante.
Eu nasci em 04 de maio de 1978, ou seja, faltava pouco mais de 2 meses para o
término de O Astro. Ela lembra que
ouvia as enfermeiras falando pelos corredores do hospital na preocupação de não
aparecer nenhuma emergência na hora que a novela começasse.
O Assassinato de Salomão causou curiosidade até no então
presidente Ernesto Geisel. Em 1978 a profissão de ator estava sendo
regulamentada no Brasil, e Daniel Filho entre outros atores e
diretores foram a Brasília representando a classe artística. Geisel chamou
Daniel de lado e perguntou: Afinal de contas quem, matou Salomão
Hayalla? Daniel Filho rapidamente respondeu : “Isso
é segredo de Estado, e de segredo de estado o senhor entende, não é?
A Novela mudou o horário de muitos compromissos, ninguém poderia pensar em
perder nenhum capítulo da trama, principalmente em sua reta final.
Para comemorar o retorno dessa trama o e10blog vai
dissecar a inesquecível Trilha Nacional
que é praticamente um concerto de
artistas da mais pura MPB como Maria Bethânia, Peninha, BethCarvalho, Vanusa, Emílio Santiago, Clara Nunes, João Bosco, Rita Lee, Djavan,
Elza Soares entre outros.
“Um
Jeito Estúpido de te Amar”
Intérprete:
Maria Bethânia
Compositores:
Isolda e Milton Carlos
A Amanda foi uma das
grandes personagens vividas na tv pela
saudosa Dina Sfat. Sua sofisticação, seus dramas e amores foi
acompanhado por esse tema na voz da MariaBethânia.
“Que
Pena”
Intérprete
e Compositor: Peninha
Márcio e Lili, o casal vivido pelo Tony Ramos e Elizabeth
Savalla foram os grandes destaques da novela. Peninha com o hit “Que
Pena” acompanhou a história de amor deles.
“Saco
de Feijão”
Intérprete:
Beth Carvalho
Compositores:
Francisco Santana
O Sambão da Beth Carvalho “Saco de Feijão” embalou o núcleo do bairro da
Consolação. A Música, composição de Francisco Santana,
foi gravada por Beth Carvalho no disco “Nos Botequins da Vida” em
1977. A letra bem humorada, relata a dura vida da população para enfrentar a
altíssima inflação, e desvalorização do cruzeiro, nos tempos da ditadura, para
comprar um quilo de feijão.
“Estado
de Fotografia”
Intérprete:
Vanusa
Compositores: Sérgio Sá e Malim
Josy (Sílvia Salgado), a sensível irmã mais nova da Amanda,
esta sempre as voltas com o lado humano da vida. É loucamente apaixonada por
Márcio, porém não correspondida. A
personagem foi acompanhada por essa faixa na voz da Vanusa.
“Nêga”
Intérprete
e Compositor: Emílio Santiago
Neco e Laurinha, os personagens vividos pelo FlávioMigliaccio e Ângela Leal, foram acompanhados por “Nêga”, gravada e
composta por Emílio Santiago.
“As
Forças da Natureza”
Intérprete:
Clara Nunes
Compositores:
Paulo César Pinheiro e João
Nogueira
O Místico e adepto a música Márcio Hayalla foi se descobrindo
no decorrer da trama – E sua dúvidas e
mudanças foram acompanhadas por essa música da trilha.
“Bijuterias”
Intérprete:
João Bosco
Compositores: João Bosco e Aldir Blanc
João Bosco embalou a abertura de O Astro com “Bijuterias”.
Para a composição da abertura foram
usados elementos como esoterismo, astrologia, hipnotismo, quiromancia e
cartomancia, que surgiam em slides projetados nos rostos e mãos de um
homem e uma mulher no escuro, causando assim uma atmosfera de mistério. Também
foi explorada entre as cenas a figura do protagonista Herculano Quintanilha,
vivido pelo Francisco Cuoco.
“Trocando
em Miúdos”
Intérprete: Francis Hime
Compositores:
Chico Buarque e Francis Hime
“Trocando em Miúdos” do Francis Hime, foi o
tema do Samyr Hayalla, vivido pelo saudoso Rubens de Falco. É competente e ambicioso, faltando-lhe,
porém, a originalidade e a força criadora do irmão mais velho. Considera-se o
segundo sucessor de Salomão, disposto a enfrentar a responsabilidade caso
Márcio (Tony Ramos) não assuma o lugar do pai.
“Boi da Cara Branca”
Intérprete
e Compositor : Hélio Mateus
Natal (Carlos Eduardo Dolabella) açougueiro, tipo bem
carioca, gozado e metido a conquistador. Apaixona-se por Lili (ElizabethSavala). Como tema ganhou essa
faixa na voz do Hélio Mateus.
“Ambição”
Intérprete
e Compositora : Rita Lee
O enigmático Herculano
Quintanilha, o protagonista vivido magistralmente pelo Francisco Cuoco, tem um passado
misterioso, e sua origem, imprecisa. Demonstra profundos conhecimentos
de astrologia, quiromancia, telepatia e mágica. Como tema o personagem ganhou essa faixa na
voz da Rita Lee.
“É
Hora”
Intérprete
e Compositor: Djavan
“É Hora” do Djavan, entrou na trilha como tema geral da novela.
“Olha”
Intérprete:
Marília Barbosa
Compositores:
Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Marilia Barbosa, cantora e atriz, que em O Astro deu vida a
Maria Célia, gravou o próprio tema da personagem – Uma regravação de “Olha”, composição do Roberto Carlos e ErasmoCarlos.
“Enredo
de Pirraça”
Intérprete:
Elza Soares
Compositores:
Elza Soares e Gerson Alves
Elza Soares
entrou na trilha com “Enredo
de Pirraça”, composição dela e Gerson Alves.
“Mais
Uma Vez”
Intérprete:
Marizinha
Compositores:
Mariozinho Rocha, Renato Corrêa e Paulo Sérgio Valle
“Mais Uma Vez”, gravada por Marizinha fecha a
trilha. Em 1968, Marizinha passou
a integrar o Trio Esperança, ao lado dos irmãos Mario e Regina,
substituindo Evinha, que se lançava em carreira solo. Com o grupo,
lançou quatro LPs: “Trio Esperança” (1970), “Trio Esperança”
(1971), “Trio Esperança” (1974), “Trio Esperança” (1975).
Em
1977, gravou um compacto simples com as canções “Vamos começar outra vez”
(Augusto César, Hugo Belardi e Janos) e “Mais uma vez”, que entrou na
trilha de O Astro.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br
www.memoriaglobo.com.br
Vídeos: You Tube
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