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Primeira fase de “Pantanal” foi um marco para a teledramaturgia



        Pantanal encerrou sua primeira fase nesta segunda-feira (11.04) e esses capítulos da trama do Bruno Luperi entraram  pra a história da teledramaturgia. Comparo o efeito dessa primeira fase o que foram as primeiras fases de duas outras tramas do autor Benedito Ruy Barbosa, autor da trama original de Pantanal.

        Logo em seu retorno a Globo,  depois  do fenômeno de Pantanal na Rede Manchete,  em 1990, Benedito apresentou as tramas de Renascer (1993) e O Rei do Gado (1996) , marcadas  por  uma primeira fase primorosa.



        Quando começaram os rumores  sobre o remake de Pantanal, confesso que veio logo aquela preocupação – “Meu Deus vão estragar a obra original” – Ou seja ,  as especulações que sempre fazemos  quando anunciado um remake. Felizmente ,  Bruno Luperi seguiu as  mesma raízes  do avô, e mesmo com as devidas e necessárias  atualizações, o remake de Pantanal já é um grande sucesso e essa primeira fase antológica. Para quem viu a primeira versão,  foi uma volta magistral a esse mundo rural  e pra quem não teve o original com referência ,  foi presenteado com um show da natureza captado pela câmeras da Globo através da  genialidade de uma direção magistral artística do Rogério Gomes.

        O Texto de Pantanal é outra fatia importante para esse sucesso de critica e público. Bruno Luperi  conseguiu melhorar o já ótimo texto do avô, pontuando, apimentando ou atenuando o que foi necessário nessa diferença de 32 anos entre uma versão e outra. Não à toa que já esteja escalado para escrever uma próxima trama na emissora.

        Mas claro que o grande espetáculo mesmo de Pantanal ficou por conta do seu elenco, escolhido a dedo, e que se entregou por total a cada personagem.



        Irandhir Santos na pele do Joventino,  abrilhantou os 2 primeiros capítulos com todo o seu talento. É claro que já sabíamos  que ele daria um show, esse tipo de personagem nasceu para ser feito por ele, mas Pantanal sem dúvidas é um divisor de águas em sua carreira. Das suas sequencias vale destacar a passagem do bastão entre ele e PauloGorgulho. Paulo fez o Joventino  na   primeira versão da trama  e,   nesta voltou como o Peão Ceci.



        Renato Góes , Bruna Linzmeyer, Malu Rodrigues, Selma Egrei  e Enrique Diaz roubaram  cada cena  que apareceram e aqui ainda vale destacar a estreante Letícia Sales,  que foi um espetáculo à parte à frente da Filó, mostrando um talento nato logo em seu primeiro trabalho.



         E Juliana Paes, o que dizer do trabalho , ou melhor, do  espetáculo que ele nos presenteou em Pantanal.  A Maria Marruá sem dúvidas já é  a melhor personagem da atriz de todos os tempos. Se transformando em onça e adestrando todos os telespectadores com seu talento.



        Cada sequência da Maria Marruá,  a transformação em onça, o  nascimento da Juma, a morte do Gil (Enrique Diaz), o embate com a Sucurí . . . que entrega magistral de uma atriz  em estado de graças. Sem dúvidas foi dela essa primeira fase. Uma despedida em grande estilo. Pantanal foi seu último trabalho como contratada global.



        Agora ficam as expectativas para esta segunda fase que só por seu elenco já promete marcar a história da teledramaturgia também.



Veja Também:

As 3 novelas 


Renascer (1993) 


Juliana Paes 


Fonte:

Texto: Evaldiano de Sousa

       

 

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