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Homenagem da Semana – Ângela Leal

A Dona Xepa

Ângela Maria Rodrigues Leal (08 de Dezembro de 1947 – 65 anos)

        Dona Xepa a nova novela da Record estreou na semana passada, e infelizmente não foi bem recebida pelo grande público, o alvo da trama que  entre outras coisas foca na nova classe C. Mas a novela já pode comemorar um feito, Ângela Leal no papel da protagonista. A emissora pensou em vários outros nomes do seu casting e inclusive foi feito um convite a Betty Faria, mas na última hora foi fechado com Ângela Leal, que teve que sair mais cedo de Balacobaco onde interpretava Heloísa para assumir o papel na próxima atração da casa.
Foto : http://sessao.tv.br/w
        Gustavo Reiz adaptou a peça de Pedro Bloch tal qual foi a primeira versão na Globo em 1977 do Gilberto Braga  com a saudosa Yara Cortes  no papel título  e a releitura em 1990 com o título de Lua Cheia de Amor  dos autores Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa, com Marília Pera vivendo a Genu papel corresponde a Xepa.
        Ângela Leal mostrou logo nos primeiros capítulos uma Xepa totalmente crível e sem caricaturas, uma mulher do povão, a qual poderíamos encontrar em qualquer feirão dessa Brasil a fora.
Com Bemwindo Siqueira
Foto : http://entretenimento.r7.com/blogs/
        A Atriz já merecia esse papel há um bom tempo, a Dona Xepa é sua primeira protagonista em uma carreira que já tem mais 43 anos de estrada. Embora não tenha feito nenhuma protagonista , seus personagens são sempre marcados por uma atuação brilhante em um sensível trabalho de constituição, sempre deixando grandes momentos para a Tv, provando que grandes talentos brilham independentes do tamanho do personagem.
        Ângela Leal se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e apesar de sempre ter gostado de teatro, não pensava em se profissionalizar.  A Atriz é mãe da também atriz e estrela global Leandra Leal. Mais tarde, insatisfeita com a profissão, decidiu fazer um curso de teatro com Sérgio Britto, e ao término do curso foi indicada para participar da novela Irmãos Coragem, da autora Janete Clair na  Rede Globo , onde interpretou Iolanda.




        Pronto,  estava iniciada a carreira profissonal daquela ex-advogada. Ainda na década de 70 Ângela  deu vida  a uma personagem  homônima na novela O Homem que Deve Morrer (1971), foi a Jane de Selva de Pedra (1972) e a Carmem de O Semideus (1973) todas  da autora Janete Clair.

Irmãos Coragem O homem que deve morrer 
Selva de pedra O semideus


        Em 1975 ela deu vida a Olga em Gabriela (1975) novela adpatada do romance de Jorge Amado por Walther George Durst; em 1976 foi a Carmem de Escrava Isaura  do Gilberto Braga e a Ruth de Vejo a Lua no Céu (1976) do autor Sylvan Paezzo.

Gabriela 
Escrava Isaura


        Em 1977 ela volta em outro grande sucesso de Janete Clair, vivendo a Laura da primeira versão de O Astro. No mesmo ano  integra o elenco da primeira versão de Dona Xepa adaptada  por Gilberto Braga , vivendo a personagem Regina.

        A Década de 80 se inicia com Angela Leal vivendo a Suely de Água Viva do Gilberto Braga; foi a Bebel Paraguaçu de O Bem Amado (1980) do Dias Gomes e a Yara da minissérie Quem Ama Não Mata (1982) do Euclydes Marinho.

        Na Globo ela participou ainda das novelas Sétimo Sentido (1982) da Janete Clair;  de Roque Santeiro (1985) do Dias Gomes  e da minissérie Tenda dos Milagres (1985) do Aguinaldo Silva.

Roque santeiro (1985) Tenda de milagres 

        Em 1986 Ângela deixa a Globo e integrou o elenco da minissérie Carne de Sol do autor Orlando Senha, ao lado de Carlos Vereza na Bandeirantes, passando pela Rede Manchete no  mesmo ano para integrar o elenco da novela Novo Amor (1986) do autor Manoel Carlos. Na emissora participou ainda no ano seguinte da minissérie A Rainha da Vida (1987) do Wilson Aguiar Filho e Leial Micollis.

Pantanal
Foto : http://www.jblog.blogger.com.br/
        Voltou a Globo em 1987 para uma partipação na novela Mandala do autor Dias Gomes ,  mas foi em 1990 que a atriz fez sua primeira personagem mais popular, dando vida a Maria Bruaca  na novela Pantanal do autor Benedito Ruy Barbosa na Manchete.  A atriz passou a década de 90 quase toda na Manchete , onde participou ainda das novelas A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991) do Marcos Caruso e Rita Buzzar; Guerra sem Fim (1993) dos autores José Louzeiro e Alexandre Lydia. Participou também da minissérie que nunca chegou a ser exibida , O Marajá dos autores José Louzeiro, Regina Braga , Eloy Santos e Alexandre Lydia e Confissões de Adolescentes (1994)  criação da Maria Mariana, e das novelas Tocaia Grande (1995) dos autores Duca Rachid, Marcos Teixeira e Marco Lazarini; Xica da Silva (1996) do autor Walcyr Carrasco sob o pseudônimo de Adamo Angel e Mandacaru (1997)  do autor Carlos Alberto Ratton.

        No finalzinho da década de 90 ela de volta a Globo participa do elenco da minissérie Chiquinha Gonzaga do autor Lauro César Muniz e em 2000 estreia na Record na novela Vidas Cruzadas dos autores Marcus Lazarini e Ecila Pedroso.

Chiquinha Gonzaga


        De volta à Globo em 2006 ela participa das novelas Páginas da Vida (2006) do Manoel Carlos e Sete Pecados (2007) do Walcyr Carrasco.

Sete pecados
Páginas da vida


        No mesmo ano de 2007 , Angela fecha contrato com a Rede Record (onde está até hoje) e estreia na novela Amor e Intrigas da Gisele Joras. Na emissora participou ainda das novelas Bela , a Feia (2009)  também da  Gisele Joras , da minissérie Rei Davi da autora Vivian de Oliveira e  novamente em outra trama da Gisele Joras,  Balacobaco (2013).

Foto : http://i1.r7.com/data/

        No cinema Ângela Leal  participou de 7 produções , entre elas o elogiadíssimo Zuzu Angel , que conta a história de Hildegard Angel.

        Cinema


Foto : http://i1.r7.com/d

Uma  dama na arte de interpretar assim é  Ângela Leal, que embora com toda essa bagagem de experiência, sempre nos surpreende com um personagem melhor  que o outro. Acho que na Globo a atriz foi injustiçada, mas sua fase na Manchete e seus últimos personagem na Record  fizeram jus ao  seu talento.

Termino essa homenagem na torcida para que a Dona Xepa consiga se firmar no horário, e que a Ângela Leal ainda nos brinde com mais cenas hilárias e emocionantes dessa feirante contagiante.

Foto : www.correiodeuberlandia.

Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : wikipédia.com , teledramaturgia.com

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