Uma
atriz cirúrgica! Sempre gostei desse
termo usado para Lília Cabral . Acho
que ele foi dito quando a atriz brilhou vivendo a vilã Marta de Páginas da Vida (2006) , e desde então eu sempre uso quando posto
algo sobre a bela carreira da atriz.
Há tempos estou devendo essa
lista dos 10 melhores (na minha opinião) da atriz, e são tantas
principalmente na década de 2000 onde a atriz viveu o ápice da sua carreira.
No ar atualmente como a Vitória Villar
no remake de Saramandaia do
Ricardo Linhares, uma personagem “insossa” se comparada as últimas que ela
viveu, mesmo assim Lilia consegue
imprimir todo o seu brilho e talento em cada cena que aparece.
Agora vamos ao que interessa que mal posso esperar por esse passeio que
será mais do que prazeroso nos inesquecíveis personagens dessa grande atriz.
10º. Aldeíde
de Vale Tudo (1988)
Uma das primeiras personagens da atriz , ela já havia feito as novelas Os Imigrantes (1982), Corpo a Corpo (1984),
De Quina Pra Lua (1985), Hipertensão (1986)
e Mandala (1987) , mas foi a Aldeíde de Vale Tudo do
Gilberto Braga que chamou a minha atenção para Lília Cabral. A secretária que era
maltratada pelo chefe mau-caráter Marco Aurélio (Reginaldo Faria) acaba tirando
a sorte grande se casando com um milionário. Na reta final da trama Aldeíde
tem uma
grande importância dentro de Vale Tudo ao
“comprar” o filho da Maria de Fátima (Glória Pires).
Foto : http://2.bp.blogspot.com |
Como esquecer a beata Amorzinho que a Lília Cabral viveu na novela Tieta do autor Aguinaldo
Silva. Apesar de ser temente a Deus , Amorzinho não podia sentir cheiro de
homem que seu corpo já começava a fervilhar com sua fiel companheiro Cinira
(Rosanne Gofmann).
Em Pátria Minha do Gilberto Braga , Lilia Cabral viveu a
personagem Simone, que não tinha uma grande importância dentro da trama. Porém
devido aos problemas particulares da Vera
Fischer que vivia uma das protagonistas da trama , a Simone acabou virando
um elo de ligação da Lídia Laport (personagem da Vera) com os outros , ganhando
mais espaço. Ou seja, a sorte também sorri para as atrizes talentosas.
7º. Goretti de
Anjo Mau (1997)
Com Jackson Antunes em Anjo Mau Foto : |
Em 1997 Lília Cabral deu vida a batalhadora e doce Goretti. A personagem
para agradar a filha acaba se casando com um homem mais velho, porém rico,
abrindo mão de um grande amor ao lado de Fred (Jackson Antunes). Os diálogos ,
brigas e desentendimento entre Goretti e
a filha Simone (Samara Fellipo)
tiveram um grande destaque no remake de Anjo Mau sucesso
do Cassiano Gabus Mendes reescrito
por Maria Adelaide Amaral.
Na trama de A Favorita do
autor João Emanuel Carneiro, Lília Cabral viveu uma personagem que
prestou uma grande contribuição social, alertando aos telespectadores para a violência doméstica contra a mulher.
Catarina vivia há anos com um marido que só lhe menosprezava e a maltratava,
chegando as “vias de fato” de lhe agredir fisicamente. Na trama Catarina da uma
virada abandonando o marido , ensaiando um envolvimento homossexual e no final
sendo feliz ao lado de um grande amor. Lília
Cabral foi perita ao interpretar uma
personagem tão complexa, literalmente uma faca de dois gumes, qualquer exagero
seria fatal!
A Griselda criada para Lília Cabral pelo Aguinaldo Silva tinha o
intuito de agradar a nova classe c , considerada a faixa principal de
telespectadores da tv aberta naquele momento. Lília Cabral mais uma vez foi “cirúrgica” na caracterização da mãe
sofredora, simples mais que ao mesmo tempo imprimia uma imagem forte e
“machona”. Mas nem mesmo
toda a perícia de atriz foi o suficiente para o sucesso da personagem .
A Griselda acabou sendo suplantada pela vilã Tereza Cristina e seu mordomo
afetado Clodoaldo Valério, personagem da Christiani
Torloni e Marcelo Serrado , respectivamente.
Sem dúvidas Manoel
Carlos foi o autor que escreveu os melhores personagens para a Lília Cabral e é nítido
que a atriz fica tão a vontade vivendo suas personagens que esbanja
talento. Até a Ingrid que a atriz viveu nos primeiros capítulos de Laços de Família para mim é
inesquecível. Na trama ela fazia a mãe da Íris personagem da Déborah Secco e morria em um
tiroteio em uma das cenas emocionantes
da novela.
3º. Sheila de História de Amor (1995)
COm José Mayer Foto : contigo.abril.com.b |
A Sheila de História de Amor foi a primeira personagem do Maneco que a Lília Cabral viveu. Era uma médica bem
sucedida e já começava a trama com uma das
ex-namoradas de Carlos (José Mayer) o galã da trama. No decorrer da
novela Sheila apresenta uma fixação por Carlos e não aceitava o agora colega de
trabalho com a mimada esposa Paula (Carolina Ferraz). A personagem foi
concebida de uma maneira tão perfeita
com sutis toques de loucura até chegar ao seu ápice atropelando Paula em um estacionamento.
Em Viver a Vida novela
do Manoel Carlos no ar em 2009 Lília Cabral em parceira com Alinne Moraes roubaram a novela pra si .
Apagaram a Helena vivida pela Tais Araújo e se tornaram as verdadeiras protagonistas. A
Tereza era uma mulher cheia de facetes,
e Lília nos emocionava com cada
tipo de cena da personagem. Seja nas eternas brigas com ex-marido Marcos (José
Mayer) e a filha rebelde Isabel (Adriana
Birolli); os embates com a Helena depois que ela descobriu que perderia de vez
o ex-marido para a linda modelo e principalmente depois do acidente da Luciana
com a força dada na recuperação e
superação da
filha.
Não foi
à toa que eu escolhi a Marta de Páginas da Vida como
minha preferida , afinal a personagem rendeu à Lilia Cabral uma
indicação ao Emmy. A Marta foi a grande vilã de Páginas da Vida e dava raiva ver as perversidades que a personagem aprontou
com a filha , o neto e o marido, mas Lília Cabral reinou absoluta no papel ,
e se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre a atriz cirúrgica que ela
era a novela acabou com todas. Sua parceria com Marcos Caruso, que viveu seu marido na trama
é inesquecível. Destaque para a cena que ele a obriga comer o cheque que
recebeu como pagamento da venda do próprio neto para o pai legítimo. Uma cena
que entrou para a história da teledramaturgia.
Fonte :
Texto
: Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgia.com , Wikipédia.com
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